Da esquerda para a direita, assessor internacional de Bolsonaro Filipe G. Martins, Olavo de Carvalho, Presidente Jair Bolsonaro, ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo e Eduardo Bolsonaro, filho de Bolsonaro. Todos eles adeptos de Olavo.
O Brasil se encontra num cenário político e espiritual que exige muito discernimento. Por um lado, o Presidente Jair Bolsonaro se apoiou no conservadorismo evangélico para se tornar presidente. Ele conseguiu o que queria. Mas por outro lado como presidente ele tem dado muito poder ao conservadorismo guenoniano.
René Guénon foi um ocultista islâmico que viveu quase 100 anos atrás. Seu discípulo mais importante foi Julius Evola, que escreveu livros promovendo a direita e a bruxaria ao mesmo tempo. Os livros dele inspiraram tanto o nazismo quanto o fascismo. Através de Evola, a influência de Guénon estava presente no nazismo e fascismo.
A influência de Guénon hoje se vê através de Steve Bannon, expulso por Trump como traidor e oportunista. Se não tivesse sido enxotado, Bannon teria se tornado no governo americano o novo Julius Evola.
Mas a influência de Guénon se vê no governo brasileiro através de Olavo de Carvalho, considerado o Rasputin de Bolsonaro. Ninguém no Brasil divulgou mais, durante décadas, Guénon do que Olavo. Mas ele disfarça essas décadas de propaganda alegando que ele critica Guénon. Ele o critica e recomenda, tal qual fazia o próprio Guénon com a maçonaria, criticando-a e recomendando-a ao mesmo tempo.
A falta de duplicidade não é um traço antinatural no caráter de ocultistas.
Vários alunos-adeptos de Carvalho foram cegamente nomeados por Bolsonaro, fortalecendo assim o conservadorismo ou tradicionalismo guenoniano no governo.
Ernesto Araújo, o ministro das Relações Exteriores, tem um documento diplomático oficial abertamente louvando Guénon e Evola e seu tradicionalismo esotérico. Onde Ernesto aprendeu isso? Com seu antigo mestre Olavo, que sempre recomendou livros de Guénon e afins.
Há outros alunos-adeptos de Olavo no governo exercendo a mesma influência ocultista.
É uma surpresa para muitos saber que conservadorismo também é defendido por ocultistas. Guénon é só um exemplo. Evola é outro. E foi exatamente a influência deles que estava presente no nazismo e fascismo, movimentos populistas. O próprio Bannon, que é amigo de Olavo, reconhece o nazismo e o fascismo como movimentos populistas. E Bannon também louva Guénon e Evola.
A influência guenoniana está hoje fortemente presente no governo Bolsonaro através do Evola brasileiro, Olavo de Carvalho, que apesar de ter empesteado o governo com contendas, fofocas, intrigas e confusões desde o começo, mesmo assim ganhou de um hipnotizado Bolsonaro a condecoração mais elevada do governo brasileiro.
Seria uma tragédia monumental um governo entusiasticamente eleito por cristãos conservadores fortalecendo o ocultismo de direita. Isso já está acontecendo.
Se você é intercessor, ore. O Brasil saiu do buraco do PT, mas se Bolsonaro não conseguir se libertar da influência guenoniana de Olavo, assim como Trump conseguiu se livrar da influência guenoniana de Bannon, o Brasil entrará ou já entrou em outro buraco. O buraco da direita esotérica.
Versão em inglês deste artigo: Guenonian Influence in Brazil’s Bolsonaro Administration
Phonte: www.juliosevero.com
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