Unico SENHOR E SALVADOR

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quarta-feira, 17 de julho de 2019

Marisa Lobo sugere que profeta Elias precisava de internamento em hospital psiquiátrico e acusa críticos cristãos de sua psicologia de “terroristas”

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Julio Severo

“Com certeza Elias, se passasse por um médico e ou psicólogo, sairia com um encaminhamento para internamento, e seria considerado como um paciente grave com risco de cometer suicídio,” disse Marisa Lobo, que se identifica como psicóloga cristã, num artigo recente no portal Gospel
Mais.

Ela acrescentou:

“Ainda que digam que ele teve um episódio depressivo, não é verdade.”
“A caverna de Elias foi sim um hospital para ele e pode ser para qualquer um.”
“Podemos analogamente dizer que a caverna era um hospital? Claro que sim!”

O artigo dela no GospelMais parece ter sido uma reação ao meu artigo publicado um pouco antes intitulado “Depressão, suicídio e o profeta Elias.” Aliás, não existe outro alvo possível, pois meu artigo foi o único a lidar com a opinião “clínica” dela sobre Elias. 

No artigo, mostrei que não é certo colocar Elias como exemplo para casos de suicídio, pois ele nunca pensou em suicídio. Em resposta, Marisa reforçou sua ideia de que Elias seria encaminhado para internamento psiquiátrico e seria “considerado como um paciente grave com risco de cometer suicídio.”

Concordo com Marisa sobre psicólogos vendo necessidade para internar Elias num hospital psiquiátrico. Bastaria que Elias dissesse aos psicólogos e psiquiatras que ele ouviu a voz de Deus e viu anjos e pronto: Eles o colocariam numa camisa-de-força e injetariam suas drogas psiquiátricas nele.

Marisa usa Elias em suas palestras sobre pessoas que querem se matar. Pessoas suicidas ouvem vozes para se matar. Elias realmente ouviu uma voz, mas essa voz não o orientou a se matar. Marisa iria defender um internamento psiquiátrico para curar Elias de ouvir a voz de Deus? Ela também acha que tratamento psiquiátrico “cura” pessoas de ouvirem vozes de demônios orientando-as a se matar?

Se Jesus e os apóstolos soubessem que internamento e drogas psiquiátricas “curam” as pessoas de ouvir vozes demoníacas eles jamais expulsariam demônios. Eles viajariam no tempo e perguntariam para Marisa como se formar em psicologia para lidar com as multidões de pessoas com opressão demoníaca — ops, problemas psiquiátricos.

No entanto, a psicologia moderna não recomendaria um internamento só para Elias. Marisa poderia também se tornar vítima de sua própria profissão: Bastaria que ela dissesse que o homossexualismo é pecado, abominação e perversão, conforme diz a Bíblia, e a diagnosticariam como louca em necessidade de internamento.

No meu artigo, eu disse:

“Marisa errou ao rotular Elias de depressivo, como se de tempos em tempos ele ficasse em estado de depressão. Absolutamente nada na Bíblia indica que Elias tinha crises regulares de depressão. 

Se um episódio isolado de angústia da alma causada por grande perseguição política transforma, no olhar psicológico de Marisa, Elias em ‘depressivo,’ então todo mundo na Bíblia era depressivo. Nessa definição ‘clínica’ dela, qual é o cristão que escapa de ser rotulado de ‘depressivo’?”

A reposta de Marisa foi que “Ainda que digam que ele teve um episódio depressivo, não é verdade.” Isto é, ela reforçou sua percepção, alimentada por suas noções psicológicas subjetivas, de que Elias era um homem que vivia em depressão regular.

No meu artigo, eu disse:

“Elias não vivia numa condição de crises depressivas frequentes, mas sentiu depressão num momento específico de sua vida por causa da ameaça de morte de uma grande autoridade governamental.”

Eu também disse:

“A caverna inóspita sem luz e água de Elias não era um hospital psiquiátrico para curar pacientes depressivos, que ficariam ainda mais depressivos em tal ambiente melancólico.”

Mesmo assim, Marisa insistiu na sua noção subjetiva de que a caverna era uma espécie de hospital psiquiátrico.

Ela também usou o exemplo de Elias para defender que drogas psiquiátricas, cuja ação é questionável até pela literatura profissional secular, são tão importantes ou no mesmo nível da intervenção de Deus na vida de Elias.

Para tentar dissipar quaisquer dúvidas sobre suas credenciais, ela deixou claro no seu artigo que ela é teóloga e formada em teologia. Ora, então ela deveria saber que não se usa os critérios da psicologia, que é fundamentalmente humanista, para interpretar a Bíblia. Esses critérios tornam tanto a ela quanto Elias vulneráveis a internamento.

Seus longos estudos teológicos não lhe deram a capacidade de entender que a Bíblia está acima da psicologia e seus vários subjetivismos? Seus estudos teológicos também não lhe deram condições de discernir, durante os vários anos em que ela esteve envolvida com entidades do Rev. Moon, fundador da Igreja da Unificação, que o coreano herético se considerava um messias superior a Jesus Cristo?

Mas mesmo sendo “teóloga,” Marisa parece analisar tudo partir do pressuposto enganoso de que criticar a psicologia é parecido com criticar a Bíblia, como se a Bíblia e a psicologia estivessem no mesmo nível de importância. É um pressuposto enganoso porque não existe consenso entre os cristãos sobre uma suposta infalibilidade da psicologia.

A Enciclopédia Popular de Apologética (publicada pela prestigiosa editora evangélica americana Harvest House Publishers), de Ed Hindson, diz:

Existem mais de 300 modelos de aconselhamento hoje. Nessa mistura de teorias psicológicas, há muitas opiniões seculares de aconselhamento que discordam veementemente umas das outras. Devemos lembrar que Freud, Jung, Skinner e Rogers tinham sérias diferenças filosóficas.

Um fato que não podemos ignorar sobre os esforços para integrar a psicologia e a fé é que a psicologia foi fundada no humanismo secular. Isso pode parecer simplista, mas é verdade. Toda a psicologia, seja ela rotulada de primitiva ou moderna, secular ou religiosa, foi fundada no humanismo secular e embelezada pelas filosofias do homem. 

O cerne de toda psicologia está enraizado no que o homem pensa e acredita sobre a vida humana sem a eterna Palavra de Deus. A psicologia pode usar alguns princípios bíblicos em suas teorias, mas em grande parte as teorias da psicologia são filosoficamente determinadas pelos padrões humanos.

A psicologia e a teologia nunca foram parceiros que ficam juntos à vontade. Suas pressuposições filosóficas básicas são quase diametralmente opostas entre si. Ambas presumem tratar da condição humana fundamental e sugerir curas para os conflitos internos da pessoa.

A Editora Harvest House, que publica essa enciclopédia questionando a psicologia, é a mesma editora que publica alguns livros do Dr. James Dobson, inclusive seu famoso Manual de Conselho Familiar. Dobson é o mais conhecido psicólogo evangélico dos EUA. Harvest House não vê nenhuma incompatibilidade em publicar obras de psicólogos cristãos e enciclopédias que refutam a psicologia. Dobson não chamou sua própria editora de “terrorista” por questionar a psicologia.

Pessoas civilizadas e maduras recebem questionamentos e críticas civilizadas sem traumas e xingamentos.

Mas não é só a literatura cristã que coloca em dúvida a divindade ou quase divindade de teorias psicológicas. A literatura secular profissional também levanta dúvidas.

Já que Marisa acha tão importante, usando seus manuais de psicologia, enquadrar como doença mental toda angústia de alma na Bíblia, inclusive no caso de Elias, vejamos o que a literatura especializada secular tem a dizer. Em seu artigo “Estudo: Diagnósticos Psiquiátricos São ‘Cientificamente Sem Sentido’ no Tratamento da Saúde Mental” publicado em 9 de julho de 2019 no site Study Finds (Descobertas de Estudos), John Anderer escreveu:

Um estudo recente conduzido na Universidade de Liverpool causou surpresa ao concluir que os diagnósticos psiquiátricos são “cientificamente insignificantes” e inúteis como ferramentas para identificar e tratar com precisão o sofrimento mental em nível individual.

De acordo com os autores do estudo, o sistema de diagnóstico tradicional usado hoje pressupõe erroneamente que todo e qualquer sofrimento mental é causado por um distúrbio e depende demais de ideias subjetivas sobre o que é considerado “normal.”

“Talvez seja a hora de pararmos de fingir que rótulos com aparência médica contribuem com alguma coisa para nossa compreensão das complexas causas do sofrimento humano ou de que tipo de ajuda precisamos quando estamos angustiados,” comentou o professor John Read.

O estudo foi publicado na revista científica Psychiatry Research (Pesquisa Psiquiátrica).

Embora meus questionamentos sobre a psicologização que Marisa fez do profeta Elias para defender internamento psiquiátrico e drogas psiquiátricas tenham sido feitos de forma educada e cristã, a reação dela foi dizer que se sentiu “ofendida” com os questionamentos. Tão “ofendida” que ela chamou o autor dos questionamentos de “anticristo.” 

A esse ataque, ela acrescentou comentários como supostos “abusos cometidos por ‘líderes blogueiros,’” “blogueiros terroristas cristãos,” “terrorismo espiritual” e vários outros adjetivos semelhantes — tudo porque me recusei a me prostrar diante do altar sagrado da psicologia.

Vamos então ao significado das palavras. De acordo com o Dicionário Oxford da Inglaterra, “terrorista” significa “uma pessoa que usa o terrorismo na busca de objetivos políticos.”

Supostamente então, na avaliação “clínica” de Marisa, faço uso de terrorismo na busca de objetivos políticos. Nem mesmo eu sei quais seriam esses objetivos. Até onde sei, quem concorreu a cargos políticos — e perdeu — foi ela, não eu. Diferente dela, que já concorreu a vereadora, nunca concorri a nenhum cargo político.

O que é terrorismo? De acordo com o Dicionário Oxford, “terrorismo” significa “o uso não oficial ou não autorizado de violência e intimidação na busca de objetivos políticos.”

Na avaliação “clínica” de Marisa, minha crítica à comparação dela de Elias com paciente psiquiátrico foi mais que ofensa. Foi um ato terrorista.

Só falta agora a ela explicar quando foi que usei violência e intimidação para ela não usar Elias em suas palestras psicológicas. Não posso e não vou impedi-la de psicologizar Elias nas igrejas. Mas posso e vou refutar esse absurdo.

Chamar críticos de terroristas é comportamento padrão de ditadores comunistas e islâmicos, que acusam seus críticos de “terrorismo” para facilitar todos os tipos de violência contra as vítimas, inclusive assassinato. Toda violência verbal ou não se torna ideologicamente justificável quando se cola a etiqueta de “terrorista” numa vítima pelo “crime” de criticar.

Curiosamente, Marisa usou seu espaço no GospelMais para me atacar. Outros também já usaram o GospelMais para me atacar. Um deles foi o Pr. Johnny Bernardo, conhecido no mundo apologético. Em seu artigo no GospelMais de 2014 intitulado “Júlio Severo e temas relacionados,” Johnny diz com todas as letras:

“Suas críticas baseadas em um extremismo religioso semelhante ao islâmico, fundamentalista… Os ataques do Júlio não se restringem à prática homossexual — até então correta do ponto de vista doutrinário, cristão —, mas, nos últimos anos, têm atingido pessoas de respeito, de reconhecida contribuição com o Evangelho e à justiça social. 

Destaco três figuras brasileiras: Augustus Nicodemos, Ariovaldo Ramos e Antonio Carlos Costa. Ao mesmo tempo, dá apoio a figuras polêmicas, como lideres neopentecostais, à jornalista do SBT Rachel Sheherazade e o militar defensor da tortura, Bolsonaro. Também faz duras críticas à Universidade Presbiteriana Mackenzie.”

Ele acrescentou:

“Se quiser saber, meu jovem, sou a favor de uma série de pontos, como a legalização da maconha.”

No meu artigo “Maconha sim, Julio Severo não!” explico como Johnny está profundamente equivocado em suas ideias, inclusive ao dizer: “A Revolução Cubana foi necessária.”

Mas o que estranhar? Johnny Torralbo Bernardo tem um histórico de anos no Partido Comunista do Brasil.

Mas diferente de Johnny, que foi corajoso e usou explicitamente meu nome nos ataques, Marisa preferiu usar a “ética” das insinuações maliciosas. Preferiu me atacar sem citar diretamente meu nome.

Marisa apelou feio chamando a mim, o único que teve coragem de questionar sua psicologização de Elias, de “terrorista” e errou feio ao dizer que a “ciência” é quem classifica Elias como depressivo. Ela cometeu o erro de chamar a psicologia de “ciência” quando a própria Enciclopédia Popular de Apologética declarou que há muitas polêmicas, contradições e humanismo na psicologia. 

Ela basicamente se escondeu atrás da psicologia, esquecendo totalmente seu diploma de teologia, para ostentar a alegação de que a “ciência” classifica Elias de depressivo, como se ele tivesse de tempos em tempos crises de depressão. O textão de Marisa no Gospel Mais encontra-se aqui: “Elias tinha depressão? Segundo a ciência, sim! Saiba como foi tratado.”

Ela não só se escondeu atrás de uma suposta “ciência” para dizer que Elias “seria considerado como um paciente grave com risco de cometer suicídio,” mas ela também citou explicitamente o nome do pastor da igreja dela (Pr. Luiz Roberto Silvado, Igreja Batista do Bacacheri em Curitiba) como apoiador das ideias dela.

Então foi o pastor dela que a autorizou a acusar indiretamente a mim de “terrorista”?
Foi o pastor dela que a autorizou a classificar Elias como merecedor de internamento psiquiátrico e drogas psiquiátricas?

Foi o pastor dela que a autorizou a participar de eventos de uma entidade do Rev. Moon durante anos? Claro que a psicologia jamais a condenaria por tal participação. Mas seu diploma de teologia não disse nada ao seu coração? Seu pastor não disse nada aos seus ouvidos?

Não foi a Bíblia e muito menos a ciência que classificou Elias de depressivo. Foi o subjetivismo de Marisa que fez isso. Foi também esse subjetivismo que a levou a disparar a etiqueta “terrorista” e vários adjetivos contra mim no seu textão.

Lido com críticas, nacionais e internacionais, em diversos níveis. Em vez de ficar xingando meus críticos, eu os refuto e uso argumentos melhores do que os deles, exatamente como estou fazendo aqui. Já fui criticado várias vezes pela maior revista homossexual do mundo. Em vez de xingá-los, rebati com argumentos melhores.

Chamar de terrorista e outros xingamentos não é argumento. É justamente falta de argumento.
O que não entendo é como um portal evangélico grande como o GospelMais dá tanto espaço e liberdade para seus escritores me chamarem de “extremista,” “fundamentalista” e agora, cúmulo dos cúmulos, “terrorista,” principalmente quando meu blog contém há anos vários ataques meus ao terrorismo islâmico e marxista.

Esse é o preço que pago quando minhas críticas “severas” incomodam comunistas e lobos.
Entretanto, no caso de Marisa, o fato de ela ser membro do Conselho Federal de Psicologia lhe dá carta branca para sair por aí definindo cristãos como “terroristas”? Qual Marisa usou o adjetivo “terroristas” para definir cristãos que criticam a psicologização que ela fez de Elias: A Marisa psicóloga, a Marisa teóloga ou a Marisa colunista do Gospel Mais?

Só temo se surgir a Marisa política. É desejo de todo político com sentimentos ditatoriais poder adotar medidas drásticas contra críticos a quem eles definem como “terroristas.”

Meu desejo é só demolir pedestais de imponência humana que são colocados acima da Bíblia.

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