Mais uma vez, o país assiste estarrecido um grupo de
políticos e militantes transformarem a tragédia humana em panfleto eleitoral e
bandeira ideológica.
A trágica morte por suicido do jovem Kaique no centro de São
Paulo é usada politicamente pelo governo federal e militantes da causa gay
Diante do desespero de uma mãe removendo os escombros da dor
na busca de respostas acerca da morte de seu filho, setores do governo federal
e da militância homossexual não tardam em contestar os laudos técnicos ainda
inconclusos da polícia paulista e os rumos da investigação, agravando a dor de
familiares a fim de usar a morte do rapaz como objeto de promoção midiática de sua
agenda ideológica e, de sobejo rancor, ainda atacar adversários políticos.
Qual foi a sustentação factual da tese de crime movido por
homofobia para a morte de Kaique? O disse-me-disse das redes sociais da
militância gay e as declarações da família traumatizada com a morte violenta do
jovem. E mais nada! Não se esperou ou pediu por laudos de perícia, não se
indagou as autoridades constituídas sob os rumos das investigações e ainda
houve quem desconfiasse da parcialidade da apuração jornalística da mídia
“vendida” ao governo estadual.
Desrespeito total às instituições envolvidas na investigação
dos fatos. Desrespeito total à família. Os fins justificaram os meios. E o fins
foram: (1) recolocar a lei anti-homofobia na agenda do dia, revertendo a
derrota sofrida no Congresso; (2) desviar o foco da imprensa da pizza que está
sendo servida para os camaradas hospedados no presídio da Papuda; (3) esfriar o
show de horrores patrocinado pela família Sarney, aliada de primeira hora do
PT. Afinal, o banho de sangue nas terras da Maria Antonieta do Sertão, a D.
Roseane Sarney, que come os seus brioches com caviar enquanto as cabeças rolam
– literalmente- no Maranhão está pegando mal para o PT em início de ano
eleitoral.
Militância gay ataca evangélicos
Já nas redes sociais, a militância gay atacava os suspeitos
de sempre, os cristãos evangélicos e marca protestos coloridos pelo país.
O deputado Jean Wyllys tratou de responsabilizar as lideranças cristãs pela
morte do adolescente homossexual, em especial o deputado pastor Marco Feliciano
(PSC-SP). Afirmou ainda que “o governo Dilma, aliado do fundamentalismo
religioso e das máfias pregam o ódio
contra todos aqueles que amam diferente”.
Enfim, de uma só pernada, Wyllys cria um fato (atribui crime
e motivação homofóbica a um suicídio) e aponta culpados, acusando os seus
inimigos. Porém, o brado de Wyllys não é de justiça. É palavra de ordem de
passeata. É discurso eleitoral. Tudo o que Wyllys fez foi agravar a dor da
família do jovem homossexual a quem disse querer defender.
Nesta terça-feira à noite o seu twitter, sempre tão efusivo
no ataque aos evangélicos emudeceu. Nenhum comentário do Sr. Wyllys sobre o
desenrolar do caso. Nem um pio digital. Ao que parece, Wyllys está de luto, não
pela morte de Kaique, mas pelo passamento de seu vaticínio panfletário,
abalroado impiedosamente pelos fatos.
Secretaria de Direitos Humanos da Presidencia da Republica
passa por cima da polícia e do ministério público e “desvenda o crime”
Já na esfera do centro do poder petista, mui rápida no
gatilho, a ministra Mario do Rosário desvenda o suposto crime vitimando Kaique
Augusto sem colocar os pés para fora de seu gabinete no Palácio do Planalto e
aponta culpados em nota oficial recheada do discurso eleitoreiro do PT e na
medida e agrado da militância gay. Sem se esquecer de pisar nos calos da
oposição, naturalmente!
“A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República (SDH/PR) vem a público manifestar solidariedade à família de Kaique
Augusto Batista dos Santos, assassinado brutalmente no último sábado (11/01).
Seu corpo foi encontrado pela Polícia Militar de São Paulo próximo a um viaduto
na região da Bela Vista, na Avenida 9 de Julho.” Inicia a nota pública da
ministra. E continua: “As circunstâncias do episódio e as condições do corpo da
vítima, segundo relatos dos familiares, indicam que se trata de mais um crime
de ódio e intolerância motivado por homofobia.” Leia a nota completa AQUI.
"Oi? Condições do corpo da vítima?"
Circunstâncias?
Assim reagiram atônitos alguns membros da policia
paulista, ansiosos em saber como a
senhora ministra teve acesso à investigação.
E com base em que informações teceu conjecturas acerca da causa da morte
do rapaz,contestando a versão inicial dos fatos, se o laudo pericial nem sequer havia sido finalizado.
Tragédia
O adoslescente Kaique Augusto dos Santos, de 17 anos foi
encontrado morto no último dia 11 sob o Viaduto Nove de Julho, no Centro de São
Paulo. A polícia, que registrou o caso como suicídio e parentes do jovem
contestavam a versão e cobraram a investigação da morte. A versão de um crime
de homofobia em um estado com a polícia governada pela oposição se fez banquete
de ano eleitoral para o governo.
Nesta terça-feira o advogado Ademar Gomes, que representa a
mãe do jovem, disse que a família não irá mais contestar a versão oficial.
Inicialmente, os parentes suspeitavam de um crime de homofobia porque o corpo
estava sem os dentes e tinha marcas que pareciam de espancamento. "A
polícia agiu corretamente por registrar o caso como suicídio, pois não tinha
indícios de que era um homicídio. Registrou como suicídio e continuou
investigando", afirmou Gomes em entrevista ao G1.
Ainda segundo o G1, a Polícia Civil afirmou, na semana
passada, que sinais aparentes de tortura podem ser resultado da queda do
viaduto. A perfuração na perna teria sido causada por uma fratura exposta. Os
dentes e os dedos quebrados, além do traumatismo craniano, podem ter ocorrido
na queda. A análise preliminar aponta que ele caiu em pé e bateu no meio-fio.
Indícios fortes de suicído
O diário do adolescente, que estava na casa da família com
quem ele estava morando na região do Carandiru, na Zona Norte de São Paulo,
tinha textos de despedida, segundo a polícia. Em alguns, Kaique demonstra
animação; em outros, mostra-se decepcionado com algumas pessoas. Em muitos
trechos, a letra de Kaique é ilegível. Em um texto recente, Kaique escreve que
tomaria "uma atitude, uma decisão" até segunda-feira (13). A seguir,
é possível ler a frase: "Adeus às pessoas que amo." Depois deste
texto, ele escreveu pelo menos outros três no diário, sem fazer referência a
uma despedida, segundo a polícia.
Kaique foi a uma festa gay em uma boate na região central de
São Paulo há 10 dias. Os amigos contam que ele saiu da boate para procurar os
documentos que estariam perdidos e sumiu. Na madrugada de 11 de janeiro, a
polícia recolheu o corpo embaixo do viaduto, perto da boate. O boletim de
ocorrência foi feito com base no relato do policial que encontrou o corpo. O
delegado que assinou o boletim de ocorrência o registrou como suicídio.
Repercussão
O deputado Carlos Bezerra, líder do governo paulista na
Assembleia, comentou o caso nas redes sociais. Na avaliação do político
evangélico, é espantoso que uma secretaria da presidência da república tenha
emitido uma nota oficial atestando a causa da morte de Kaique, sem ter acesso a
um laudo pericial da investigação em curso. Ainda segundo Bezerra, “A morte de
um menino de 16 anos é uma tragédia, seja homicídio ou o suicídio que foi.
Inadmissível o uso político. O desespero eleitoreiro é tanto que o Governo
Federal atropelou a família do garoto Kaique e desafiou os fatos. “
Irineu Siqueira Neto
Como vocês sabem nós não compartilhamos a mesmo ideologia do bloque Genizah e seu posicionamento calvinista marxista, no entanto quando alguém escreve algo de muita relevância como este artigo devemos deixar de lado as diferenças doutrinárias e falarmos sempre a mesma língua desde que seja a realidade dos fatos!
Parabéns ao Genizah por este texto bem feito e oportuno!
"Examinai tudo. Retende o bem."
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