Na Colômbia inicia-se uma perseguição à cristãos como jamais
visto na América do Sul. Guerrilheiros das FARC estão ameaçando cristãos e
católicos em área rurais que estão sobre controle deles. Eles estão extorquindo
pastores e padres das igrejas nos grandes centros. Foram fechadas 150 igrejas,
100 católicas e 50 evangélicas, dentre elas a igreja pastoreada pelo Pastor Sá
Junior que missionária da Igreja Assembléia de Deus na Colômbia, pastor está
Caracás aguardando liberação pra retornar ao Brasil.
Pastor Assembleiano que responde na Central da AD no Acre,
foi obrigado a fechar a igreja pela proteção da família. “OU eu fechava a
igreja ou eles matariam minha esposa e filhas na minha frente, lamento, mas não
tive forças pra mante-la aberta, eles são agressivos.”
A frente 32 das Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia/Exército do Povo (FARC-EP) lançou uma ofensiva, proibindo a celebração
de missas e cultos em cidades e vilas menores. Para se reunir, a maioria das
congregações precisa pagar uma espécie de “taxa de proteção” ao grupo rebelde.
Os cristãos que correm maior risco são aqueles que ainda se reúnem nas casas e
os líderes que viajam para se encontrar com eles. “Sempre que meu marido ou
outro líder da igreja decide pregar no campo, só posso pedir: Senhor, proteja e
dê segurança a cada um deles”, diz Jeanet Ortiz Pinto, esposa do evangelista
itinerante Angel Pinto. “Meu coração está triste ao ver o que está acontecendo
ao nosso redor”, afirma ele.
O casal pastoreia a Igreja de Deus em Puerto Asis, desde
1988. Angel também é um pastor itinerante, que visita continuamente várias
igrejas recém-plantada no Estado de Putumayo. Durante seu ministério, que já
dura mais de 25 anos, Pinto foi expulso da igreja cinco vezes por grupos
armados.
Duas vezes ele foi ameaçado de morte por violar as
proibições impostas pelas FARC contra a pregação.Ele diz que não tem medo e
explica que sua congregação tem um ministério que resgata e cuida dos chamados
órfãos de guerra. Algumas dessas crianças são filhos de membros da igreja que
morreram nas mãos da FARC. Mesmo assim, ele sabe que as FARC já mataram
centenas de líderes de igrejas evangélicas nos últimos anos, incluindo alguns
de seus colegas de ministério em Puerto Pinto Assis. Após as ameaças da
guerrilha, seis padres foram expulsos de suas paróquias na região, de acordo
com informações da imprensa.
O governo colombiano realizou reuniões de paz com as Farc em
Cuba, para chegar a uma solução para o conflito que já dura décadas. Eneida
Herrera, uma evangélica professora de Finanças Públicas na Universidade do
Américas, lamentou que a igreja sofra com a violência de grupos armados e faz
um alerta: “Caso as negociações de Havana não produzam nada de positivo,
podemos esperar uma onda de violência maior do que tem acontecido até agora”.
Pedro Mercado, vice-secretário da Conferência Episcopal da Igreja Católica,
declarou que estava “muito preocupado pois… Há mais ameaças de segurança a
nossos padres e bispos, e restringe nossa liberdade de pregar a palavra de
Deus”.
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