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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Do fuzilamento à asfixia: EUA procuram o melhor método para matar

A sala de execução onde morreu Ronnie Lee Gardner, em 2010, no Utah
A sala de execução onde morreu Ronnie Lee Gardner, em 2010, no Utah
 Fotografia © REUTERS/Trent Nelson-Salt Lake Tribune

Vários estados norte-americanos estão a recuperar velhos métodos, como a cadeira elétrica e o pelotão de fuzilamento, como alternativa à injeção letal.


Intoxicação com nitrogénio e fuzilamento. Estes são dois dos "novos" métodos de execução de condenados à morte que estão a ser estudados, e que já foram até aprovados em vários órgãos, em alguns estados norte-americanos, na sequência de problemas com as injeções letais. O debate nos EUA já não é só sobre a pena de morte, é também sobre como matar os condenados.
O Oklahoma, por exemplo, está a considerar trocar as injeções letais pela morte por hipoxia, ou seja, privação de oxigénio. Um comité do senado aprovou na semana passada a proposta para autorizar a morte por intoxicação com nitrogénio, que causa a privação de oxigénio e morte cerebral em minutos.

Noutro estado, o Utah, a câmara dos representantes aprovou na semana passada a execução por fuzilamento, sempre que não seja possível a injeção letal, seguindo o exemplo do Wyoming, onde também estão a ser dados passos no sentido de fazer regressar os pelotões de fuzilamento. No Utah já são permitidos, mas a escolha, por enquanto, é do condenado.

As medidas, que têm suscitado polémica, são apresentadas como alternativa à injeção letal, depois de problemas em três execuções (nos estados de Ohio, Oklahoma ou Arizona), que provocaram contestação e suspensões. Os problemas devem-se, em parte, à falta das substâncias usadas nas injeções letais, devido a boicotes de empresas europeias, que levou alguns estados a usar novas combinações, com resultados chocantes - em dois casos as execuções arrastaram-se por dolorosos minutos e horas.

No Oklahoma, por enquanto, as execuções estão suspensas, uma vez que o método usado no estado - a fórmula da injeção letal - está a ser avaliado pelo Supremo Tribunal, depois de um problema numa execução ter chocado o país em abril do ano passado.

O estado já teve de adiar três execuções, mas não quer perder mais tempo. A proposta da execução por intoxicação por nitrogénio foi apresentada no ano passado e o republicano Anthony Sykes espera vê-la aprovada ainda nesta sessão legislativa. Se a ideia for para à frente, o Oklahoma será o primeiro estado norte-americano, dos 32 que têm pena de morte, a usar este método. "Não seria preciso um médico. É muito mais prático. É eficiente", disse o senador Mike Christian, citado pelo The Oklahoma Daily.

O Tennessee aprovou no ano passado a utilização da cadeira elétrica quando as substâncias necessárias para a injeção letal não estão disponíveis, mas o supremo tribunal do estado está a analisar a medida.

O Ohio, por outro lado, decidiu adiar as seis execuções previstas para este ano, até ao estado conseguir as substâncias necessárias e depois de terem anunciado uma mudança na fórmula da injeção.

Os Estados Unidos efetuaram 35 execuções em 2014, o número mais baixo dos últimos 20 anos, segundo o Centro de Informação sobre a Pena de Morte, o que se deveu, em parte, a estas questões. Todos foram mortos por injeção letal. Este ano já foram mortos oito condenados. 

Nos últimos cinco anos foram executadas 214 pessoas nos EUA, todas por injeção letal, com três exceções: duas por eletrocussão e uma por pelotão de fuzilamento - a primeira em 14 anos, a pedido do prisioneiro.

Fonte: http://www.dn.pt/inicio/globo/

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