Por Antognoni Misael
“Estratégia”, essa é uma das mais frequentes
palavras que o Thalles Roberto tem usado para justificar suas diversas atuações
e influências no meio gospel.
Leitores, estamos diante de uma verdade
irrefutável: o Thalles Roberto é talvez o maior nome influente no meio dos
jovens evangélicos do Brasil!
O cantor que já usou a sua “estratégia” na
gravação de DVD’s, realização de centenas de Shows, na confecção do bonequinho
de si mesmo, de bermudas, blusas, tênis, pulseiras, capas para celulares, agora
investe na sua Bíblia Apostólica IDE. - Bíblia? Sim. Isso mesmo! Mas,
calma, observe que já é normal as celebridades se utilizarem do fato de serem
conhecidas para se envolverem em áreas nas quais não possuem uma especialidade.
Isto é, elas acabam por ter um poder de opinar e influenciar de forma
desproporcional a sua sabedoria, conhecimento e maturidade. Apesar de não ser
legal, isso pode funcionar. Portanto, se funciona, “Deus agradece”!
Concorda?
Eu acho impressionante o empenho deste astro
com a propagação Evangelho, não sei você. Pensar em expandir o acesso às
Escrituras foi uma sacada em tanto. Não foi? Penso que isso partiu de uma
experiência pessoal em virtude de ele ter notado que grande parte do seu público
jovem demonstra que não lê as escrituras; ele sabe que o que ele mesmo diz nos
seus shows é recebido sempre como verdade, não pelo conteúdo do que revela, mas
por ser ele uma celebridade.
Poxa... o Thalles organizar uma Bíblia de si mesmo
denota para mim um ato de humildade onde ele confessa de forma subentendida que
nem ele mesmo lê Bíblia, daí abri-la e se ver nela...(#narcisopira) penso
que será de um novo ânimo para nunca mais trocar Davi por Paulo e aprender a
falar do Evangelho nos programas de televisão em que virá a participar.
Diante dessa engrenagem rentável que o Thalles
instalou, fincado em si mesmo (para glória de Deus), fica nítido que o que ele
mais deseja é que Cristo apareça em tudo que ele faz, mesmo que para isso seja
necessário ele investir pesado numa marca pessoal, numa imagem de si mesmo, ou
em uma singela parceria com os 3...(quem são os 3?).
Eu continuo achando fantástica a ideia de ele -
ciente de que multidões de jovens e até vários famosos se emocionam e saltitam
com suas canções - se utilizar da Bíblia para colocar ele mesmo como um
personagem introdutório tornando-a mais atrativa (sem aquela forma de Bíblia,
sabe?). Também o fato de acrescentar várias páginas recheadas de sua imagem,
canções, testemunhos pessoais para estrategicamente incentivar uma leitura às
sagradas escrituras foi, digamos que... uma das mais brilhantes ajudinhas que um
“servo- famoso” pôde oferecer a Deus.
Como eu fico feliz que o Thalles segue os
moldes de João Batista - “que Ele cresça e eu diminua”. Como é deleitoso ver
alguém que perde a sua vida em favor dos pobres e carentes da Graça de Deus; que
a cada dia se ofusca para que Cristo resplandeça e abandona a luminosidade do
palco da ostentação para se tornar simples e pobre de espírito. Quão agradável é
ver alguém diante de tanta fama permanecer humilde, isto porque tudo na
experiência da fama confronta a humildade, não é verdade?
Avalie sinceramente, como é possível alguém
ser humilde e considerar os outros melhores que a si mesmo (Fp 2.3) quando se
esta comprometido com a autopromoção?
Ora, como obedecer a ideia: “ninguém tenha
de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter” (Rm 12.3) ao ser
bombardeado por aplausos, atenção e “tietagem”?
Observe como o Thalles nos dá essa lição. Você
ainda não observou seu exemplo? Quantas vezes ele usa a palavra “eu”, as
expressões “Deus me deu”, “Deus me fez”, “meu facebook”, “minha influência”.
Amigo leitor, nunca ninguém expandiu tão
bombasticamente o selo de si mesmo por estratégia em favor das almas perdidas,
por mais que isso tenha lhe custado alguns zeros a mais em sua conta bancária.
Diante disso eu observo que Keith Green ficou foi pra trás - este “pobre” que
inventou de fazer concerto de graça e dar seus próprios discos morreu cedo
porque não soube fazer do mercado a promoção de si mesmo para que através de sua
própria riqueza e fama Jesus aparecesse em sua camisa.
Por fim eu fico a pensar. Se há culpa ou mérito
nisso tudo, deve-se atribuir isso ao Thalles? Ora, claro que não! O povo se
influencia por aquilo que de fato almeja lá dentro de sua alma. Se o Thalleco é
tão influente assim, e se o que ele mais esbanja é glória a sua própria imagem,
não tenhamos dúvida, seus seguidores são idólatras de si mesmo!
Steve Turner comenta em sua obra, Engolidos
pela Cultura Pop, o seguinte:
“O estrelismo tende a inflar o ego das pessoas, mas o público também quer celebridades com egos inflados, pois as torna interessantes. Humildade e autocontrole não fazem boas histórias, mas arrogância e imprudência, sim. As pessoas querem que suas estrelas sejam maiores que a vida. Querem que elas façam coisas que sempre sonharam, mas que não têm coragem, dinheiro e oportunidade para fazer.” [Pág. 111, 112]
Se você se identifica com as posturas
eclesiásticas e mercadológicas do Thalles Roberto, não tenha dúvida, você não
entendeu o que é o Evangelho! Sugiro que se por acaso tem ou deseja adquirir a
"Bíblia dele", leia o que está contida no seu cerne e peça a Deus iluminação
para entender a plenitude do Evangelho. Não julgue o livro pela capa.
P.S.: Espero que ninguém faça recortes de
frases isoladas do texto, e não me diga que é preciso eu grifar as
ironias.
Antognoni Misael, fã do estrategista Thalles Roberto.
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