Por Hermes Rodrigues Nery –
Para prestigiar o 11º Encontro Nacional da
Pastoral da Juventude, realizado em Manaus, de 11 a 25 de janeiro, o Vaticano
enviou uma carta1 do Papa Francisco dirigida, com afeto, a Aline Ogliari e
Alberto Chamorro, dirigentes da Pastoral da Juventude, agradecendo, através da
carta, de participar “deste grande e bendito encontro”2, “a partilhar ‘a vida,
o pão e a utopia’”3. E concluiu a missiva, dizendo: “Joguem a vida por grandes
ideais. Apostem em grandes ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo
Senhor para coisinhas pequenas, mas para coisas grandes!.”
4 Se todos são escolhidos para ser grandes, o que dizer daquilo
que afirmou Santa Teresinha: “Se todas as florinhas quisessem ser rosas,
perderia a natureza as suas galas primaveris e os campos os esmaltes das suas
boninas”5. E ainda: “O amor de Nosso Senhor tanto se revela na alminha mais
simples, que nenhuma resistência opõe às suas graças, como nas almas que em
vôos sublimes se remontaram à perfeição”6. Mas, Bergoglio exorta os jovens a
apostar em “coisas grandes”7.
Para a jovem Aline Ogliari, 23 anos, que em sua página no facebook,
naquele mesmo dia fazia a seguinte apologia: “Viva Evo Morales!!! Seguimos
adelante, nuestra Pátria Grande!”8
A mesma Aline, secretária nacional da Pastoral da Juventude, que apoiou
Dilma Roussef nas eleições de 2014 e afirmou numa carta9 aos jovens
participantes do 11º encontro nacional que “vários movimentos juvenis foram
agentes fundamentais na reeleição da presidenta Dilma, porque acreditaram que o
projeto político vencedor representava de forma mais clara a linha de avanços
nos campos sociais e na garantia dos direitos, e o projeto popular em curso na
América Latina.”10 Reconhece, naquele mesmo documento, “a capilaridade da
PJ”11, como uma “das maiores organizações juvenis do Brasil”12, a defender as
seguintes bandeiras:
“…a luta contra a violência e o extermínio da juventude, expressa na
Campanha Nacional Contra a Violência e Extermínio de Jovens; a luta contra a
redução da maioridade penal; o fim dos autos de resistência; a desmilitarização
da polícia; a defesa integral dos direitos das juventudes, respeitando sua
imensa diversidade; a democratização da mídia; e o fortalecimento dos
instrumentos de participação popular, que estimulam e valorizam o engajamento e
a construção concreta, tanto a partir dos mecanismos formais, como também pelas
novas formas de participação – pela internet, pela expressão cultural, pela
experiência comunitária.”13
E mais:
“Nos unimos também a outros movimentos sociais que lutam pelo direito à
terra, à moradia e aos direitos básicos previstos, além da luta pela Reforma
Política, pilar fundamental para o avanço verdadeiramente popular e
democrático, e base de tantas outras reformas necessárias.”14
E completa:
“Temos ainda a luta pela igualdade de gênero que precisa ser
fortalecida em todos os espaços. Enquanto estivermos junto à juventude, não nos
faltará pelo que lutar.”15
Num outro artigo, intitulado “Organizando a esperança”16, publicado no
site da Pastoral da Juventude, Aline Ogliari disse ter ficado profundamente
indignada com “os discursos vazios de ódio contra o PT e a Dilma”17 e do
“conservadorismo ao extremo”18 da campanha eleitoral de 2014.
Mas, afinal, ela acredita na força da Pastoral da Juventude para mover
o projeto revolucionário, não só no Brasil, mas em toda a América Latina, pois,
não foi o que o próprio Bergoglio pediu aos jovens, na Jornada Mundial da
Juventude de 2013, quando disse: “sejam revolucionários”19?
Por isso, Aline disse, com convicção:
“O sonho de um mundo de liberdade deve ser permanente! Ele revela o
nosso jeito, a nossa genética, e fala da essência juvenil que é a intensidade,
a ousadia, a rebeldia. Construir o Reino de Deus é um ato de resistência de
quem insiste em sonhar, de subversividade de quem, dentro desse sistema, anda
na contramão.”15 E assim, concluiu: “não pedimos licença a ninguém para
construir o Reino. Essa deve ser uma das nossas alegrias!”20
Foi à jovem Aline, revolucionária, eleitora do PT e de Dilma, que atua
pela reforma política que favorece o projeto bolivariano da Pátria Grande, que
o Vaticano escreveu, com toda a estima, estendendo o elogio aos jovens
revolucionários da PJ: “tenho muita esperança em vocês que dão testemunho com
as suas vidas desse Cristo libertador”.
PS: Quem será o ghost writter de
Bergoglio ou quem teria escrito essa carta que Francisco assina?
Compare as duas fotos abaixo e me diga o que vem a sua mente:
Toda semelhança não é mera coincidência!
Fonte: Homem Culto
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