Unico SENHOR E SALVADOR
quinta-feira, 14 de maio de 2015
Legitimidade de Israel
Por Dennis Prager
Sempre que eu recebo uma telefonema de um ouvinte do meu programa de rádio questionando a legitimidade de Israel, eu pergunto a essas pessoas se alguma vez elas já ligaram para algum outro programa de rádio para questionar a legitimidade de outro país. Especificamente, eu pergunto a eles: já questionaram a legitimidade do Paquistão?
A resposta, claro, é sempre “não”. Na verdade, nenhum ouvinte jamais entendeu sequer por que eu mencionei o Paquistão.
Há duas razões para isso. Em primeiro lugar, de todos os mais de 200 países no mundo, apenas a legitimidade de Israel é questionada. Então mencionar qualquer outro país parece estranho para o ouvinte. Em segundo lugar, quase ninguém fora da Índia ou do Paquistão sabe alguma coisa sobre a criação do Paquistão.
Apenas alguns meses antes da ONU adotar uma proposta de partilha para a Palestina, em um estado judeu e um estado árabe, em 1947, a Índia foi dividida em um estado muçulmano e um estado hindu. O estado hindu era, naturalmente, a Índia. E o estado muçulmano tornou-se conhecido como Paquistão. Ele tem um território de 310 mil milhas quadradas, cerca de 40.000 milhas quadradas maior que o Texas.
Em ambos os casos, a declaração de um estado independente resultou em violência. Assim que o recém-criado estado de Israel foi declarado em maio de 1948, ele foi invadido por seis exércitos árabes. E a divisão da Índia levou a uma terrível violência entre muçulmanos e hindus.
Segundo o relatório final da Comissão de Conciliação das Nações Unidas, de 28 de dezembro de 1949, a guerra de independência de Israel em 1948 criou 726.000 refugiados árabes. Muitas fontes estimam essa cifra em cerca de 200 mil a menos.
Um número aproximadamente igual de refugiados judeus ? cerca de 700.000 ? decorreu da sua expulsão dos países árabes, onde tinham habitado durante gerações incontáveis. Além disso, aproximadamente 10 mil árabes foram mortos nos combates que se seguiram após a invasão árabe de Israel.
Agora vamos voltar para o estabelecimento do Paquistão. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, o estabelecimento do Paquistão resultou em 14 milhões de refugiados? hindus fugindo do Paquistão e muçulmanos fugindo da Índia. Assumindo uma divisão meio a meio, o estabelecimento do Paquistão produziu cerca de sete milhões de refugiados hindus? pelo menos 10 vezes o número de refugiados árabes que resultou da guerra em torno do estabelecimento de Israel.
E a guerra no Oriente Médio, devemos recordar, foi iniciada pelos países árabes ao redor de Israel. Não fosse pela rejeição árabe quanto à criação de Israel (e sua existência dentro de alguma fronteira) e a subsequente invasão árabe, não teria havido nenhum refugiado árabe.
E quanto a mortes, a estimativa mais elevada de mortes árabes durante a guerra de 1948 após a partilha da Palestina é de 10.000. O número de mortes que resultaram da criação do Paquistão é de cerca de um milhão. Além disso, segundo o governo indiano, pelo menos 86 mil mulheres foram estupradas. A maioria dos historiadores acredita que o número seja muito maior.
O número de mulheres violentadas quando Israel foi estabelecido está perto de zero. De todas as evidências que pude encontrar, a estimativa mais elevada foi 12. Dado o número espetacularmente maior dos refugiados e das mortes causadas pela partilha da Índia e a criação do Paquistão, por que ninguém nunca questiona a legitimidade da existência do Paquistão?
Esta questão é particularmente válida à vista de um outro fato: Nunca antes na história houve um Paquistão. Foi uma nação completamente nova. Além disso, sua criação deveu-se exclusivamente à invasão muçulmana. Foram os muçulmanos que invadiram a Índia e mataram cerca de 60 milhões de hindus durante os mil anos de domínio muçulmano da Índia. A área hoje conhecida como Paquistão, era hindu até os muçulmanos a invadirem em 711 EC. Por outro lado, Israel moderno é o terceiro estado judaico na área geográfica conhecida como Palestina. O primeiro foi destruído em 586 AEC, o segundo em 70 EC e nunca houve um Estado não judeu soberano na Palestina.
Assim, tendo em conta todos esses fatos, por que é a legitimidade de Israel desafiada, enquanto a legitimidade do Paquistão, estado que nunca antes existiu e cuja criação resultou na maior migração em massa registrada na história, nunca é questionada? A resposta é tão óbvia que somente quem se formou em faculdade, ou especialmente em pós-graduação, precisa ouvir isso: Israel é o único estado judeu no mundo.
Assim, enquanto há 49 países de maioria muçulmana e 22 estados árabes, grande parte do mundo questiona ou abertamente rejeita o direito de o único Estado judeu? do tamanho de Nova Jersey? existir.
Se você é um membro da Igreja Presbiteriana, envie estes fatos para os líderes da Igreja Presbiteriana dos EUA, que deliberou por boicotar Israel. Se você é um estudante em Estudos do Oriente Médio ? ou qualquer outra faculdade de Ciências Humanas ? e seu professor é anti-Israel, pergunte ao seu professor por que o Paquistão é legítimo e Israel, não. Eles não terão uma boa resposta. Sua oposição a Israel não se baseia em considerações morais.
Colaboração de Ariel Krok e Daniel Fuchs
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