Dr. Stefano Gennarini eDra. Rebecca Oas
“É muito difícil reduzir sua pegada de carbono quando você não para de acrescentar mais pés…” disse o Centro de Mídia Populacional num boletim, uma organização de controle populacional que continua às margens das negociações de Paris.
Essa organização diz que os líderes mundiais são “irresponsáveis” por negligenciarem
políticas para reduzir as populações em seus esforços para limitar as emissões de carbono. Descreve a contracepção como uma cura mágica para eliminar a pobreza, guerra, crime e proteger o meio-ambiente.
A contracepção é “só um custo” (despesa de uma única vez), afirmam eles, cujos “benefícios se multiplicam perpetuamente por meio dos descendentes que nunca existirão de cada pessoa que nunca existirá.”
O verdadeiro propósito do ambientalismo
Essa organização afirma que cada dólar gasto na contracepção pode evitar aproximadamente 1 tonelada de emissões de carbono, e elogia abundantemente os benefícios, em termos de economia de energia, de impedir “nascimentos e daí existências” citando um estudo pago pela Population Matters.
O estudo, que não afirma ter sido avaliado por outros profissionais semelhantes, presume que milhões de mulheres que atualmente não usam contraceptivos por razões tais como preocupações de saúde e objeções religiosas decidirão usar — se mais dinheiro for gasto por governos, empresas e contribuintes na contracepção.
O estudo se apoia na noção falha de “necessidade não atendida” de planejamento familiar. Embora uma ferramenta poderosa de levantamento de fundos, esse conceito não mede a demanda real de contraceptivos. Menos de dez por cento das mulheres descritas como tendo “necessidade não atendida” afirmam ter dificuldade de obtê-los. O único jeito de suprir a suposta “necessidade não atendida” seria se as mulheres que não querem usar contraceptivos fossem de certo modo forçadas a usá-los.
Excetuando os defeitos do estudo, a Divisão Populacional da ONU — uma fonte autorizada que tradicionalmente simpatiza com a redução da fertilidade — já desmascarou a base das afirmações no estudo elogiado por Population Media Matters.
Um relatório da ONU publicado no começo deste ano é comprovadamente a palavra final sobre se investir na contracepção deve estar no arsenal de políticas para reduzir as emissões de carbono. Esse relatório revela que as políticas populacionais têm pouco impacto nas emissões de carbono em comparação com as mudanças em produção e consumo, e política ambiental sã.
No começo deste ano, John Wilmoth, que preside a Divisão Populacional da ONU, criticou a elite da mudança climática por usar ciência falha numa tentativa de ligar questões populacionais ao clima. Wilmoth explicou que há “incerteza relativamente pequena” em projeções populacionais para o próximo século, mas há “incerteza completa” acerca de emissões de carbono em sua relação a questões populacionais.
Líderes internacionais poderosos estão apoiando a ligação entre políticas de redução da fertilidade com emissões de carbono, inclusive o famoso economista Jeffrey Sachs, que preside o Instituto da Terra na Universidade de Colúmbia; o ex-vice-presidente Al Gore; o fundador da Empresa Microsoft Bill Gates; e a chefe de clima da ONU Christiana Figueres, entre outros.
Falta de progresso num acordo internacional sobre a mudança climática demonstrará ser dispendioso para campanhas de controle populacional.
Se as conversações sobre o clima em Paris resultarem em sucesso no final, será necessário que os países mobilizem quantias nunca antes vistas de recursos numa tentativa de mudar o clima da Terra. A ex-secretária de Estado Hillary Clinton e o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon prometeram 100 bilhões de dólares por ano em assistência climática.
Com o tempo esses recursos reduziriam a assistência pública e privada da qual dependem hoje os grupos de controle populacional — e poderiam se tornar sua nova tábua de salvação se eles conseguirem convencer o mundo a lhes dar um lugar à mesa.
Fonte: Friday Fax
Divulgação: www.juliosevero.com
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