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sábado, 16 de janeiro de 2016

Confissão Verdadeira (Parte 1), por John MacArthur

Confissão Verdadeira (Parte 1), por John MacArthur

Um sermão ministrado em 1979 por John MacArthur

Eu quero chamar sua atenção para ao maravilhoso Salmo 51, o qual é um grande Salmo, bastante familiar para a igreja. Qualquer um que tem antecedentes litúrgicos, de uma igreja mais formal, lembra de muitas partes do Salmo 51 aparecendo na liturgia da igreja, por causa de seu próprio conteúdo. É muito bonito, mordaz, e muito poderoso. O tema do Salmo 51 é a verdadeira confissão.

O apóstolo Paulo disse que, antes de nós participássemos da ceia, nós devemos ser cuidadosos em examinar a nós mesmos. Ele disse, “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor” (1 Coríntios 11:28,29). Antes de nós podermos realmente celebrar a cruz, precisa haver um tempo para a confissão. 

Precisa haver um tempo para procurarmos os sentimentos mais profundos de nosso coração. Como podemos celebrar a cruz que tira nossos pecados se houver algum pecado não confessado e acolhido em nossas vidas? Isso seria hipocrisia. E Paulo diz que isso traria a nós mesmos o castigo. Então devemos examinar a nós mesmos.

Não há espelho melhor para examinar nossa coração que o Salmo 51. Eu suponho que a igreja é provavelmente a única organização onde os membros se encontram regularmente para descrever a si mesmos como miseráveis pecadores. Mas isso é a verdade, não é? Alguém uma vez disse “Bom, eu não vou para a igreja porque existem muitos hipócritas lá. 

Existem muitos pecadores lá”. Bom, uma coisa sobre a igreja, ela não é uma sociedade de pessoas perfeitas. Ela é como um hospital e dentro dela pelo menos as pessoas reconhecem que estão doentes e sabemos onde está a cura. Eu suponho também que algumas pessoas diriam que nós, particularmente, somos obcecados com o pecado, que estamos falando sobre isso. 

E isso é verdade, mas isso porque a Bíblia parece obcecada pelo pecado também. Como poderia ser de outra forma quando a Bíblia mostra a história humana e o fato mais conclusivo da experiência humana é o pecado. Se a Bíblia lida com a verdade, ela lida com o pecado. E se nós lidamos com a Bíblia, nós lidamos com o pecado também. Um homem com algum senso moral, certamente um homem que conheça a Deus, será perturbado pelo conhecimento do pecado. Ele ficará enervado com o pecado.

Davi era tal homem, e ele escreveu o Salmo 51. E o Salmo carrega a marca da culpa profunda, e apresenta o caráter da verdadeira confissão. Todo o assunto, penso eu, da confissão do pecado é muito mais discutido hoje em dia. 

E eu acho que isso precisa ser visto em uma perspectiva bíblica. Mas isso sempre será o padrão da vida cristã confessar o pecado. 1 João 1:9 diz “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”. Em outras palavras, a característica de um cristão é confessar, e Deus continua a perdoar.

O que você quer dizer quando diz que “confessa”? Você pretende implorar por perdão? Quando dizemos que confessamos nosso pecado, não quer dizer que estamos implorando a Deus para nos perdoar. E então você pergunta “Por que não?”. Porque ele já nos perdoou. Quando Jesus morreu na cruz, Ele suportou em Seu corpo nossos pecados. Todos eles. Então não é uma questão de perdão que nós lidamos. 

Eu não tenho pecados não perdoados em minha vida. E nem você, como um cristão. Porque o perdão aconteceu na cruz. 1 João 2:12 diz, “Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados”. Não há tal coisa na vida do crente como um pecado não perdoado.

Eu lembro de um entrevista que vi na televisão, em que uma mulher perguntou “Se eu peco e o Arrebatamento acontece antes de eu poder pedir por perdão, o que acontece comigo? Eu sou uma cristã”. E as resposta foi, “Você vai para o inferno, porque não teve seu pecado perdoado”. Não é assim. Todos os seus pecados foram perdoados na cruz. Você então me pergunta, “John, então o que é confessar?”. 

Confessar significa duas coisas. A palavra em grego é homologeo, “dizer a mesma coisa”. É concordar com Deus que você pecou, e está se afastando do pecado. Não é pedir para ser perdoado. É dizer, “Deus, eu pequei. Eu agradeço porque Tu já me perdoaste, e agora eu me afasto do pecado”. A verdadeira confissão envolve arrependimento. E arrependimento significa se afastar. Você não confessou seu pecado verdadeiramente até que você pare de praticá-lo. Se uma pessoa diz “Senhor, eu sinto muito, eu confesso meu pecado” e continua com as mesmas práticas, isso não é confissão verdadeira.

2 Coríntios 7:8,9 diz, “Porquanto, ainda que vos contristei com a minha carta, não me arrependo, embora já me tivesse arrependido por ver que aquela carta vos contristou, ainda que por pouco tempo. Agora folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma”. 

Confissão verdadeira é dizer, “Senhor, eu pequei. Eu sou um pecador e eu me afasto agora desta prática”. Isso é confissão verdadeira. Implorar repetidas vezes “Senhor, me perdoe” é supérfluo. Se eu confesso meu pecado, eu concordo com Deus que eu sou um pecador. Eu devo ver como Ele vê. 

Confessar não é apenas dizer, “Eu fiz isso”. É dizer, “Eu fiz isso e não vou fazer de novo”. É afastar-se do pecado. A confissão verdadeira, então, é o quebrantamento, não a verbalização. É o verdadeiro quebrantamento que muda o comportamento.

Traduzido por Ana Louise

Disponível em: gty.org

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