Governo diz que pretende criar comissão para "retraduzir e reinterpretar" a Bíblia
O governo chinês proibiu a venda de Bíblias em livrarias on-line em todo o país para cumprir com novas normas que exigem um controle de literatura que não esteja de acordo com os “valores centrais do socialismo”.
A rede inglesa BBC produziu uma reportagem mostrando que cópias eletrônicas das Escrituras simplesmente desapareceram das lojas após a divulgação do documento “Políticas e Práticas para Proteger a Liberdade de Crença Religiosa na China”. Apesar do nome pomposo, trata-se
de uma nova tentativa do governo comunista em censurar o direito dos cristãos de praticarem sua fé.
As “políticas e práticas” estabelecem que as comunidades religiosas chinesas “devem seguir a direção do partido [comunista] sobre religião, praticar os valores centrais do socialismo, desenvolver e expandir a tradição chinesa e explorar ativamente o pensamento religioso que está de acordo com a situação da China”.
O documento também afirma que nos próximos cinco anos haverá um esforço para reconstruir o cristianismo chinês e a teologia chinesa para “conscientemente desenvolver talentos de especialistas que possam estabelecer uma base sólida para retraduzir e reinterpretar a Bíblia e escrever livros de referência”.
A decisão, na prática, volta a limitar a leitura das Escrituras somente dentro das igrejas. A decisão deixou a comunidade cristã chinesa “confusa e indignada”, segundo os comentaristas da BBC.
Warren Wang, um líder cristão chinês que fugiu do país por causa da perseguição em 2012, disse que eles já esperavam que essa medida seria adotada. “Não estou tão surpreso que eles estão tirando a Bíblia das prateleiras agora”, afirmou. “Isso é muito parecido com algo que a China fazia no passado. O Partido Comunista ensina o ateísmo e desde que Xi Jinping conseguiu consolidar seu poder, isso era esperado”, reiterou, referindo-se ao presidente chinês.
Na década passada o governo chinês havia relaxado em seu controle de grupos religiosos. A popularização da internet ajudou as pessoas a terem fácil acesso aos aplicativos bíblicos. A partir de agora, segundo a nova resolução, “Bíblias só podem ser vendidas nas igrejas que o governo permitir”.
Embora a China alegue que exista liberdade religiosa, nos últimos anos há uma crescente repressão contra igrejas, onde as cruzes foram retiradas do alto dos templos e muitos pastores, presos.
A venda do Alcorão ainda está permitida, mas os muçulmanos chineses também são alvos de tentativas de repressão, mesmo que em menor escala. Livros sobre budismo e taoísmo, religiões populares no país, não estão proibidos.
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A rede inglesa BBC produziu uma reportagem mostrando que cópias eletrônicas das Escrituras simplesmente desapareceram das lojas após a divulgação do documento “Políticas e Práticas para Proteger a Liberdade de Crença Religiosa na China”. Apesar do nome pomposo, trata-se
de uma nova tentativa do governo comunista em censurar o direito dos cristãos de praticarem sua fé.
As “políticas e práticas” estabelecem que as comunidades religiosas chinesas “devem seguir a direção do partido [comunista] sobre religião, praticar os valores centrais do socialismo, desenvolver e expandir a tradição chinesa e explorar ativamente o pensamento religioso que está de acordo com a situação da China”.
O documento também afirma que nos próximos cinco anos haverá um esforço para reconstruir o cristianismo chinês e a teologia chinesa para “conscientemente desenvolver talentos de especialistas que possam estabelecer uma base sólida para retraduzir e reinterpretar a Bíblia e escrever livros de referência”.
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A decisão, na prática, volta a limitar a leitura das Escrituras somente dentro das igrejas. A decisão deixou a comunidade cristã chinesa “confusa e indignada”, segundo os comentaristas da BBC.
Warren Wang, um líder cristão chinês que fugiu do país por causa da perseguição em 2012, disse que eles já esperavam que essa medida seria adotada. “Não estou tão surpreso que eles estão tirando a Bíblia das prateleiras agora”, afirmou. “Isso é muito parecido com algo que a China fazia no passado. O Partido Comunista ensina o ateísmo e desde que Xi Jinping conseguiu consolidar seu poder, isso era esperado”, reiterou, referindo-se ao presidente chinês.
Na década passada o governo chinês havia relaxado em seu controle de grupos religiosos. A popularização da internet ajudou as pessoas a terem fácil acesso aos aplicativos bíblicos. A partir de agora, segundo a nova resolução, “Bíblias só podem ser vendidas nas igrejas que o governo permitir”.
Embora a China alegue que exista liberdade religiosa, nos últimos anos há uma crescente repressão contra igrejas, onde as cruzes foram retiradas do alto dos templos e muitos pastores, presos.
A venda do Alcorão ainda está permitida, mas os muçulmanos chineses também são alvos de tentativas de repressão, mesmo que em menor escala. Livros sobre budismo e taoísmo, religiões populares no país, não estão proibidos.
Com informações Christian Post
Phonte: Gospel Prime
-Marxismo-Cristão: Uma Contradição Alarmante
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