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domingo, 1 de julho de 2018

A história do inferno: introdução

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A revista Christian History publicou uma pequena edição intitulado “A História do Inferno – Um breve panorama e guia de recursos”, recurso recomendado por alguns pastores, como Mark Driscoll. Cremos que este conteúdo complementará com a perspectiva histórica sobre essa doutrina, por isso o estamos traduzindo (com permissão da própria revista).

São 11 postagens ao total. Esta com uma pequena introdução sobre os três pontos de vista sobre o assunto; mais 10 apresentando grandes nomes da história e o que defendiam sobre o assunto (do ano 30 até 1900) e, por fim, o ebook completo com alguns recursos de posições
modernas. Tentaremos incluir o máximo de referências e livros disponíveis em português.

Há vários motivos porque postamos sobre a doutrina do inferno. A principal é porque amamos a Jesus. Outro motivo é o descaso (ou, às vezes, abuso) que há em nossos tempos. Se você se pergunta “por que a crença no inferno é fundamental?” sugerimos que você leia este artigo de John Piper.

Por último, gostaria de ressaltar que não será apresentado embasamento bíblico sobre o assunto. Será um panorama histórico. Se você deseja ver uma abordagem teológica e pastoral sugiro que você veja os materiais disponíveis em nosso arquivo (VE).

Boa leitura.

O inferno: três pontos de vista

Tradicional

Alguns (talvez mesmo a maior parte da espécie humana) não serão salvos. 

• Cada pessoa é julgada de uma vez por todas na morte e herda ou a vida eterna, ou a condenação eterna. 
• O inferno é um lugar de punição consciente e interminável em decorrência do pecado. Essa punição é interpretada ora de modo literal (tormento físico), ora de modo metafórico (um estado do ser, sofrimento espiritual, separação em relação a Deus). 
• Uma vez no inferno, a pessoa não tem mais como escapar. • Algumas vertentes desse ponto de vista defendem que há diferentes graus de punição, dependendo da gravidade dos pecados cometidos. 
• Algumas correntes (como a calvinista) enfatizam a soberania de Deus na punição daqueles a quem ele escolhe punir, ao passo que outras linhas ressaltam a liberdade da escolha humana. 
• A posição católica romana estabelece uma distinção entre inferno e purgatório — local temporário de purificação para os destinados ao céu.

Imortalidade condicional ou aniquilacionismo


Alguns não serão salvos. 
• A alma humana não é imortal por natureza. A existência eterna é um dom que Deus dá aos remidos. • Os impenitentes serão punidos, mas esse período de punição consciente terá fim. 
• Na última ressurreição, os impenitentes serão destruídos e deixarão de existir. O “fogo” do inferno de que fala a Escritura é consumidor, não atormentador. 
• Alguns condicionalistas creem que após a morte a pessoa receberá uma segunda oportunidade de aceitar ou rejeitar a Deus.

Restauracionismo ou universalismo


Todos no fim serão salvos, e Deus restaurará a criação à perfeita harmonia. 

• A punição eterna contradiz o amor de Deus, uma vez que Deus deseja a salvação de todos e tem o poder de vencer o pecado e o mal. O amor de Deus é mais forte que a resistência humana. 
• Se existe inferno, não é por toda a eternidade. A punição é transitória e corretiva, levando o pecador ao arrependimento e à união com Deus. 
• Mesmo o Diabo pode no final de tudo se arrepender e ser salvo. 
• Alguns teólogos ao longo da história defenderam uma posição mais cautelosa de “universalismo esperançoso”, ou seja, não podiam afirmar dogmaticamente que todos serão salvos, mas tampouco podiam negar essa possibilidade.

Índice

Anos 30-200 d.C.: cristãos primitivos, Justino Mártir, Clemente de Alexandria e Ireneu de Lião
Anos 200-400 d.C.: Orígenes, Atanásio, Gregório de Nazianzo, Gregório de Nissa e João Crisóstomo
Anos 400-1000 d.C.: Jerônimo, Agostinho, Máximo, o Confessor e o pensamento da Idade Média
Anos 1000-1400 d.C.: Anselmo da Cantuária, os cátaros, Tomás de Aquino e Dante Alighieri
Anos 1400-1500 d.C.: Desidério Erasmo, Ulrico Zuínglio e Martinho Lutero
Anos 1500-1700 d.C.: João Denck, João Calvino, John Milton e John Locke
Anos 1700 d.C.: Isaac Watts, William Law e Jonathan Edwards
Anos 1700 e 1800 d.C.: John e Charles Wesley, o Unitarianismo, Thomas Erskine e Frederick Denison Maurice
Anos 1800 d.C.: John Stuart Mill, Thomas Rawson Birks, J. W. Colenso, F. W. Robertson, Edward White e James Baldwin Brown
Anos 1800 e 1900 d.C.: George MacDonald, “Ensaios e Resenhas” vs. a Declaração de Oxford, F.W. Farrar vs. E.B. Pusey e os Adventistas do Sétimo Dia


Obs.: O VE defende oficialmente a posição tradicional do inferno, crendo ser essa a correta interpretação dos ensinos bíblicos.

© Christian History Institute. Website: christianhistorymagazine.org. Traduzido com permissão. Fonte: The History of Hell.

Original: A história do inferno: introdução. 
© Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com
Todos os direitos reservados. Tradução: Equipe VE.

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