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quinta-feira, 19 de julho de 2018

Comunidade Internacional Ignora Genocídio de Cristãos na Nigéria

O governador do Estado de Anambra, na Nigéria, Willie Obiano (centro), visita um sobrevivente ferido em um ataque que deixou mortos e feridos na Igreja Católica de St. Philip em Ozubulu, em 11 de agosto de 2017. (Imagem: captura de tela de vídeo da TV Channels)

Esses assassinatos elevam o número de cristãos mortos para mais de 6 mil desde o início de 2018.

"Os islamistas do norte da Nigéria parecem determinados a transformar a Nigéria em um sultanato islâmico e substituir a democracia liberal pela Sharia como Ideologia Nacional. Obviamente, o objetivo é suplantar a Constituição pela Sharia como inspiração para a legislação." — Fórum Nacional dos Anciões Cristãos, braço da Associação Cristã da Nigéria.

O governo nigeriano e a comunidade internacional desde o início fizeram muito pouco para resolver a situação. Esta falta de empenho não surpreende: eles sequer reconhecem as raízes do problema, a saber: a intolerante ideologia da jihad
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No que a Associação Cristã da Nigéria classifica de "puro genocídio", mais 238 cristãos foram assassinados e mais igrejas foram profanadas pelos muçulmanos na semana passada na nação que fica na região oeste da África. Esses assassinatos elevam o número de cristãos mortos para mais de 6 mil desde o início de 2018.

De acordo com uma declaração conjunta da Associação Cristã, agremiação que engloba várias correntes cristãs: "não há dúvida de que o único objetivo desses ataques é a limpeza étnica, apropriação de terras e a expulsão dos cristãos nativos de suas terras e herança ancestrais."

A declaração condena os recentes ataques, "nos quais mais de 200 pessoas foram brutalmente assassinadas, nossas igrejas destruídas sem que houvesse qualquer intervenção das agências de segurança, apesar de vários pedidos de socorro".

A declaração salienta que a maioria dos 6 mil cristãos massacrados no ano em curso consistia "principalmente de crianças, mulheres e idosos... O que está acontecendo na Nigéria é puro genocídio e isso tem que parar imediatamente".

Os detalhes dos assassinatos de milhares de pessoas, embora raramente reportados, costumam ser pavorosos, muitas foram mortas a machadadas ou decapitadas com facões, outras foram queimadas vivas (incêndios em igrejas e casas trancadas), as mulheres são muitas vezes agredidas sexualmente e estupradas e em seguida massacradas.

Tanto o governo nigeriano quanto o governo dos EUA têm procurado apresentar essa prolongada jihad como confrontos territoriais entre os que estão bem de vida (ao que tudo indica, sempre cristãos) e os menos favorecidos (aparentemente sempre muçulmanos).

Por exemplo, em 2012, o presidente Bill Clinton disse que a "desigualdade" e a "miséria" são "o que alimentam todas essas coisas" ("coisas" no caso são uma referência ao contínuo massacre de cristãos na Nigéria). 

O ex-subsecretário de Estado para Assuntos Africanos, Johnnie Carson, ressaltou, após um atentado a bomba no dia de Páscoa de 2012 em uma igreja nigeriana no qual foram mortos 39 fiéis, "quero aproveitar a oportunidade para enfatizar o seguinte ponto-chave: a religião não está fomentando a violência dos extremistas". 

O governo Obama ao que consta concordou em liberar US$600 milhões para uma iniciativa da USAID lançada para averiguar as "verdadeiras causas" da intranquilidade e violência na Nigéria, que naturalmente se encontram na esfera socioeconômica, pelo jeito jamais religiosa.

Em uma recente declaração, no entanto, a Associação Cristã da Nigéria negou essas alegações. Após afirmar que os responsáveis pelo massacre de cristãos sempre "saem impunes" no que tange o governo nigeriano, ainda por cima retratam os ataques como "choques entre pastores e lavradores", indaga:

"Como é possível classificar isso de choques quando um grupo (muçulmano) persistentemente ataca, assassina, mutila e destrói, e o outro (cristão) constantemente é assassinado, mutilado e seus lugares de culto destruídos? Como é possível ser um choque quando os lavradores caçam os pastores em suas próprias aldeias e comunidades e pastores fogem para salvarem suas vidas?"

Em 2 de maio, o Fórum Nacional dos Anciões Cristãos, braço da Associação Cristã, cujos membros têm em média 75 anos de idade e vêm das seis zonas geopolíticas da Nigéria, se reuniu com o Alto Comissariado Britânico com o objetivo de obter apoio. (Dias antes da reunião, cerca de 30 lavradores muçulmanos atacaram uma igreja durante a missa da manhã e assassinaram quase 20 paroquianos e dois clérigos). Faz parte do resumo do relatório executivo do grupo sobre a matéria o seguinte:

Para os Anciões Cristãos está mais do que claro que a JIHAD foi desfechada na Nigéria pelos islamistas do norte da Nigéria liderados pelo grupo étnico Fulani ("lavradores"]. Essa Jihad se baseia na Doutrina do Ódio ensinada em mesquitas e em madrassas islâmicas no norte da Nigéria, bem como segundo a ideologia supremacista dos Fulani. 

Fazendo uso da Jihad convencional (violenta) e da jihad dissimulada (civilizada), os islamitas do norte da Nigéria parecem determinados a transformar a Nigéria em um sultanato islâmico e substituir a democracia liberal pela Sharia como Ideologia Nacional. Obviamente, o objetivo é suplantar a Constituição pela Sharia como inspiração para a legislação. 

A Constituição em vigor desde 1999 está sendo contaminada tanto pela conflitante ideologia da democracia quanto pela Sharia. Há certos valores que não são negociáveis em uma sociedade pluralista e parece que os defensores do califado não respeitam essa premissa. Uma Nigéria assolada por uma ideologia dualista não pode ser a Nigéria dos nossos sonhos. 

Queremos uma Nigéria onde os cidadãos sejam tratados de maneira igual perante a lei, em todas as esferas... Tendo em mente que os cristãos formam mais de 50% da população nigeriana, o objetivo dos islamistas é criar graves conflitos que, se não forem controlados, poderão se intensificar desembocando em outra guerra civil. Os islamistas já estão assassinando cristãos com impunidade e destruindo lugares de culto e comunidades cristãs vulneráveis com requintes de crueldade, em ritmo alarmante.

O fato de que 6 mil cristãos, "principalmente mulheres, crianças e idosos", foram massacrados só nos primeiros seis meses do ano em curso é um alerta de como a violência se agrava quando não é controlada. Essa é a história da perseguição muçulmana contra os cristãos da Nigéria.

Demorou três vezes mais (um ano e meio, entre dezembro de 2013 e julho de 2015), por exemplo, para que os mesmos lavradores muçulmanos matassem um total de 1.484 cristãos (532 homens, 507 mulheres e 445 crianças), ferissem gravemente 2.388 cristãos (1.069 homens, 817 mulheres e 502 crianças) e incendiassem ou destruíssem 171 igrejas.

No entanto, o governo nigeriano e a comunidade internacional, desde o início fizeram muito pouco para resolver a situação. Esta falta de empenho não surpreende: eles sequer reconhecem as raízes do problema, a saber: a intolerante ideologia da jihad. Como resultado, o número de cristãos mortos só aumenta e provavelmente continuará a crescer exponencialmente, até que a realidade não seja apenas reconhecida, mas abordada.

Raymond Ibrahim é o autor de Crucified Again: Exposing Islam's New War on Christians (publicado pela Editora Regnery juntamente com o Gatestone Institute, abril de 2013).

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