Com frequência, as pessoas buscam por evidências arqueológicas para descobrir se os relatos bíblicos são fatuais. Moisés tem sido um ícone nesse sentido. Sua história, relatada nas escrituras, é rica em detalhes. Além disso, ele foi o escolhido para ser o libertador do povo de Israel.
Porém, acadêmicos e jornalistas de revistas populares escrevem que Moisés foi uma figura lendária. Há quem duvide até mesmo que existiu de fato um Êxodo – fuga em massa dos israelitas, do Egito para a terra prometida.
O professor de Antigo Testamento do Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP), Airton José da Silva, afirma que a menção mais antiga a Israel fora da Bíblia data mais ou menos do ano 1200 a.C. e que há evidências arqueológicas de um povo já instalado em Canaã nessa época. Lembrando que o evento do êxodo virou parte das narrativas sobre o surgimento dos israelitas.
No início deste ano, uma matéria de capa da Super Interessante abordava “A verdadeira história de Moisés”. A revista tentou, sem sucesso mostrar que a “saga de Moisés foi criada e que é uma farsa de proporções bíblicas”. Tentou listar as descobertas de historiadores e arqueólogos que estariam lentamente “desmontado” a narrativa dessa saga.
Não é o que mostra o arqueólogo e doutor em Arqueologia Clássica, Rodrigo Silva, autor do livro Escavando a Verdade. Segundo ele, há personalidades respeitadas até os dias de hoje, mas que não possuem evidências de vida a seu favor. Como exemplo, ele citou Sócrates.
“Se eu apenas trabalhasse considerando a ausência de evidências […] poderia dizer que Sócrates, possivelmente, nunca existiu. Mas isso seria um agnosticismo histórico. Podemos questionar, mas não de maneira exagerada”, disse.
O arqueólogo cita alguns detalhes do Pentateuco (primeiros cinco livros da Bíblia), escrito por Moisés, como evidência de que realmente foi escrito por alguém com suas características. “Ele escreveu o texto em hebraico, mas com forte tom egípcio em seu vocabulário e na estrutura gramatical empregada”, observa.
Além disso “milhares de manuscritos antigos foram descobertos e nenhum deles oferece qualquer pista ou prova de que o texto que possuímos hoje fosse gramaticalmente diferente daquele do passado”, emenda.
“Diferente do que afirmam muitos críticos por aí, os estudos sérios de história, literatura e arqueologia conduzem para a afirmação de que o texto bíblico não é uma lenda. É uma história real”, conclui.
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