Nascido em uma família de forte tradição católica, o italiano Carmelo Poidomani, de 36 anos, se tornou evangélico após ter se decepcionado com os ensinamentos do catolicismo, e após se considerar ateu por um período de sua vida. Hoje pastor evangélico, Poidomani conta como foi sua conversão e as dificuldades que enfrentou e enfrenta por ser evangélico no país que é considerado o berço do catolicismo.
- Quando eu decidi ser batizado, meu pai disse que se eu fizesse isso ele não falaria mais comigo, que me deserdaria, não iria ao meu casamento e não conheceria meus filhos – relata.
Coroinha desde os 8 anos, e estudante de catecismo na adolescência, Carmelo Poidomani conta ter enfrentado a realidade da morte aos 12 anos, quando seu avô faleceu, o que o fez pensar que a melhor maneira de “assegurar seu destino eterno” seria entrar para um seminário e se tornar padre. Porém, ele relata que sua visão de mundo mudou quando enfrentou questionamentos feitos por um colega de escola, que era evangélico.
Segundo relatou ao Protestante Digital, diante dos questionamentos de sua “ignorância da Bíblia”, ele começou a ler o livro sagrado do cristianismo, terminando sua primeira leitura completa da Bíblia apenas 6 meses depois. Com essa leitura ele conta que começou a observar “que muitos ensinamentos da Igreja Católica estão errados”.
- Pensei que Deus não existe porque não aceitava que Ele permitiu que essas pessoas ensinassem tantas coisas que não são verdadeiras. Eu virei ateu, ou pelo menos é o que eu dizia para os outros enquanto vivia, dentro de mim, buscando a Deus – relatou.
- Quando meu amigo me perguntou o que eu encontrei na leitura da Bíblia, e eu disse que os ensinamentos católicos eram falsos, ele disse: ‘Eu posso te apresentar uma igreja onde a Bíblia é ensinada. Aceitei o convite e continuei a leitura da Palavra, a fim de responder a qualquer falsidade ouvida naquela igreja – completou Poidomani.
Ele conta que com isso encontrou uma igreja onde as pessoas adoravam a Deus de forma genuína e que após mudar de cidade para frequentar a faculdade continuou frequentando uma igreja evangélica. Porém, ele afirma que não era um cristão maduro, até que um pastor o disse que ele precisava fazer uma confissão pública de sua fé, inclusive para seus pais, que ainda não sabiam que ele havia deixado a tradição católica.
- Quando meu pai disse que se eu me batizasse deixaria de ser seu filho, o respondi dizendo que havia tomado uma decisão, e que não voltaria atrás – contou, explicando ainda que seu pai ficou vários meses sem lhe dirigir a palavra e só voltou a falar com ele em seu casamento.
Hoje, Poidomani diz que apesar de a Itália ser um país com forte tradição católica, os cristãos evangélicos têm sido mais aceitos pela sociedade, sobretudo porque “muitas pessoas de desiludiram com a Igreja Católica”. Segundo ele, o fato de a sociedade atual ser mais multicultural também facilita essa aceitação.
Porém, ele relata ainda haver problemas para os pastores evangélicos serem reconhecidos pelo governo como sacerdotes religiosos, o que o governo só faz para aqueles que presidem congregações com mais de 500 membros. Segundo o pastor, essa limitação dificulta a organização de eventos públicos por líderes evangélicos, que também não conseguem permissão para ministrar em hospitais, apesar de estes terem capelães católicos.
Porém, ele relata ainda haver problemas para os pastores evangélicos serem reconhecidos pelo governo como sacerdotes religiosos, o que o governo só faz para aqueles que presidem congregações com mais de 500 membros. Segundo o pastor, essa limitação dificulta a organização de eventos públicos por líderes evangélicos, que também não conseguem permissão para ministrar em hospitais, apesar de estes terem capelães católicos.
Autor: Dan Martins
Fonte: O Nortão
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