FAO alerta que 842 milhões passam fome no Dia Mundial da Alimentação
O Dia Mundial da Alimentação assinala-se na quarta-feira com
o alerta de que 842 milhões de pessoas passam fome no mundo e mais dois mil
milhões têm deficiências nutritivas, disse o representante da FAO em Lisboa.
"Continuamos a ter 842 milhões de pessoas que passam
fome. Uma em cada oito pessoas no mundo passa fome", lamentou Hélder
Muteia, em entrevista à Lusa.
O representante da agência da ONU para a alimentação e a
Agricultura (FAO) em Lisboa e junto da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP) acrescentou que todos os anos morrem 2,5 milhões de crianças
com fome e dois mil milhões de pessoas têm deficiências nutritivas, ou seja,
não dispõem de vitaminas e minerais suficientes para uma vida saudável.
Por outro lado, 1,4 mil milhões de pessoas vivem atualmente
com excesso de peso, das quais quase 500 milhões sofrem de obesidade, o que
acarreta ameaças de doenças cardiovasculares e diabetes.
Todos os anos, alertou, 3,5 biliões de dólares gastos em
saúde - 500 dólares por pessoa - poderiam ser poupados se estivesse garantida
uma alimentação saudável para todos.
"Teríamos menos gente a ir aos hospitais e mais
qualidade de vida, logo maior capacidade produtiva", referiu Muteia.
É neste âmbito, no facto de a má nutrição impor custos
elevados à sociedade, que se insere o lema do Dia Mundial da Alimentação deste
ano: "Pessoas saudáveis dependem de sistemas alimentares saudáveis".
"Com este tema pretendemos chamar a atenção para a
necessidade de que a alimentação garanta saúde e para isso é importante que as
pessoas estejam bem alimentadas", explicou o representante da FAO.
Mas além de refletir sobre a saúde do indivíduo, a FAO
pretende com esta efeméride refletir sobre a saúde da comunidade e do mundo.
"Ao produzirmos alimentos como indivíduos, como
comunidade, temos de pensar também na saúde do mundo, na base de recursos que
sustenta a vida no planeta", afirmou.
Daí a preocupação com os sistemas alimentares, que
correspondem a todos os processos que garantem a existência de alimentos,
"desde a produção, aos mercados, ao acesso, às políticas, tecnologias,
crédito, legislação", disse o responsável.
Muteia acredita que hoje, num momento em que os padrões de
consumo e de produção "estão, de certa forma, a pôr em risco a base de
recursos que garante a vida no planeta", em que a água começa a escassear
e há cada vez mais desflorestação e degradação dos solos, é preciso "fazer
uma mudança de paradigma".
Para o responsável, a erradicação da fome é possível, mas
"depende muito de políticas públicas e lideranças fortes".
Recordando que 98% das pessoas que passam fome estão nos
países em desenvolvimento, Muteia explicou que a situação dos países
desenvolvidos prova que é possível acabar com a fome: "Se há países onde apenas
um ou dois por cento passam fome, é possível, com políticas públicas, com maior
coordenação internacional, garantir alimentação para os mais vulneráveis".
Fonte: Açoriano Oriental
"E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? " Mateus 24:3
"Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares."
Mateus 24:7
"E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim." Mateus 24:14
Enquanto isso nas Américas...
"E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim." Mateus 24:14
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