A matéria a seguir, de Julio Severo,
foi originalmente publicada nos Estados Unidos, no boletim The Religion &
Society Report, do renomado filósofo Harold
O. J. Brown.
Apesar de publicado em 2006, o texto é um documento de referência imprescindível a todos os que desejam entender a razão por que o homossexualismo está se tornando uma epidemia politicamente protegida e patrocinada pelo governo federal.
Apesar de publicado em 2006, o texto é um documento de referência imprescindível a todos os que desejam entender a razão por que o homossexualismo está se tornando uma epidemia politicamente protegida e patrocinada pelo governo federal.
Até 1994, direitos e paradas gays eram praticamente
desconhecidos no Brasil. Contudo, desde 1995, depois da primeira conferência da
ILGA (sigla em inglês que significa Associação Internacional de Lésbicas e
Gays) no Rio de Janeiro, o ativismo homossexual se tornou cada vez mais
poderoso em visibilidade, até a chegada do governo Lula, quando as intenções e
valores mais elevados dos ativistas gays se tornaram uma ameaça e realidade
predominante na sociedade brasileira.
A estrutura social e moral do Brasil na década de 1950 e
1960 era basicamente conservadora, em grande parte por causa do catolicismo
predominante em mais de 90 por cento da população. Em muitos lugares, os
evangélicos eram ameaçados de linchamento se tentassem evangelizar,
principalmente em cidades pequenas.
A atividade homossexual era uma conduta
vergonhosa e secreta, desprezada pela sociedade. Uma moça grávida fora do
casamento corria o risco de ser expulsa de casa. A sociedade brasileira era
socialmente conservadora, embora o Carnaval e a prostituição pública fossem
tolerados.
A maior ameaça à sociedade vinha de movimentos esquerdistas
radicais. O controle comunista sobre o Brasil quase ocorreu em 1964, porém os
militares assumiram o governo e conseguiram deter um golpe comunista.
A Igreja Católica era uma força contra a ameaça comunista,
mas depois do Concílio Vaticano II muitos religiosos católicos começaram a se
render à Teologia da Libertação. Na década de 1970 e 1980, as igrejas
protestantes tradicionais adotaram versões protestantes dessa teologia. No fim
da década de 1990 e começo de 2000, as igrejas pentecostais e neo-pentecostais
também aderiram.
Esses cristãos esquerdistas são hoje conhecidos como
progressistas. O termo brasileiro progressista, de acordo com o famoso
Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa, significa alguém que “não pertencendo
a um partido socialista ou comunista, aceita e/ou apóia, no entanto, os
princípios socialistas ou marxistas”. Assim evangélicos progressistas são
evangélicos que se comprometeram a apoiar e promover a agenda socialista.
A Teologia da Libertação pode se gabar de uma vitória
importante no Brasil, pois tendo 73.6 por cento de população católica, o Brasil
é o maior país católico do mundo. Os protestantes são 15.4 da população. Os
cristãos “progressistas” são uma presença e influência crescente em ambas as
religiões cristãs.
Depois que os militares entregaram o poder em 1985, os
políticos esquerdistas, com a ajuda das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs,
onde líderes católicos progressistas incentivavam comunidades pobres a se
envolverem em ações políticas de acordo com os dogmas da Teologia da
Libertação), passaram a influenciar pesadamente a política e o sistema social
do Brasil, levando a nação a uma esquerdização gradual. As CEBs eram o apoio
mais importante por trás do principal partido esquerdista popular do Brasil, o
Partido dos Trabalhadores, mais conhecido pela sigla PT.
Com tal esquerdização, o aborto e o homossexualismo
começaram a ser promovidos como direitos na década de 1990. (Na década de 1980,
havia alguns esquerdistas defendendo o aborto e o homossexualismo, mas embora
os defensores do aborto tivessem visibilidade limitada e nenhuma influência
legal, os raros defensores dos direitos gays não tinham nem visibilidade nem
influência — exceto em pouquíssimos exemplos isolados, principalmente
universidades.) Embora não haja leis anti-sodomia na sociedade brasileira, a
herança religiosa sempre foi um fator importante desencorajando tal
comportamento.
Menos conservador no coração e mais na imagem: a atual ética
política no Brasil
No Brasil, o aborto só é permitido atualmente em casos de
estupro e risco de vida para a mãe. Por causa da influência religiosa, a luta
para ampliar o aborto legal tem enfrentado grandes obstáculos para alcançar o
sucesso que as feministas alcançaram nos EUA em 1973.
Mas essa influência religiosa, tanto católica quanto
evangélica, é cada vez menos conservadora e mais liberal, muito embora a
maioria da população não entenda a mudança gradual.
Apesar disso, o melhor apelo popular no Brasil é ter uma
imagem conservadora. Para atrair votos, os candidatos políticos no Brasil têm
de apresentar uma imagem de homens cristãos “conservadores” nas questões
morais. Até mesmos socialistas radicais (que são claramente pró-aborto e
pró-homossexualismo em suas ações políticas fora das épocas de eleição) fazem
esse tipo de apelo.
Por outro lado, os candidatos “conservadores” têm de
mostrar simpatia pelo Estado de bem-estar social. No entanto, esses “conservadores”
não são sólidos em seu posicionamento moral na questão do aborto e
principalmente do homossexualismo, e acabam fazendo algumas concessões morais
depois de sua eleição.
Atualmente, o Brasil não conhece nenhuma personalidade
política sólida em ações concretas contra o aborto e o homossexualismo. Os
poucos católicos e evangélicos vocalmente opostos ao aborto não são políticos.
Os evangélicos são uma minoria, mas seus votos são avidamente cobiçados. Em
2002, o candidato presidencial Lula foi promovido entre muitos líderes
evangélicos mediante um apelo moral e religioso.
No passado, esses mesmos
líderes “conservadores” (tradicionais, pentecostais e neo-pentecostais) sempre
tiveram aversão a Lula e seu partido como uma ameaça comunista. Contudo, com a
assistência de um pastor americano — Rev. Jesse Jackson — eles mudaram de
idéia. Jackson, que foi trazido ao Brasil pelo PT especialmente para essa
missão, pôde convencê-los de que Lula não era tal ameaça. De acordo com o
jornal Folha Online, o Rev. Jackson é há muitos anos amigo do PT [1]. No site
oficial do PT há até mesmo uma página exclusiva bajulando o “camarada Jackson”.
[2]
Assim persuadidos, esses líderes assinaram o documento
público Manifesto de Evangélicos, proclamando para a população evangélica seu
posicionamento a favor de Lula. Entre o grande número de signatários estavam o
Rev. Nilson Fanni, ex-presidente da Aliança Batista Mundial e o Rev.
Gilherminho Cunha, pastor presbiteriano de alto escalão e presidente da
Sociedade Bíblica do Brasil. No documento, que foi amplamente distribuído pelo
PT, todos esses líderes declaram:
Apoiamos Lula para Presidente porque reconhecemos que várias
propostas do seu Programa de Governo se identificam com a vocação profética da
Igreja de Jesus Cristo.
Expressamos publicamente nosso apoio à candidatura de Lula
para contrapor os maldosos e inconseqüentes boatos que têm levado alguns a
entenderem que sua chegada à Presidência da República irá obstruir a caminhada
das Igrejas Evangélicas.
Esse documento público foi preparado com a assistência do
MEP (Movimento Evangélico Progressista). Denominações individuais também
expressaram seu apoio, especialmente as principais igrejas protestantes
liberais. Pela primeira vez, as igrejas pentecostais e neo-pentecostais imitaram
seu exemplo.
A Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, uma grande denominação
nacional, declarou em seu site em 2002:
Manifesto Evangélico de Apoio à Candidatura de Lula para
Presidente da República
Manifestamos nosso apoio à candidatura Lula frente a um compromisso
estabelecido entre o eventual governo Lula e o segmento evangélico aqui
representado.
Apoiamos Lula porque:
Tem demonstrado acreditar em um socialismo equilibrado e
democrático, respeitando as regras máximas da democracia;
Tem afirmado acreditar nos valores maiores das Sagradas
Escrituras, como: Deus, família, moral, ética, liberdade religiosa e
democracia;
Tem se comprometido a desenvolver nossa sociedade, tendo a
Igreja como parceira de seu governo;
Compreende e acredita na existência e no papel histórico da
Igreja como instrumento na formação dos valores fundamentais para a vida
humana, tanto no aspecto individual como no social;
Tem nos pobres e menos favorecidos a motivação maior para o
seu projeto de governo, máxima dos ensinamentos do nosso Senhor Jesus Cristo,
de acordo com as Escrituras Sagradas; e
Tem se comprometido em apoiar e incentivar as comunidades
terapêuticas ligadas às entidades religiosas que lidam com crianças,
adolescentes, drogados, mendigos e dependentes químicos, dando-lhes todo o
suporte necessário para sua ação social.
CARTA À IGREJA BRASILEIRA
"POR QUE ESTAMOS APOIANDO LUIZ INACIO LULA DA SILVA
PARA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA".
LULA merece um voto de confiança de nossa sociedade… LULA,
hoje, é um dos mais credibilizado líder de nossa Nação.
LULA tem firmado com a igreja evangélica um compromisso de
parceria na construção social, removendo o estigma de que os evangélicos apenas
são procurados por ocasião das eleições. Tem também declarado acreditar nos
valores maiores das ESCRITURAS SAGRADAS, como DEUS, FAMÍLIA, MORAL, ÉTICA,
LIBERDADE RELIGIOSA, DEMOCRACIA E A OPÇÃO PELOS POBRES.
Assim, vimos anulado o discurso atribuído a Lula e ao PT, de
que são nocivos ao Evangelho, demonstrando que atitudes radicais que foram
tomadas em outros governos petistas foram iniciativa isolada, gerada por
excesso de qualquer coisa, menos de maturidade.
Por todas estas razões acima é que o CONSELHO DE BISPOS DA
SARA NOSSA TERRA SENTE CONFIANÇA PARA VOTAR E APOIAR A CANDIDATURA LULA PARA
PRESIDÊNCIA DO BRASIL.
Robson Rodovalho
Bispo Presidente pelo Conselho de Bispos do Ministério Sara Nossa Terra
A Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra era, até o final da
década de 1990, uma igreja anti-marxista. Depois de muitos anos de posição
anticomunista, era uma surpresa observar os evangélicos e seus líderes se
tornando esquerdistas. O apelo moralista de Lula entre os evangélicos era
também uma surpresa: ele prometeu aos líderes evangélicos que seu governo
futuro não promoveria o aborto e o homossexualismo.
O resultado? Depois de
eleito, Lula e seu partido continuaram trabalhando na mesma agenda que
trabalharam no passado. O PT era de novo o principal apoiador do aborto e do
homossexualismo no Brasil.
Muito embora a maioria das denominações evangélicas que
apoiaram Lula e o PT não aprove o homossexualismo e o aborto, sua mudança para
o papel de evangélicos progressistas as deixou numa posição estranha e
paradoxal politicamente.
Homossexualismo no Brasil
Não há estatísticas oficiais feitas no Brasil para se apurar
o número de homossexuais. Mas de acordo com informações do governo Lula, eles
são mais que 10% da população. Esses dados vêm de ONGs que têm contatos com
ONGs dos EUA. A fonte básica é o Relatório Kinsey. Quase todas as outras
informações oficiais sobre os homossexuais no Brasil têm influência direta ou
indiretamente de informações já comuns nos EUA e não de estudos brasileiros.
Aliás, apesar do antiamericanismo esquerdista predominante no Brasil, há uma
clonagem quase perfeita da realidade homossexual americana.
Pode haver um fator religioso no homossexualismo brasileiro.
Uma minoria da população brasileira é adepta do Candomblé e outras religiões
afro-brasileiras, onde o homossexualismo é comum. Comparativamente, há umas 19
mil paróquias católicas reconhecidas no Brasil. Supõe-se que os terreiros de
Candomblé sejam em número de 12.000 apenas no Rio de Janeiro.[3] No Candomblé,
muitos pais-de-santo são homossexuais.
Luiz Mott, o líder do movimento homossexual no Brasil, é um
defensor firme do Candomblé.
Muitos brasileiros famosos recorrem às religiões
afro-brasileiras em busca de milagres para resolver problemas pessoais e
familiares. Até mesmo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, embora fosse
marxista e ateu, simpatizava com o Candomblé e às vezes visitava seus rituais.
Os homossexuais sempre foram um grupo muito pequeno na
sociedade, e o impressionante crescimento atual do homossexualismo no Brasil se
deve à sedutora propaganda dirigida ao público. Novelas, que são programas de
TV muito populares no Brasil, fornecem ao público imagens positivas de
personagens homossexuais. Por outro lado, os evangélicos são representados por
figuras estranhas, intolerantes, suspeitas, fanáticas e antipáticas.
Assim, cercados pela artilharia do favoritismo homossexual
nos meios de comunicação, um número cada vez maior de jovens curiosos demonstra
interesse no homossexualismo.
Por trás do tsunami
Na TV, a capitulação ao movimento homossexual foi
praticamente total, onde muitos programas utilizam estratégias de distorção da
realidade, apresentando ao público um falso mundo em que gays e lésbicas são
pessoas alegres, felizes, realizadas e, geralmente, mais inteligentes e
sensíveis do que as pessoas normais. O lado escuro é devidamente ocultado, de
modo que ninguém possa ver que o comportamento deles está ligado a uma
inescapável realidade de sofrimento, onde seus praticantes vivem oprimidos por
graves perturbações mentais, emocionais e sociais.
Há um esforço imenso de mostrar que essas conseqüências
naturais não têm nenhuma ligação com a anormalidade de seus atos sexuais. Esse
esforço também tenta, com a ajuda de pesquisas e estudos fraudulentos,
comprovar “cientificamente” que o anormal é, na verdade imposta por eles, tão
normal quanto o que é realmente normal.
Aliás, o documento Brasil Sem Homofobia
afirma: “Da mesma forma que a heterossexualidade (atração por uma pessoa do sexo
oposto) não tem explicação, a homossexualidade também não tem. Depende da
orientação sexual de cada pessoa”. Esse documento foi publicado pelo governo
Lula para apoiar sua campanha nacional Brasil Sem Homofobia, que foi lançada em
maio de 2005. Essa iniciativa federal — descrita como “Programa Nacional para
Combater a Violência e Discriminação contra Gays, Lésbicas, Transgêneros e
Bissexuais e para a Promoção da Cidadania dos Homossexuais” — é virtualmente
exclusiva no mundo.
Tem como objetivo fortalecer as instituições públicas e
não-governamentais que promovem os direitos gays. Faz isso por meio de educação
em direitos humanos, tanto do público geral quanto dentro das comunidades GLBT
e incentivando os GLBT a se queixarem para as instituições públicas acerca de
violações de seus supostos direitos.
Essa campanha federal está produzindo frutos. Em São Paulo,
a maior cidade do Brasil, há agora o Grupo de Repressão e Análise aos Delitos
de Intolerância e a Delegacia de Polícia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.
“A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância deverá, sobretudo,
levar em consideração quando a sociedade segrega uma pessoa por sua orientação
sexual… Margarette Barreto Gracia, delegada de polícia da delegacia em questão,
salientou que a vítima de crime de intolerância deve procurar a Delegacia e
denunciar seu agressor”.[4]
A homofobia, de acordo com o governo Lula, pode ser óbvia ou
encoberta, envolvendo discriminação na seleção para emprego, aluguel de casa,
entrada nas forças armadas, faculdade de medicina, faculdade de odontologia,
faculdade teológica, escola cristã… Qualquer que seja sua manifestação, o
governo brasileiro crê que a tão chamada homofobia inevitavelmente envolve
injustiça e exclusão social.
O governo Lula quer eliminar tal “homofobia” em toda a
sociedade brasileira. Para alcançar tal ampla meta, a campanha Brasil Sem
Homofobia envolve vinte ministérios e secretarias especiais: os Ministérios das
Relações Exteriores, Justiça, Educação, Saúde, Trabalho e Cultura, e a
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, a Secretaria Especial de
Políticas para a Promoção da Igualdade Racial, a Secretaria Especial de
Direitos Humanos e a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Envolve também
uma série de outras organizações governamentais, tais como o Conselho Nacional
de Combate à Discriminação, os Conselhos Municipais e Estaduais de Direitos
Humanos, as Secretarias Municipais e Estaduais de Segurança Pública, as
universidades, a Procuradoria Federal dos Direitos dos Cidadãos, o Ministério
Público do Trabalho, além do próprio Parlamento brasileiro.
Essa campanha pesada não deixa nenhuma parte da sociedade
intacta. As gerações futuras são também uma preocupação especial para o
governo. Assim, o governo brasileiro pela primeira vez em sua história, em
abril de 2006, iniciou uma parceria com um grupo gay.
Com a assistência da ONG
Arco-Íris, o Ministério da Educação começou a treinar professores de escolas
públicas e particulares para lidar com as questões homossexuais e para ensinar
as crianças a lutar contra a homofobia.[5] O governo Lula vê tais parcerias
como uma estratégia necessária, pois foi informado pela UNESCO de que 60 por
cento dos professores brasileiros acham que o sexo homossexual é inaceitável.
O currículo oficial do Ministério da Educação exige que
todas as escolas combatam o preconceito contra as diferenças. A parceria com o
grupo Arco-Íris é vista como um meio de treinar eficazmente os professores a
implementar o próprio currículo oficial e a lidarem com questões como direitos
humanos (para os homossexuais, não para os cristãos), homofobia, identidade de
gênero, orientação sexual e diversidade. Arco-Íris recebeu uma verba
governamental para realizar tais metas.
Por meio de tais parcerias e outras iniciativas do programa
Brasil Sem Homofobia, as crianças estão sendo sistematicamente doutrinadas no
“Evangelho da Sodomia”.[6] Há até livros escolares que incentivam o
homossexualismo. “No Brasil, ainda são poucos os títulos, mas as editoras já
estão de olho no filão. Os educadores também. Uma das primeiras obras a abordar
o tema, Menino Ama Menino (Armazém das Idéias), de Marilene Godinho, que conta
a história de um garoto que se descobre apaixonado por outro, faz parte do
pacote literário distribuído pelo Ministério da Educação na rede pública”.[7]
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva gosta de apresentar
seu governo petista como um governo socialista que favorece os interesses das
nações menos desenvolvidas e não aceita a influência da Europa e dos EUA.
Apesar disso, ele tem imitado os piores exemplos americanos e europeus. Seu
Partido dos Trabalhadores vem adotando ações que nenhum governo passado do
Brasil adotou: tem facilitado a introdução de leis pró-homossexualismo e
defende vigorosamente políticas de ação afirmativa com base em preferências
raciais para as minorias. Assim, pela primeira vez a sociedade brasileira vê um
presidente agindo de um modo político totalmente novo.
Suas ações não são originárias do Brasil. As sociedades
americanas e européias conhecem, sob a pressão de grupos de interesses
especiais, tais experiências políticas há muitos anos. O que é interessante é
que na questão racial os defensores de ações afirmativas na Europa e nos EUA
são rápidos para indicar e condenar a escravidão dos brancos contra os negros
no passado e explorar tais situações para sua extrema vantagem política, mas
eles são igualmente rápidos para negligenciar, desculpar ou ocultar a atual e
passada escravidão violenta dos negros contra os negros em algumas nações da
África, inclusive o atual Sudão. Portanto, a noção de ação afirmativa, conforme
é empregada pelos grupos de interesses especiais nos países desenvolvidos e
conforme é imitada por países como o Brasil, é uma forma de opressão ideológica
que acabará levando a outras formas de opressão, inclusive dos ativistas
pró-homossexualismo.
Não deve restar dúvida de que o atual presidente do Brasil
tem uma agenda gay. Por duas vezes, Lula expressou seu apoio ao movimento
homossexual. Em junho de 2005, ele enviou uma carta à parada gay de Brasília,
dizendo, “qualquer maneira de amar vale a pena”. Em junho de 2006, ele
reafirmou tal apoio, enviando à parada gay de São Paulo a mensagem seguinte:
Companheiras e companheiros,
É com satisfação que atendo o simpático convite para dirigir-me
aos participantes da X Parada do Orgulho GLBT, em São Paulo. Quero cumprimentar
os organizadores do evento e transmitir a todos os que batalham para promover a
dignidade e a defesa dos direitos dos gays, lésbicas e transgêneros palavras de
ânimo, fé e confiança nos resultados dos esforços que, em conjunto, vimos
desenvolvendo, desde o início de nosso mandato, com vistas a mudar a realidade
que recebemos.
Nosso governo instalou-se já com o firme propósito de
combater as ameaças aos direitos das pessoas com base em discriminação de
qualquer tipo: de origem, raça, etnia, idade, credo religioso, convicção
política ou orientação sexual.
Com esse propósito, fortalecemos a Secretaria Especial dos
Direitos Humanos, que instituiu, pouco tempo depois da nossa posse, o ''Brasil
sem homofobia'', programa de combate à violência e à discriminação contra GLBT
e de promoção da cidadania homossexual. Isso porque a conscientização coletiva
dos direitos da pessoa humana, que incluem a livre expressão da orientação
sexual, só pode ocorrer em decorrência de políticas públicas integradas que
incluam ações afirmativas, especialmente na área da educação.
Educar em direitos humanos é estimular processos de educação
formal e não-formal de modo a contribuir para a construção da cidadania, para o
conhecimento daqueles direitos e para o conseqüente respeito à pluralidade e à
diversidade, não só sexual, mas étnica, racial, cultural, esportiva e de
crenças religiosas.
Entretanto, não deve ser só a escola a única fonte difusora
dessas concepções: os meios de comunicação de massa também se devem engajar
nesse processo pelo enorme poder de penetração na sociedade. Os veículos de
comunicação e informação, por meio de suas programações e imagens, assumem
papel fundamental na educação para os direitos humanos na medida em que se
comprometem com a divulgação de valores éticos e de cidadania.
Como formadores de opinião, os profissionais da imprensa
escrita e das emissoras de rádio e TV devem ser fonte de produção e veiculação
de conteúdos relacionados à tolerância e à aceitação das múltiplas diferenças,
enfim, ao respeito à pessoa humana com vistas a instaurarmos cultura de paz e
de amor ao próximo e construirmos sociedade mais justa, humana e solidária.
Nosso governo está firmemente empenhado na defesa desses
valores e deseja continuar contando com a ação cooperativa das organizações que
congregam gays, lésbicas e transgêneros, especialmente a ABGLT, para o
atingimento desse objetivo, além de seguir recebendo outras contribuições, como
na área da prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
Quero que todos saibam que continuamos ao lado da luta de
vocês. Há poucos dias, na reunião de continuidade da III Reunião de Altas
Autoridades em Direitos Humanos do Mercosul, realizada em Buenos Aires, o
Brasil sugeriu a inserção de dois itens para consideração do grupo: o tema da
tortura e tratamento cruel e degradante e o combate à discriminação por
orientação sexual. Outra iniciativa foi a da Secretaria Especial dos Direitos
Humanos, que lançou no dia 9 passado, na Assembléia Legislativa de São Paulo, o
“Programa Brasil sem Homofobia” durante sessão solene que o Legislativo paulista
realizou para comemorar o Dia do Orgulho GLBTT por requerimento do deputado
Ítalo Cardoso [do PT].
Desejo que esta parada transcorra, como tem ocorrido com os
demais eventos da espécie, em paz e com alegria, de modo a ser mais um marco na
ampliação da visibilidade do movimento e no conseqüente acumulo de forças na
luta contra resistências e preconceitos.
Recebam todos meu fraternal abraço.
Presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva[8]
Evidentemente, o apoio de Lula não se limita apenas às
palavras. O programa Brasil Sem Homofobia conta com um orçamento federal de 125
milhões de reais para 2006. Para uma nação que tem experimentado grandes
dificuldades econômicas, tal quantia não é insignificante. As paradas gays,
vistas pelo governo como eventos culturais, também recebem verbas aos milhões.
Tal apoio vem produzindo resultados impressionantes. Em
2005, o Brasil foi campeão mundial de paradas gays. Em 2006, a parada gay de
São Paulo foi a maior do mundo inteiro.
No entanto, o governo Lula não é agressivo apenas em sua
promoção nacional do homossexualismo. Tem também uma agenda internacional, e
vem mostrando suas políticas nacionais para outros países. Diante da Assembléia
Geral da ONU, o embaixador brasileiro Frederico Duque Estrada Meyer disse que o
Brasil tinha o programa intitulado Brasil Sem Homofobia, que “traça ações para
fortalecer as instituições públicas e não governamentais para combater a
homofobia; capacitar os profissionais envolvidos na promoção de direitos dos
homossexuais; disseminar informações sobre direitos e promover a auto-estima
homossexual; e estimular queixas sobre violações de direitos”. [9]
Na Organização dos Estados Americanos, o Brasil introduziu
uma resolução para estabelecer uma futura Convenção Interamericana contra o
Racismo e Todas as Formas de Discriminação e Intolerância. A resolução foi
aprovada em 2005. Sua ambição mais importante foi seu papel principal numa
campanha mundial, na Comissão de Direitos Humanos da ONU (CDHONU), para
caracterizar toda forma de discriminação baseada na orientação sexual como
violência contra os direitos humanos.
Durante a reunião da CDHONU de abril de 2003, o governo
brasileiro (com o apoio do Canadá e da União Européia) introduziu sua Resolução
sobre “Direitos Humanos e Orientação Sexual”. Essa resolução reconhece a
conduta homossexual como direito humano. Obviamente, o Brasil, o Canadá e a
União Européia sabiam que a vasta maioria da opinião pública internacional era
contra a atitude de dar direitos especiais para indivíduos que praticam o
homossexualismo.
A resolução foi uma surpresa para o Congresso Nacional em
Brasília, que só veio a tomar conhecimento algum tempo depois que a delegação
brasileira na ONU já a havia apresentado. Foi também uma surpresa para os
líderes evangélicos, pois antes das eleições presidenciais de 2002 Lula havia
se comprometido, em reunião com importantes pastores e bispos, a não deixar que
seu governo promovesse questões ligadas ao aborto e ao homossexualismo.
Contudo, a delegação brasileira na ONU, que representa os interesses e opiniões
do governo brasileiro, tem defendido exatamente essas questões, sob a linguagem
cuidadosamente disfarçada de “direitos reprodutivos” e “orientação sexual”.[10]
O deputado federal Dr. Elimar Damasceno solicitou
diretamente do governo federal explicação sobre a resolução brasileira na ONU.
Ele observou que “trata-se de um tema sobre o qual não há legislação aprovada
no País, não havendo consenso em nossa sociedade visto suas implicações
religiosas e culturais”.[11] O Ministério das Relações Exteriores em Brasília
rebateu:
…em resposta à última pergunta sobre “quem autorizou aos
representantes [do Brasil na ONU] para apresentar o Projeto de Resolução
mencionado”, cabe assinalar que… a política do Brasil em matéria de direitos
humanos é explicitamente favorável à promoção e proteção dos direitos das
minorias. [12]
Então, na visão do governo brasileiro, os praticantes do
homossexualismo são uma minoria “desprotegida”. Conforme declara a resolução
brasileira:
…os direitos humanos e as liberdades fundamentais são inatos
de todo ser humano, que a natureza universal desses direitos e liberdades está
acima de qualquer dúvida e que a satisfação de tais direitos e liberdades não
deve ser obstruída de forma alguma com base na orientação sexual.
O Ministro Samuel Guimarães, do Ministério das Relações
Exteriores, declarou: “O objetivo principal do projeto, portanto, é afirmar o
princípio da não-discriminação — pedra fundamental da arquitetura da promoção e
proteção dos direitos humanos desde a origem do sistema das Nações Unidas — em
relação a grupos discriminados mundialmente em razão da orientação sexual. Essa
posição se funda na idéia de que avanços na área dos direitos humanos que
beneficiem uma minoria discriminada representam ganho para outros grupos que sofrem
discriminação…”[13]
Felizmente, a resolução do governo Lula não obteve sucesso
em 2003.
Os embaixadores brasileiros na ONU fizeram novos esforços em 2004, e
se defrontaram com a oposição dos países muçulmanos. Em 2005, o governo Lula
desistiu prematuramente de sua resolução, por respeito aos líderes muçulmanos
que estavam para participar da Cúpula dos Países Árabes-Sul-Americanos em
Brasília. Por respeito a eles, o governo Lula também removeu Israel do mapa
usado pelo Ministério das Relações Exteriores na Cúpula.
Na estratégica agenda socialista de Lula, o homossexualismo
pode ser sacrificado por interesses muçulmanos, mas não por interesses bíblicos
ou morais. Sacrifica Israel com muito mais facilidade do que sacrifica o
homossexualismo.
Estratégias gays para obter visibilidade
As iniciativas principais do movimento homossexual são seus
esforços para obter visibilidade, principalmente por meio de paradas gays e
beijos públicos, onde “casais” gays se beijam desafiando os costumes sociais.
Por meio de tais ações, os militantes gays chamam a atenção pública para si e
sua causa. Ao desafiar leis que restringem ou proíbem seus beijos públicos,
suas manobras apelam por leis para protegê-los e eliminar o preconceito. Assim
um mero beijo num movimentado shopping center pode lhes parecer uma importante
oportunidade para conquistas legais.
A maior estratégia deles para obter visibilidade são as
paradas. Em 2005, registraram-se 75 paradas em todo o Brasil. Em 2006, o Brasil
viu algumas 102 paradas. A parada gay de São Paulo em 2006 atraiu 2.4 milhões.
De acordo com a Associated Press:
A décima Parada do Orgulho Gay anual de São Paulo viu
rapazes exibicionistas e drag queens dançando em cima de caminhões de som
explodindo músicas enquanto passavam pela Avenida Paulista enfileirada de
arranha-céus — o coração financeiro da maior cidade do Brasil.
A marcha ocorreu dois dias depois que a polícia disse que
cerca de 3 milhões de pessoas haviam participado de um ajuntamento evangélico
na mesma avenida de São Paulo, demonstrando sua crescente influência no maior
país católico do mundo.
“A igreja tradicional não nos quer”, disse o Pastor Justino
Luís, 42, que iniciou uma igreja que ministra para 200, principalmente membros
gays e lésbicos.
Agitando uma bandeira com as palavras, “Sou Feliz, Gay e
Cristão”, Luís disse: “Sei que Deus me ama do jeito que sou, e sei que quando
ele me fez ele me planejou para ser do jeito que sou”. [14]
Essa estratégia de visibilidade é bem eficiente, pois dois
dias antes da parada gay, os evangélicos tiveram sua Marcha para Jesus, mas os
grandes meios de comunicação focalizaram sua atenção no evento gay. A Marcha
para Jesus foi em grande parte ignorada, exceto por alguns gays que
participaram e tentaram mostrar que eles também eram evangélicos.
As ações políticas são bem intensas também. Por meio da
assistência de grupos do lobby gay e políticos esquerdistas, fundou-se a Frente
Parlamentar pela Livre Expressão Sexual, consistindo de muitos membros da
Câmara dos Deputados. Busca introduzir projetos de lei que favoreçam os
interesses do lobby gay.
Quanto ao lobby gay, busca:
1) Implementação e monitoramento
do Programa Brasil Sem Homofobia;
2) Descentralização dos recursos e ações em
DSTs e AIDS com gays e outros;
3) Aprovação de duas leis federais pelo
Congresso Nacional (proibindo discriminação devido à orientação sexual e
registro de parcerias civis);
4) a Resolução brasileira na Comissão de Direitos
Humanos da ONU contra discriminação devido à orientação sexual;
5) a defesa de
um Estado secular que seja contra a intolerância religiosa contra os GLTB; 6) o
Dia Nacional Contra a Homofobia e o Dia do Orgulho Gay.
O ativista gay e petista Beto de Jesus, que viajou aos EUA
alguns anos atrás para ser treinado por gays americanos e que participou da
delegação brasileira na ONU, disse: “Temos uma Frente Parlamentar pela Livre
Expressão Sexual que inclui quase 80 deputados e senadores, mas não conseguimos
passar leis federais devido à intolerância de deputados religiosos (católicos e
evangélicos).
Nosso Projeto de Lei de Parceria Civil está parado no Congresso
desde 1996, apesar dos esforços dos grupos GLBT — mais de 200 no país.”[15]
Esse projeto de parceria foi introduzido pela ex-deputada Marta Suplicy,
considerada a Rainha dos Gays no Brasil desde a primeira conferência da ILGA na
América Latina no Rio em 1995.
Muito embora o Congresso Nacional não tenha aprovado o
projeto de parceria civil para indivíduos do mesmo sexo, os ativistas gays
estão tendo sucesso em conquistar a simpatia de juizes ativistas. No Rio Grande
do Sul, tais juízes estão abrindo caminhos para o casamento gay dando aos
casais gays vitórias significativas.
O juiz Roberto Arriada Lorea disse: “Em
lugar algum se diz que os homossexuais não têm permissão de casar e não têm
permissão de adotar uma criança”. Desde 2004, os cartórios do Rio Grande do Sul
são obrigados a aceitar o registro de união estável para os homossexuais, que
têm também o direito de adotar.[16]
Enfrentando o tsunami
As grandes denominações liberais do Brasil adotaram um posicionamento
secularista e psicológico acerca do homossexualismo. Por exemplo, a Igreja
Evangélica de Confissão Luterana, uma denominação em grande parte de etnia
germânica, declarou oficialmente sobre o homossexualismo em 2001:
Não há entre os especialistas um consenso absoluto nem na
ciência quanto à natureza da homossexualidade, nem na interpretação bíblica
daquelas passagens que fazem alusão à homossexualidade. Tampouco há na IECLB
ainda esse consenso.[17]
A Igreja Católica Romana tem um documento oficial do
Vaticano sobre o homossexualismo, mas seus bispos progressistas do Brasil têm
dificuldade de divulgá-lo publicamente. Muitas igrejas protestantes têm
basicamente a mesma posição do documento do Vaticano, mas a maioria delas não
proclama suas opiniões publicamente. Nas grandes igrejas protestantes liberais,
a posição é pública, mas há um esforço de evitar a condenação bíblica ao
homossexualismo. E enquanto a maioria das igrejas conservadoras se mantém em
silêncio na questão, o Brasil tem visto o crescimento de igrejas evangélicas
gays como a Igreja Comunidade Metropolitana, uma denominação gay dos EUA.
Excetuando os religiosos, a desaprovação moral ao homossexualismo é rara, por
causa das pressões sociais condenando o preconceito e a homofobia.
Entretanto, muitos brasileiros, principalmente os pobres e
os menos intelectuais, são protegidos dos meios eletrônicos de comunicação, e
eles representam um sério empecilho para o estabelecimento do liberalismo
amoral, onde o homossexualismo é apenas mais um item de uma agenda sinistra
maior.
Entre os evangélicos, há algumas campanhas para alcançar os
homens e mulheres no homossexualismo. O Movimento pela Sexualidade Sadia, um
grupo evangélico dirigido por um ex-homossexual, conduz iniciativas para
evangelizar nas paradas gays, conversando sobre Jesus com os participantes e
entregando folhetos com testemunhos de ex-gays e lésbicas.
Políticos católicos e evangélicos vêm também tentando reagir
ao tsunami gay por meio da introdução de projetos de lei, entre os quais estão:
PL 2279/03 de autoria do Dep. Elimar Damasceno que torna ilegal o ato de beijar
entre pessoas do mesmo sexo em público; PL 2177/03 de autoria do Dep. Neucimar
Fraga que cria um programa de ajuda e assistência para a reorientação sexual de
pessoas que voluntariamente escolhem mudar sua orientação sexual da
homossexualidade para a heterossexualidade.
O deputado estadual Édino Fonseca, pastor da Assembléia de
Deus, introduziu um projeto de lei na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro
para estabelecer serviços sociais para apoiar homens e mulheres que querem
deixar o homossexualismo. Ele também introduziu um projeto de lei para proteger
os grupos evangélicos que oferecem assistência a tais homens e mulheres contra
discriminação e perseguição.
Seu primeiro projeto foi derrotado pelo poderoso
lobby gay. O último projeto está enfrentando oposição pesada. Diz: "Não
constitui discriminação a divulgação de informações sobre a possibilidade de
apoio e/ou possibilidade de reorientação sexual das pessoas que vivenciam a
homossexualidade".
Com a bondosa assistência de Focus on the Family, do Dr.
James Dobson, em 2004, pude publicar em vários sites brasileiros o documento “A
Agenda Gay e a Sabotagem dos Direitos Humanos”, escrito pelo Dr. Yuri Mantilla
e traduzido e adaptado por mim, expondo a resolução brasileira de orientação
sexual na ONU. Os trechos seguintes são do documento:
O reconhecimento da orientação sexual como direito humano
demolirá a natureza universal dos direitos humanos.
Se a orientação sexual
(homossexualidade) for reconhecida como direito humano, as leis que protegem a
família em todos os países sofrerão uma séria agressão e precisarão ser mudadas
a fim de que os praticantes do homossexualismo possam ter o direito de se
casar, adotar crianças, se alistar no serviço militar e gozar a proteção de
leis de ação afirmativa, entre muitos outros privilégios. Se o modo de vida gay
receber proteção como questão de direito humano, então o significado universal
da família desaparecerá.
Tal aceitação do homossexualismo violará os direitos
da família e o significado legal do casamento da maioria esmagadora das pessoas
no mundo inteiro. Se direitos humanos forem reconhecidos com base na conduta
sexual dos indivíduos que praticam os atos homossexuais, então por que deixar
de fora os pedófilos e outros pervertidos? Esse tipo de abordagem, extremamente
subjetiva, abate a essência dos direitos humanos. O homossexualismo não é um
direito humano, nem é uma necessidade humana, mas apenas um desejo de se
conduzir e viver contra a natureza, e tais desejos e condutas não podem receber
privilégios e proteção legal.
A resolução do governo brasileiro também diz:“Chama a todos
os Estados para promoverem e protegerem os direitos humanos, independente da
orientação sexual”. Essa ação será uma ameaça séria à liberdade religiosa, um
direito humano fundamental universalmente reconhecido.
O Cristianismo e outras
grandes religiões mundiais consideram a conduta homossexual uma violação das
leis de Deus. Assim, se a resolução for aprovada na reunião da CDHONU de 2004,
o direito à liberdade religiosa será colocado em perigo e milhões de cristãos
no mundo inteiro poderão sofrer perseguição apenar por expressar suas
convicções sobre a conduta homossexual e por citar trechos da Bíblia que condenam
os atos sexuais de homens que se relacionam com homens.
Mesmo sem a aprovação
da resolução, já é praticamente impossível tratar do problema da propagação da
conduta homossexual sem sofrer, principalmente por parte da imprensa liberal,
acusações de homofobia (um termo inventado para desanimar os que querem debater
o problema com seriedade), intolerância e extremismo religioso. No entanto, a
promoção da conduta gay, principalmente entre os homens, inevitavelmente
promove a propagação de doenças atrozes. [18]
A resolução também declara: “Note-se a atenção dada à
violação dos direitos humanos na base da orientação sexual, por procedimentos
especiais nos relatórios da Comissão de Direitos Humanos, bem como no
monitoramento a ser feito, e encoraja a CDHONU a dar uma merecida atenção à
matéria”.
É muito difícil de entender como um país grande como o
Brasil, com sua imensa população católica e evangélica, está liderando, como
prioridade de sua política externa, a invenção de direitos especiais para
indivíduos que praticam o homossexualismo. Muito embora os outros países da
América Latina pudessem ver a posição pró-homossexualismo do governo brasileiro
como uma maneira totalmente inovadora de tratar as questões de direitos
humanos, essa posição, além de não ser nova, não teve origem em nenhum país da
América Latina.
Há vários anos os países moralmente decadentes da Europa
Ocidental têm, sob a (o)pressão dos ativistas pró-homossexualismo, promovido
tais idéias e eles sempre buscaram influenciar os países menos desenvolvidos. O
atual governo brasileiro tem demonstrado sua disposição de seguir e se adaptar
a essas influências.
O Canadá e os países da Europa sistematicamente promovem
planos e políticas que são contrários aos valores legais, históricos e morais
da América Latina. A promoção do aborto e direitos especiais para indivíduos
que praticam o homossexualismo é parte desses planos e políticas. O que é
realmente de surpreender é a posição do governo brasileiro, o principal
defensor dos “direitos” homossexuais na Comissão de Direitos Humanos da ONU. O
novo governo socialista do Brasil está imitando o radicalismo
pró-homossexualismo da Europa e tal radicalismo desrespeita as leis e a cultura
da maioria das nações da América Latina.[19]
No documento, introduzi todos os nomes, endereços e contatos
de telefone e email dos embaixadores brasileiros na ONU. Esse alerta ajudou a
mobilizar alguns líderes católicos e evangélicos. Mais tarde, grupos gays
internacionais se queixaram dos esforços bem-sucedidos de cidadãos brasileiros
para pressionar o governo Lula a abandonar sua resolução de orientação sexual
na ONU.
A luta de uma psicóloga evangélica
Geralmente, a literatura médica no Brasil não se refere ao
homossexualismo como uma conduta anormal, pois muitos temem a polícia politicamente
correta. Contudo, uma corajosa psicóloga evangélica, Dra. Rozangela Justino,
fundou a ABRACEH, a Associação de Apoio ao Ser Humano e à Família, uma ONG para
ajudar os homens e as mulheres que querem deixar o homossexualismo
voluntariamente.
Por sua atitude de mostrar compaixão aos homossexuais em
necessidade, a Dra. Justino vem sofrendo ameaças e intimidações, até mesmo do
Conselho Federal de Psicologia do Brasil.
De acordo com a Dra. Justino: “A maioria dos psicanalistas
considera a homossexualidade uma perversão e os psicólogos de maneira geral
entendem a homossexualidade como uma imaturidade no desenvolvimento
psicossexual. A Organização Mundial de Saúde classifica vários comportamentos
ligados a homossexualidade como transtorno, orientando pessoas a procurarem
tratamento para alterá-lo. Do ponto de vista espiritual é pecado. Ainda assim,
o Conselho Federal de Psicologia (CFP) baixou a Resolução abaixo. Porque o CFP
baixou esta resolução queer, os ativistas do
movimento pró-homossexualismo acionam o CRP-RJ para que me puna.
Respondo a processos administrativos junto ao CRP-RJ, mas eles sabem que a
Constituição Federal e a Declaração de Direitos Humanos me favorecem, pois
ainda temos liberdade científica, de expressão e religiosa no Brasil”.
Abaixo trechos da RESOLUÇÃO CFP N° 1/99 DE 23 DE MARÇO DE 1999
“Estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação
à questão da Orientação Sexual”
CONSIDERANDO que a homossexualidade não constitui doença,
nem distúrbio e nem perversão;
CONSIDERANDO que a Psicologia pode e deve contribuir com seu
conhecimento para o esclarecimento sobre as questões da sexualidade, permitindo
a superação de preconceitos e discriminações;
RESOLVE:
Art. 2° - Os psicólogos deverão contribuir, com seu
conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de
discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam comportamentos
ou práticas homoeróticas.
Art. 3° - os psicólogos não exercerão qualquer ação que
favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem
adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não
solicitados.
Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e
serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.
Art. 4° - Os psicólogos não se pronunciarão, nem
participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de
modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais
como portadores de qualquer desordem psíquica.
O que os evangélicos brasileiros devem fazer?
A expansão homossexual tem sido extraordinária no Brasil,
porque os ativistas gays e seus aliados estão completamente focalizados em suas
metas. De forma semelhante, as igrejas evangélicas precisam focalizar em
conduzir os homens e mulheres no homossexualismo a um relacionamento com
Cristo.
Tanto os católicos quanto os evangélicos precisam ser
libertos da Teologia da Libertação e sua versões protestantes, que os mantêm
focalizados em muitas questões irrelevantes e distrativas. A fim de enfrentar
os desafios sociais, políticos e legais do ativismo gay, os cristãos no Brasil
precisam ter um envolvimento social e político livre das “cadeias progressistas”.
Ainda que muitos evangélicos discordem da posição pró-aborto
e pró-homossexualismo do governo Lula, eles são encorajados pela propaganda
“progressista” a desviar sua atenção para muitas outras questões: saúde,
educação e assistência de emprego aos pobres, etc. O homossexualismo e o aborto
são apenas itens menores numa longa lista de interesses esquerdistas na agenda
dos evangélicos progressistas. Lamentavelmente, os evangélicos no Brasil são
enganados e levados a crer que a ação social cristã pregada pelos progressistas
é o evangelho.
Portanto, para se opor às idéias erradas entre os
evangélicos acerca da ação social, é preciso lançar campanhas para educar o
público evangélico de que há ação social real diferente da abordagem
progressista. Assim, eles seriam mais bem preparados para enfrentar de forma
adequada grandes desafios, tais como o aborto e o homossexualismo. É claro que
as outras questões também seriam tratadas, mas não a partir de uma perspectiva
esquerdista.
Os brasileiros escolherão seu novo presidente em 2006. De
novo, os candidatos prometem milagres sociais e políticos e tudo o mais que
apele ao coração dos eleitores. A grande tragédia é que, de acordo com as
pesquisas de opinião pública, a maioria dos evangélicos votará naquele que
durante todo o seu governo promoveu exatamente os valores que a Bíblia condena.
Julio Severo é o autor do livro O Movimento Homossexual,
publicado pela Editora Betânia. Em novembro de 2004, ele deu, na Câmara dos
Deputados em Brasília, a palestra introdutória na Primeira Conferência da
Frente Parlamentar Evangélica. A primeira revista da Frente também publicou
artigo de Julio Severo sobre o homossexualismo. Seu livro foi a primeira obra
em português a expor o movimento homossexual e tem sido referência para parlamentares
cristãos.
Notas Finais:
1 www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u38532.shtml
2
www.lula.org.br/noticias/not_int.asp?not_cod=731&cf_cod=21&sis_cod=37
3
http://www.trekshare.com/travel/travelogue.htm?journalid=3484
4 http://gonline.uol.com.br/livre/gnews/html/gnews3316.shtml
5
http://oglobo.globo.com/online/educacao/mat/2006/03/09/192206378.asp
6 Sodomy means the homosexual perversion committed by the
city of Sodom in the Bible.
7
http://gazetaweb.globo.com/gazeta/Materia.php?c=82176&e=1236
8 http://www.pt.org.br/site/noticias/noticias_int.asp?cod=43692
9
http://www.unis.unvienna.org/unis/pressrels/2005/ga10407.html
10 LifeSite Daily News, July 3, 2003. See also:
http://www.un.org/News/Press/docs/2003/wom1404.doc.htm
11 Requerimento de Informações nº 408, de 2003, do Dep.
Elimar Máximo Damasceno, Câmara dos Deputados, Brasília.
12 Ofício nº 34, do Ministério das Relações Exteriores,
Brasília, datado de 11 de julho de 2003.
13 Ofício nº 34, do Ministério das Relações Exteriores,
Brasília, datado de 11 de julho de 2003.
14 http://www.cnn.com/2006/WORLD/americas/06/17/
brazil.gay.parade.ap/index.html
15
http://www.ilga.org/news_results.asp?LanguageID=1&FileCategory
=44&FileID=153
16
http://www.gtpos.org.br/index.asp?Fuseaction=Informacoes&ParentId =329#anc340205
17
http://www.luteranos.com.br/posicionamentos/homossexualismo.htm
18 The Religion & Society Report, November 2003, p. 6.
19 Traduzido da versão em inglês, onde há muitas
contribuições de Julio Severo
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