Dra. Rebecca Oas
NOVA IORQUE, EUA, fevereiro (C-FAM) A agência educacional e cultural da ONU diz que o propósito de educar crianças é não só promover seu alfabetismo e avanço social, mas também lhes ensinar onde e como ter um aborto e aumentar sua tolerância para com a conduta de mesmo sexo.
Em seu relatório “Ensinando e Aprendendo: Alcançando Qualidade para Todos” divulgado na semana passada, a UNESCO disse que as mulheres escolarizadas reduzem seu risco de morrer de complicações de gravidez adotando melhores práticas de higiene, tendo atendentes de parto experientes, reconhecendo sintomas de hemorragia ou pressão alta, e “avaliando como e onde ter um aborto.”
O relatório concorda com o papel da educação na redução de mortes e ferimentos de gravidez ou parto reduzindo o casamento de crianças e adiando a iniciação da atividade sexual. Mas se desvia muito da literatura afirmando que tais ganhos requerem que as meninas aprendam como conseguir abortos.
O gráfico “Ame Teu Próximo?” afirma que a educação aumenta a tolerância, citando diferenças em atitudes entre pessoas com educação primária e secundária. Os resultados de países latino-americanos e árabes mostraram que os entrevistados com uma educação secundária tinham mais probabilidade de ver favoravelmente um vizinho de língua, raça, religião ou origem nacional diferente, ou alguém que fosse HIV positivo.
No entanto, quando indagados se prefeririam ter um vizinho com atração de mesmo sexo, os entrevistados árabes com uma educação secundária tinham essencialmente a mesma resposta de seus vizinhos com menos educação. Na América Latina, a diferença foi de 32%. Os autores do relatório reconhecem: “Em muitas partes do mundo, as pessoas permanecem intransigentes em suas atitudes para com a homossexualidade.”
A discrepância regional de atitudes coloca em destaque que o nível de educação é apenas uma variável — o conteúdo do currículo também importa. Numa conferência internacional de AIDS no México em 2008, líderes latino-americanos se comprometeram a incorporar a prevenção ao HIV nos padrões educacionais. Essa iniciativa estava em conflito direto não só com os padrões culturais, mas também legais de muitos países representados.
Um exameregional da UNESCO de 2010 da América Latina e Caribe confessa que, “alguns países tiveram de considerar a contradição de incorporar a questão da diversidade sexual no currículo escolar enquanto a sodomia e a homossexualidade continuaram a ser criminalizadas.”
Um documento introdutório preparado para o recente relatório de educação enfraquece ainda mais a simplicidade do argumento de que a educação mais elevada se iguala à maior tolerância. Na China e na Turquia, que geralmente não são considerados países que permitem a atividade de mesmo sexo, diferenças significativas de atitude foram só medidas entre pessoas com educação universitária.
Na Índia, os resultados foram completamente contraditórios ao relatório da UNESCO: os que tinham apenas uma educação primária toleravam mais a atividade de mesmo sexo do que os que tinham uma educação secundária.
A UNESCO conclui: “A educação pode levar tempo para ter um impacto em atitudes arraigadas,” e pede “medidas específicas de políticas” para garantir que as crianças “aprendam na escola a importância da tolerância.”
A UNESCO incitou controvérsia em anos recentes ao fazer parceria com o Conselho de Informações e Educação Sexual dos Estados Unidos (conhecido pela sigla SIECUS) para gerar um currículode educação sexual incentivando exploração sexual precoce e rejeição da “moralização.” O SIECUS foi fundado por uma ex-diretora médica da Federação de Planejamento Familiar como um desdobramento do Instituto Kinsey, que foi recentemente aprovado para reconhecimento da ONU.
Tradução: Julio Severo
Fonte: Friday Fax
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