Cristãos que se recusaram a professar a fé muçulmana ou
pagar resgate foram crucificados por jihadistas nesta sexta-feira na Síria,
denunciou uma freira síria à Rádio Vaticano.
De acordo com a irmã Raghid, ex-diretora da escola do
patriarcado grego-católico de Damasco, e que agora vive na França, "em
cidades ou vilas ocupadas por elementos armados, os jihadistas e todos os
grupos extremistas muçulmanos oferecem aos cristãos a shahada (a fé muçulmana)
ou a morte. Em alguns casos pediram resgate".
"Por ser impossível renunciar à sua fé, sofreram o
martírio. E o martírio de uma maneira extremamente desumana, de extrema
violência. Em Maalula, por exemplo, crucificaram dois jovens porque eles
recusaram a shahada".
"Em outra ocasião, um jovem foi crucificado em frente a
seu pai, que foi morto em seguida. Isso aconteceu em Abra, na zona industrial
na periferia de Damasco", relatou.
De acordo com ela, depois dos massacres, os jihadistas
"pegaram as cabeças das vítimas e jogaram futebol com elas", e ainda
levaram os bebês das mulheres e "os penduraram em árvores com os seus
cordões umbilicais".
A Rádio Vaticano publicou esta entrevista nesta Sexta-feira
Santa, dia que a Igreja lembra a crucificação de Cristo em Jerusalém.
Enquanto a guerra civil cria espaço para massacres cometidos
por todas as partes, a minoria cristã se posciona a favor do regime de Bashar
al-Assad , temendo justamente os islâmicos.
Fonte: A.F.P
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