Depois de criarem a vacina contra a dengue, para os
laboratórios lucrarem mais, e para modificarem mais a genética da população,
agora mais um vírus, vindo do mesmo mosquito "Aedes Aegypti"...
Dias atrás falavam que o Brasil poderia ser atingido pelo
vírus do Ébola na Copa do Mundo.
Muito estranho isso.
Velho conhecido dos brasileiros, o Aedes aegypti pode se
tornar transmissor de mais uma doença no País, além da dengue e da febre
amarela. Pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz, publicada no Journal of Virology,
mostra que os insetos que circulam por aqui têm alta capacidade para transmitir
a febre chikungunya, provocada por vírus de mesmo nome que circula por 40
países e chegou recentemente ao Caribe.
O trabalho, realizado em parceria com o Instituto Pasteur,
mostrou que além do A. aegypti, o Aedes albopictus têm potencial elevado de
disseminar a febre. A preocupação dos pesquisadores é maior com a proximidade
da Copa do Mundo, com o aumento de turistas no País. A febre chikungunya tem
sintomas semelhantes aos da dengue - dor de cabeça, febre alta, dor muscular. O
que diferencia as doenças são as fortes dores nas articulações, que em alguns
casos pode durar meses. O chikungunya também não provoca alterações sanguíneas,
como queda de plaquetas, que leva à forma hemorrágica, no caso da dengue.
Os pesquisadores começaram a investigar a transmissão do
vírus depois que foram registrados os primeiros casos no Brasil, em São Paulo e
no Rio, a partir de 2010. Os infectados haviam visitado a Indonésia, mas a
doença não se espalhou pelo País. "Nos perguntamos se os nossos mosquitos,
nas Américas, não eram suscetíveis. Fizemos o estudo com amostras de cepas
isoladas na África, e em regiões dos oceanos Índico e Pacífico.
Quando
estávamos terminando o estudo - e concluímos o potencial de transmissão -,
começou o surto nas ilhas francesas do Caribe", afirmou o pesquisador do
laboratório de Hematozoários do Instituto Oswaldo Cruz, Ricardo Lourenço, que
coordenou o estudo. "Estamos muito assustados de o vírus se espalhar pelo
Brasil. Porque além de termos os mosquitos transmissores, temos uma população
suscetível, que nunca teve contato com esses anticorpos".
Foram analisadas cepas de vírus da África, Nova Caledônia e
da região do Oceano Índico. Em laboratório, mosquitos de dez países foram
infectados (além do Brasil, Estados Unidos, México, Panamá, Venezuela, Peru,
Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina). Em média, os mosquitos estavam aptos a
disseminar a doença em sete dias. Os A. albopictus coletados no Rio de Janeiro
foram capazes de transmitir a doença em dois dias.
"Isso representa um tempo quase cinco vezes menor do
que ocorre com a dengue. Depois de picar uma pessoa infectada, o mosquito tem o
vírus na saliva entre 10 e 14 dias depois. Um mosquito precisa viver duas
semanas para transmitir a doença, nesse período vários vão morrer. Se o inseto
é capaz de passar a doença em dois ou três dias, acelera a capacidade
epidêmica", afirmou Lourenço. "O Aedes albopictus recebia atenção
secundária, mas agora tem que passar a ter um cuidado maior. Foi o responsável
pelos surtos na França e na Itália".
Fonte: Libertar
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