Mesmo sendo uma data muito popular, a Páscoa ainda deixa
muitas pessoas em dúvida. Muitos ainda não compreendem de onde ela surgiu e o
seu real significado. Com a forte apelação do comércio as pessoas confundem-se
mais ainda. Não é raro vermos pessoas respondendo que Páscoa são ovos de
chocolate ou um feriado católico.
A Páscoa tem o seu início no Antigo Testamento. O povo de
Israel vivia como escravo do povo egípcio já há 400 anos. A Bíblia diz que Deus
ouviu a oração daquele povo que vivia oprimido: “… os filhos de Israel gemiam
sob a servidão e por causa dela clamaram, e o seu clamor subiu a Deus. Ouvindo
Deus o seu gemido, lembrou-se da sua aliança com Abraão, com Isaque e com
Jacó.” (Ex 2. 23-24)
Deus resolveu libertá-los e para isso convocou Moisés para
liderar esse movimento.
O Faraó, líder máximo do Egito, não quis deixar o povo de
Israel sair em liberdade, por isso, Deus enviou inicialmente nove pragas. Mesmo
sendo castigado por essas pragas o faraó se recusou deixar o povo israelita ir
embora rumo à liberdade. Foi então que Deus preparou a décima praga. Essa praga
era a morte dos primogênitos (filho mais velho). Só não morreriam aqueles que
cumprissem algumas ordens dadas por Deus.
Dentre as várias exigências de Deus, a principal era separar
um cordeiro ou um cabrito de um ano e sem defeito (Êxodo 12. 3, 5). Esse animal
deveria ser morto num dia determinado e o seu sangue passado nos batentes das
portas (Êxodo 12. 3, 5). Quando Deus viesse para matar os primogênitos, vendo o
sangue nos batentes, não mataria ninguém daquela casa. Onde não tivesse o
sangue do animal, o primogênito morreria. Aquele sangue (e a obediência à voz
de Deus, é claro) era a garantia de vida e libertação daquelas pessoas.
A décima praga acontece e todos os primogênitos do Egito
morrem inclusive o filho do faraó. Ele, então, deixa o povo ir embora. É aqui
que começa a Páscoa. O povo foi liberto da escravidão pela mão poderosa de
Deus! O ritual realizado na primeira Páscoa, que é descrito em Êxodo 12.1-20,
deveria, então, a partir daquele momento, ser observado todos os anos pelas
próximas gerações. E foi assim que aconteceu.
Em Êxodo 12. 27 está a explicação que deveria ser dada
quando os filhos daquelas pessoas perguntassem o que eram aqueles rituais
simbólicos feitos na Páscoa. Veja: “Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao
SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando
feriu os egípcios e livrou as nossas casas.” (Ex 12. 27)
Essa comemoração seguiu até os tempos de Jesus Cristo, que
deu a ela um significado ainda mais marcante e profundo.
Após Jesus, a Páscoa mudou sua forma, mas não seu
significado. Jesus, através de Seu sangue, nos libertou da escravidão do
pecado. E esse sangue foi derramado na Sua morte lá na cruz em sacrifício.
Jesus é como aquele cordeiro que ofereceu o seu sangue para que aquele povo,
que vivia como escravo vivesse e fosse totalmente livre. Pelo sangue de Jesus
vivemos a liberdade. Ele foi o sacrifício que nos trouxe vida e libertação da
condenação e da escravidão do pecado.
A Páscoa cristã comemora, então, o sacrifício e a ressurreição
de Jesus Cristo. Jesus é o nosso Cordeiro pascal (1 Co 5. 7). Ele nos propiciou
a liberdade através de Seu sangue e da Sua vitória na cruz. Essa é uma
comemoração a ser lembrada todos os dias e não somente na Páscoa!
Chocolate, festa, feriado, tudo isso têm o seu lugar, mas
esse lugar não deve tomar o lugar do verdadeiro propósito da nossa comemoração!
Celebre Jesus! Celebre a sua liberdade! Celebra a Páscoa!
Fonte: Esboçando Ideias
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