O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vem enfrentando diferentes tipo de pressão para sua saída (voluntária ou forçosa) do cargo. Até mesmo daqueles que antes o apoiavam por ser um político evangélico.
Na tarde ontem (28), um grupo de evangélicos emitiu uma nota em que pede sua “imediata saída”. Assinada por 300 pastores e bispos de diversas denominações, o tom é forte.
Afirmaram sentir-se “envergonhados” em ter um representante no parlamento que se diz evangélico. Ressaltaram as denúncias de corrupção que pesam sobre o deputado e que a ligação de Cunha com a corrupção mancha a história da igreja “desde a crucificação de Jesus Cristo”. O material foi colocado na internet, como um abaixo-asinado virtual, e contém cerca de 900 assinaturas.
Eles o protocolaram nesta quarta (29) na Câmara dos Deputados o manifesto e curiosamente foram recebidos por deputados do PSOL, partido que constantemente critica os evangélicos.
Na mesma tarde, o Conselho de Ética da Casa deu a Cunha dez dias para apresentar sua defesa. Após ser denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento no recebimento de propinas, seu nome foi citado várias vezes por delatores ouvidos pela Operação Lava Jato.
O Ministério Público já teve acesso a documentos que provam que Cunha e familiares possuem contas bancárias na Suíça. Como ele afirmou diante da CPI da Petrobras que nunca teve, pode responder por isso.
Quando o deputado Cabo Daciolo (Sem Partido/RJ), ocupou a tribuna para discursar na tarde desta quinta (29), mais uma vez fez cobranças a Cunha e a toda bancada evangélica.
Lembrando que esta semana comemora-se a Reforma Protestante, que deu origem aos evangélicos, o parlamentar pediu que a Frente Parlamentar Evangélica “tome uma posição”. Fez questão de citar esse abaixo-assinado dos líderes dos pastores e bispos.
Dando a entender que os deputados e senadores evangélicos não estão se portando da maneira adequada, afirmou que verdadeiros evangélicos prezam “a ética, a verdade, a moral e a justiça”. Disse ter certeza que “Deus está no controle”. Declarou esperar que Cunha “peça para sair”, pois a situação está “insustentável”.
Em seu perfil no Facebook, fez novamente cobranças duras à bancada evangélica. “Até quando permanecerão em silêncio? Os evangélicos exigem uma posição daqueles que se dizem cristãos e que representam o povo de Deus na Câmara e no Senado”. Não citou nomes, fazendo apenas uma ressalva, parabenizando a postura do senador Magno Malta (PR/ES).
Uma semana atrás, Daciolo já havia profetizado contra Cunha e toda a bancada evangélica, chamando-os ao arrependimento. Orando publicamente em línguas pediu que “Deus jogasse por terra tudo que não vem dele” no Congresso.
Assista:
Via: Gospel Prime
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