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domingo, 25 de outubro de 2015

HAARP? Como Patricia se transformou em furacão ‘nuclear’ em questão de horas

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Em uma transformação classificada de “histórica”, o furacão Patricia passou, em algumas horas, de tempestade tropical a um monstruoso furacão de categoria 5 –a máxima na escala Saffir-Simpson–, cuja intensidade já está sendo comparada a uma “detonação nuclear”.

“É uma proeza extraordinária. Na era dos satélites, só o [furacão] Linda, em 1997, se intensificou neste ritmo”, disse o CNH (Centro Nacional de Furacões, na sigla em inglês) nos Estados Unidos.



De acordo com o CNH, o furacão que se dirige à costa do Pacífico no México com ventos de até 325 km/h é o mais forte já registrado no Pacífico e no Atlântico. O Centro afirmou que a intensidade do furacão pode ser equiparável à de uma bomba atômica.

“Isso é muito, muito, muito forte”, disse a OMM (Organização Meteorológica Mundial).
O evento também está sendo comparado ao tufão Haiyan, outro de categoria 5, que devastou parte das Filipinas em 2013, matando mais de 6.000 pessoas.

Patricia se desloca para a costa mexicana a uma velocidade de cerca de 17 km/h e se espera que chegue ao solo na tarde ou na noite desta sexta-feira, com ventos e chuvas potencialmente destrutivos.

O sistema deve chegar ao Estado mexicano de Jalisco, em uma zona que inclui o centro turístico de Puerto Vallarta. Além deste, os Estados de Colima e Nayarit também já declararam estado de emergência.

Evolução
A rápida evolução de Patricia surpreendeu especialistas. Nas primeiras horas da quinta-feira (22), a Unidade de Proteção Civil do Estado de Guerrero, na costa do Pacífico, identificou Patricia como uma tempestade tropical.


Duas horas mais tarde, o sistema evoluiu para furacão de categoria 1 na escala Saffir-Simpson e foi localizado a cerca de 400 km da costa central, entre os Estados de Guerrero e Michoacán.

Ao meio-dia, hora local, o Serviço Meteorológico Nacional do México informou que a tempestade havia subido para categoria 4 e se deslocava a 28 km/h, “muito maior do que os ciclones com estas mesmas características”, afirmou.

O órgão projetou que, nas duas horas seguintes, Patricia chegaria à categoria 5. A projeção se cumpriu quando o furacão estava a 360 km da costa dos Estados de Colima e Jalisco.
Meteorologistas usam a escala Saffir-Simpson para categorizar furacões de acordo com sua velocidade constante de vento –eles medem os vendavais duradouros ao invés das rajadas mais bruscas, que podem ser ainda mais fortes.

Segundo este sistema, um furacão de categoria 1 tem ventos de 119 a 153 km/h e um de categoria 5, acima de 252 km/h.

“O ritmo de intensificação da tempestade em um dia é nada menos que histórico. No processo, Patricia passou de um conglomerado de tempestades elétricas pouco organizadas a um dos sistemas mais fortes e perversos do planeta”, disse o CNH americano.

‘Olho dentro do olho’
Em agosto passado, quando começou o El Niño, se produziram três furacões simultâneos no Pacífico, os três de categoria 3.

Furacões, tufões e ciclones descrevem o mesmo fenômeno climático, mas recebem nomes diferentes a depender do lugar do mundo onde se formam.

Os furacões, como Patricia, se formam à leste da Linha Internacional de Data. Tufões e ciclones e formam ao oeste da mesma.

Fonte: UOL

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