Unico SENHOR E SALVADOR

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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Estudos Avançados- A autenticidade da Bíblia


Cânon

Introdução

1. O significado da palavra Cânon


A palavra cânon tem raiz na palavra "cana", "junco" (do hebraico geneh, através do grego kanon ). O "junco" era usado como uma vara para medir e avaliar ..." mais tarde teve o sentido de "lista" ou "rol".15/95

Aplicada às Escrituras, a palavra cânon significa "uma lista de livros oficialmente aceitos". 23/31

Deve-se ter em mente que a igreja não criou o cânon nem os livros que estão incluídos naquilo que chamamos de Escrituras. Ao contrário, a igreja reconheceu os livros que foram inspirados desde o princípio. Foram inspirados por Deus ao serem escritos.

E a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus (Gl 6:6). Nos porém, não nos gloriaremos sem medida, mas respeitamos o limite da esfera de ação que Deus nos desmarcou e que se estende até vós (2Co 10:3).

"Não nos gloriando fora de medida nos trabalhos alheios, e tendo esperança, de que, crescendo a vossa fé, seremos engrandecidos entre vós, dentro da nossa esfera de ação (2Co 10:15).

A Bíblia, como o cânon sagrado, é a nossa norma ou regra de fé e prática. Diz-se dos livros da Bíblia que são canônicos para diferenciá-los dos apócrifos. O emprego do termo cânon foi primeiramente aplicados aos livros da Bíblia por origines (185-254 d.C).

1a. Cânon - Datas e Períodos 

O Novo Testamento foi completado em menos de 100 anos, pois seu último livro, o apocalipse, foi escrito cerca de 96 D.C. Isto é, dá um total de 1.142 anos para a formação de ambos os Testamentos (1046+96). (Leve em conta Que a cronologia Bíblica é sempre aproximada, pois os povos orientais não tinham um sistema fixo de computação de datas.

Quando se fala do espaço total de tempo, que vai da escrita do pentateuco ao apocalipse, é preciso intercalar os 400 anos do período interbíblico ocorrido entre os Testamentos, o que dará um total de 1542 anos (1046+96+400). Por isso se diz que a Bíblia foi escrita no espaço de 46 séculos. Este é o período no Qual o cânon foi completado.

1b. Cânon - Sua Inspiração

A canonicidade é determinada pela inspiração. Os livros da Bíblia não são para Deus oriundos, isto porque eles tem valor, provieram de Deus. A processo mediante o qual Deus nos concede sua revelação chama-se inspiração. 

È a inspiração de Deus num livro que determina sua canonicidade. Deus dá autoridade divina a um livro, e os homens de Deus o atacam. Deus revela, e o seu povo conhece o que o Senhor revelou. A canonicidade é dada por Deus e descoberta pelos homens.

A Bíblia constitui o "cânon", pelo qual tudo mais deve ser medido e avaliado pelo fato de Ter autoridade concedida por Deus. Sejam quais foram as medidas (os cânones ) usados pela igreja para descobrir com exatidão que livros possuem essa autoridade canônica ou normativa, não se deve dizer que determinam a canonicidade dos livros. Dizer que o povo de Deus, mediante quaisquer regras de conhecimento, "determina" que livros são autorizados por regra de conhecimentos. 56 Deus pode conceder absoluta.

Só a inspiração divina determina a autoridade de um livro, se ele é canônico, de natureza normativa.

1c. Cânon - Sua Descoberta

O povo de Deus tem desempenhado um papel de grande importância no processo de canonização. A comunidade dos crentes arca com a tarefa de chegar a uma conclusão sobre quais livros são realmente de Deus. A fim de cumprir esse papel, a igreja deve procurar cartas características próprias da autoridade divina. Como poderia alguém reconhecer um livro inspirado só por vê-lo? Dai vários critérios estavam em jogo nesse processo de reconhecimento.

Ao qual são eles:

1.d Os Princípios Da Descoberta Da Canonicidade:

Sempre existiu falsos livros e falsas mensagens. E por representarem ameaça constante, surgiu-se a necessidade de que o povo de Deus tivesse mais cuidado com a coleção de livros sagrados guardados consigo, pois poderiam haver alguns erros. A partir daí a igreja passou a questionar esses livros sagrados mediante cinco critérios; ao qual são eles:

a)O livro é autorizado - Veio de Deus;
b)É profético - Foi escrito por um servo de Deus;
c)É digno de confiança - Fala a verdade a cerca de Deus;
d)É Dinâmico - Possui o poder que transforma vidas;
e)É aceito pelo povo de Deus para o qual foi originalmente escrito.


1. Vejamos Agora Cada Um Desses Critérios Separadamente:

A autoridade de um livro - Cada livro da Bíblia traz uma reivindicação de autoridade divina. A expressão "Assim diz o Senhor" está presente na Bíblia com freqüência. Sempre existe uma declaração divina. Se faltasse a um livro a Autoridade de Deus, esse era considerado não canônico , não sendo incluído no cânon sagrado.

Os livros dos profetas eram facilmente reconhecidos como canônicos por esse princípio de autoridade. A expressão repetida "e o Senhor me disse" ou " "a palavra do Senhor veio a mim" è evidência abundante de sua autoridade divina. Alguns livros não tinham reivindicação de origem divina, pelo qual foram rejeitados e tidos como não canônicos.

Talvez tenha sido o caso do livro dos justos e do livro da guerra do Senhor. Outros livros foram questionados e desafiados quanto a sua autoridade divina, mas por fim foram aceitos no cânon, como o livro de Ester.

Na verdade, o simples fato de alguns livros canônicos serem questionados quanto a sua legitimidade é uma segurança de que os crentes usavam seu discernimento. Se os crentes não estivessem convencidos da autoridade divina de um livro, este era rejeitado.

2. A Autoria Profética De Um Livro

Os livros proféticos só foram produzidos pela atuação do Espírito, que moveu alguns homens conhecidos como profetas. (2Pe. 1:10-21). A palavra de Deus só foi entregue a seu povo mediante os profetas de Deus. Todos os autores bíblicos tinham um Dom profético, ou uma função profética, ainda que tal pessoa não fosse profeta por ocupação. (Hb. 1:1).

Paulo exorta o povo de Deus em Gálata, dizendo que suas cartas deveriam ser aceitas porque ele era apóstolo de Paulo. Isto porque todos os livros que não proviam por profetas nomeados por Deus, deveriam ser rejeitados. Os crentes não deviam aceitar livros de alguém que falsamente afirmasse ser apóstolo de Cristo (2Ts. 2:2).

Note que a Segunda carta de Pedro foi objetada por alguns da igreja primitiva. Por isso enquanto os pais da igreja não ficaram convencidos de que essa não havia sido forjada, mas de fato viera da mão do apóstolo Pedro, como seu versículo o menciona, ela não recebeu lugar permanente no cânon cristão. 

3. A Confiabilidade De Um Livro

Outro sinal característico da inspiração é o ser um livro digno de confiança.

A vista desse princípio, os crentes de beréia aceitaram os ensinos de Paulo e pesquisaram as Escrituras, para verificar se o que o apóstolo estava ensinando , estava de fato de acordo com a revelação de Deus no Antigo Testamento.

O mero fato de um texto estar de acordo com uma revelação anterior não indica que tal texto é inspirado. Grande parte dos apócrifos foi rejeitada por causa do princípio da confiabilidade. Suas anomalias históricas e heresias teológicas os rejeitaram; seriam impossível aceitá-las como vindos de Deus; a despeito de sua aparência de autorizados.

Não podiam vir de Deus e ao mesmo tempo apresentar erros.

Alguns livros canônicos foram questionados a base nesse mesmo princípio como a carta de judas e a de Tiago.

4. A Natureza Dinâmica De Um Livro

O quarto teste canonicidade, era a capacidade do texto de transforma vidas: "... A palavra de Deus é viva e eficaz..." (Hb. 4:12) 

 O resultado é que ela pode ser usada "para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir, em justiça" (2Tm. 3:16-17).

O apóstolo Paulo revelou-nos que a habilidade dinâmica das escrituras inspiradas estava na aceitação das Escrituras, como um todo, como mostra em 2 Timóteo 3:16-17. 

Disse Paulo a Timóteo :" as Sagradas Escrituras podem fazer-te sábio para a Salvação. A partir daí, outros livros e mensagens foram rejeitados porque apresentavam falsas esperanças. (1Rs. 22:6-8) ou faziam rugir alarmes falsos (2Ts. 2:2).

5. A Aceitação De Um Livro

A Marca final de um documento escrito autorizado é seu reconhecimento pelo povo de Deus ao qual originalmente se havia destinado.

A palavra de Deus, dada mediante seus profetas, e contendo sua verdade, deve ser reconhecida pelo seu povo. Se determinado livro fosse recebido, coligido e usado como força de Deus, pelas pessoas a quem originariamente se havia destinado, ficava comprovada a sua canonicidade.

Sendo o sistema de transportes atrasado como era nos tempos antigos, às vezes a determinação da canonicidade de um livro da parte dos pais da igreja exigia muito tempo e esforço. É por essa razão que o reconhecimento definitivo completo, por toda a igreja cristã, dos 66 livros do cânon das Escrituras Sagradas exigiu tantos anos.

Os livros de Moisés foram aceitos imediatamente pelo povo de Deus. As cartas de Paulo foram recebidas imediatamente, recebidas pelas igrejas às quais haviam sido dirigidas (1Ts. 12:13), e até pelos demais apóstolos (2Pe. 3:16). Já alguns escritos foram rejeitados pelo povo de Deus, por não apresentarem autoridade divina.

Esse princípio de aceitação levou alguns a questionar durante algum tempo certos livros da Bíblia, como 2 e 3 João são de natureza particular e de circulação restrita; É compreensível, pois que houvesse alguma relutância em aceitá-los, até que essas pessoas em dúvida tivessem absoluta certeza de que tais livros haviam sido recebidos pelo povo de Deus do século como cartas do apóstolo João.

* Princípios Que Formaram O Cânon:

a)Sua circulação universal - Alguns livros jamais foram aceitos por falta de circulação, enquanto outros foram aceitos tariamente por falta de circulação na igreja universal, pois circulavam somente em certos setores da igreja.

b)A autoria dos apóstolos ou dos discípulos dos apóstolos - Dentre os apóstolos temos as epístolas de Paulo e Pedro, e o Evangelho de João. Dentre os discípulos temos os evangelhos de Marcos, e de Lucas, o livro de Atos, a epístola dos Hebreus e etc...

c)Livros segundo a tradição e a doutrina dos apóstolos: Lucas, Atos, Hebreus, Apocalipse e II Pedro.

d)Houve rejeição de livros escritos mais tarde, após o tempo dos apóstolos. Isso explica a rejeição final das epístolas de Clemente e etc...

e)Também foram rejeitados os escritos ridículos ou fabulosos - Entre esses podemos enumerar a maior parte dos livros apócrifos, o evangelho de Tomé, os evangelhos de André, os Atos de Paulo, o Apocalipse de Pedro e etc...

f)Uso universal por parte da igreja inteira - Alguns livros foram aceitos apenas por determinados setores da igreja, ou somente por alguns indivíduo. Finalmente os 27 livros do Novo Testamento foram aceitos e passaram a ser universalmente usados na igreja cristã.

Os princípios da descoberta da canonicidade

1d. Teste Para A Inclusão De Um Livro Do Cânon

Não sabemos exatamente quais foram os critérios que a igreja primitiva usou para escolher os livros canônicos. Possivelmente houve cinco princípios orientadores, empregados para determinar se um livro do Novo Testamento era ou não canônico.

Se era ou não Escritura. Geisler e Nix registram esses cinco princípios: 32/141

1) Revela autoridade? - veio da parte de Deus? (Esse livro veio com o autêntico " assim diz o Senhor"?)

2) É profético? - Foi escrito por um homem de Deus?

3) É autêntico? (Os pais da igreja tinham a prática de "em caso de dúvida, jogue fora". Isso acentua a validade do discernimento que tinham sobre os livros canônicos.")

4) É dinâmico? - veio acompanhado do poder divino de transformação de vidas?

5) Foi aceito, guardado, lido e usado? - foi recebido pelo povo de Deus?



Pedro reconheceu as cartas de Paulo como Escrituras em pé de igualdade com as Escrituras do Antigo Testamento (2Pedro 3:16).

O Cânon do NOVO TESTAMENTO

1. Teste para a inclusão de um livro no Cânon do NOVO TESTAMENTO

" Parece muito melhor concordar com Gaussen, Warfield, Charles Hodge e a maioria dos protestantes em que o teste básico de canonicidade é a autoridade apostólica, ou a aprovação apostólica, e não simplesmente autoria apostólica." 32/1831

Há nas epístolas um constante reconhecimento de que na igreja só existe uma o fator básico para determinar a canonicidade do novo testamento foi a inspiração divina, e o principal teste da inspiração foi a apostolicidade. 32/181

Geisler e Nix detalham a respeito: "Na terminologia do Novo Testamento, a igreja foi edificada 'sobre o fundamento dos apóstolos e profetas' (Efésios 2:20). Os quais Cristo prometera que, pelo Espírito Santo. Iriam guiar 'a toda a verdade' (João 16:13). 

Atos 2:42 diz que a igreja em Jerusalém perseverou 'na doutrina dos apóstolos e na comunhão'. A palavra apostolicidade, conforme empregada para designar o teste de canonicidade, não significa obrigatoriamente 'autoria apostólica' nem 'aquilo que foi preparado sob a direção dos apóstolos..."

única autoridade absoluta; a autoridade do próprio Senhor. Sempre que os apóstolos falam com autoridade, fazem-no exercendo a autoridade do Senhor. Dessa forma, por exemplo, quando Paulo defende sua autoridade de apóstolo, baseia-se única e diretamente na comissão recebida do Senhor (Galatas 1 e 2); quando evoca o direito de regulamentar a vida da igreja, declara que sua palavra tem a autoridade do Senhor, mesmo quando nenhuma palavra específica do Senhor lhe tenha sido transmitida (1Coríntios 14:37; cf. 1Coríntios 7:10)..." 88/117,18

O único que, no Novo Testamento, fala com uma autoridade interna e que se impõe por si mesmo é o Senhor." 67/18

Habitualmente, os Apóstolos fizeram referências ao Antigo testamento como autoridade divina (Rm.3.2,21; I Co.4.6; Rm.15.4; II Tm.3.15-17; II Pd.1.21). Igualmente, os Apóstolos baseavam os seus ensinos orais ou escritos na autoridade do Antigo Testamento (I Co.2.7-13; 14.17; I Ts.2.13; Ap.1.3). E ainda, ordenavam que seus escritos fossem lidos publicamente (I Ts.5.27; Cl.4.16; II Ts.2.15; II Pd.1.15; 3.1-1).

Portanto, era mais do que natural e lógico que a Literatura do Novo Testamento fosse acrescentada à do Antigo Testamento, fazendo assim o Cânon do Novo Testamento. 

No próprio Novo testamento se vê a íntima relação existente entre ambos os testamentos (Antigo e Novo). Veja-se em I Tm. 5.18; II Pd.3.1,2,16). Na época pós-apostólica, os escritos procedentes dos apóstolos foram igualmente colecionados em um segundo volume do Cânon até se completar o que se cognomina hoje de Novo Testamento.

A coleção completa, fez-se vagarosamente e por várias razões. Alguns livros só eram reconhecidos como apostólicos em algumas igrejas; somente quando estes livros chegaram ao conhecimento de todas as igrejas e em todo o Império Romano, foi que foram realmente aceitos como sendo de autoridade Apostólica. 

O processo adotado foi lento por causa do aparecimento de algumas literaturas apócrifas, heréticas e portanto, espúrias, com o intuito de ensinar outras doutrinas não cristãs. Apesar desta lentidão, os livros foram aceitos e considerados canônicos por serem de autoria Apostólica.

Apesar da formação do Novo Testamento em um só volume de livros ter sido morosa, nunca deixou de existir a crença de se tratar de um compêndio de regra de fé primitiva e Apostólica. A história da formação do Cânon do Novo Testamento serve para mostrar como se chegou gradualmente a conhecer e reconhecer estes mesmos livros como inspirados por Deus.

As diferenças de opinião acerca de quais livros seriam aceitos como canônicos, foram constatadas nos escritos das igrejas ao longo do segundo século de nossa era

1a. Os livros canônicos do NOVO TESTAMENTO

Há três razões que mostram a necessidade de se definir o cânon do Novo Testamento. 23/24

1)Um herege, Marcião (cerca de 140 A.D.), desenvolveu seu próprio cânon e começou a divulgá-lo. A igreja precisava contrabalançar essa influência decidindo qual era o verdadeiro cânon das Escrituras do Novo Testamento.

2)Muitas igrejas orientais estavam empregando nos cultos livros que eram claramente espúrios. Isso requeria uma decisão concernente ao cânon.

3)O edito de Diocleciano ( 303 A.D.) determinou a destruição dos livros sagrados dos cristãos. Quem desejava morrer por um simples livro religioso? Eles precisavam saber quais eram os verdadeiros livros.

Atanásio de Alexandria ( 367 A.D.) nos apresenta a mais antiga lista de livros do Novo Testamento que é exatamente igual à nossa atual. A lista faz parte do texto de uma carta comemorativa escrita às igrejas.

Logo após atanásio, dois escritores, Jerônimo e Agostinho, definiram o cânon de 27 livros. 15/112

Policarpo ( 115 A.D.), Clemente e outros referem-se aos livros do Antigo e do Novo Testamento com a expressão "como está escrito nas Escrituras".

Justino Mártir (100- 165 A.D.), referindo-se à Eucaristia, escreve em primeira Apologia 1.67: "E no Domingo todos aqueles que vivem nas cidades ou no campo se reúnem num só local, e, durante o tempo que for possível, lêem-se as memórias dos apóstolos ou escritos dos profetas. Então, quando o leitor termina a leitura, o presidente faz uma admoestação e um convite a que todos imitem essas boas coisas".

Irineu ( 180 A.D).F.F. Bruce escreveu acerca do significado de Irineu: "A importância de Irineu está no seu vínculo com a era apostólica e nos seus relacionamentos ecumênicos.

Educado na Ásia menor, aos pés de Policarpo, o discípulo de João, Irineu tornou-se bispo de Lion, Gália, em 180 A.D. Seus escritos confirmam o reconhecimento canônico dos quatro evangelhos, Atos, Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, 1 Pedro e 1 João e Apocalipse.

Inácio (50- 115 A.D.): "Não quero dar-lhes mandamentos tal como fizeram Pedro e Paulo; eles foram apóstolos..." (Aos Tralianos 3.3).

Os concílios da igreja. É uma situação bastante parecida com a do Antigo Testamento (veja capítulo 3, 6C, o concílio de Jâmnia).

F.F. Bruce afirma que "quando finalmente um concílio da igreja - o sínodo de Hipona ( 393 A.D.) - elaborou uma lista dos vinte e sete livros do Novo Testamento, não conferiu-lhes qualquer autoridade que já não possuíssem, mas simplesmente registrou a canonicidade previamente estabelecida.

Desde então não tem havido qualquer restrição séria aos 27 livros aceitos do Novo Testamento, quer por católico - romanos quer por protestantes.

1b. Os apócrifos do NOVO TESTAMENTO 32/200-205

A Epístola de pseudo - Barnabé (cerca de 70- 79 A.D.)

Epístola aos Coríntios (cerca de 96 A.D.)

Antiga Homília, também chamada Segunda Epístola de Clemente (cerca de 20- 140 A.D.)

Pastor de Hermas (cerca de 115- 140 A.D.)

Didaquê, ou o Ensino dos Doze Apóstolos (cerca de 100- 120 A.D.)

Apocalipse de Pedro (cerca de 150 A.D.)

Os Atos de Paulo e Tecla ( 170 A.D.)

Epístola aos Laodicenses (século quarto?)

O Evangelhos Segundo os Hebreus (65- 100 A.D.)

As Sete Epístolas de Inácio 9cerca de 100 A.D.)


E muitos outros.

1.C os livros apócrifos foram ou não inspirados?

Você poderia dizer: Já que você diz que os apócrifos não foram inspirados, então me dê provas. Pois bem, o problema dos livros apócrifos cresce de importância, na medida em que a Igreja Católica Romana afirma que a Bíblia dos Evangélicos é falsa; justamente a partir do fato da não aceitação dos tais livros apócrifos, e que, por via de conseqüência, é a Bíblia dos católicos a que é realmente verdadeira e canônica.

Veja bem! O Cânon dos Judeus foi aceito pela comunidade cristã e consiste nos mesmos livros que aparecem nas Bíblias dos Evangélicos, num total de 39 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento, perfazendo assim um total de 66 livros e não 73 como pretende a igreja Católica Romana, a partir da inclusão dos apócrifos.

Os 66 livros existentes nas Bíblias Evangélicas foram aprovados pelos judeus, pela Igreja Primitiva e inclusive, pela própria Igreja Católica Romana em alguns dos seus Concílios, tais como:

1. O Concílio de Damause I ( 366 a 384 A.D.
2. O Concílio de Inocente I ( 402 a 417 A.D.)
3. O Concílio de Gelasius I ( 492 a 496 A.D.)
4. O Concílio de Hermidas ( 520 a 523 A.D.)
5. O Concílio de Laodicéia ( 363 A.D.)
6. O Concílio de Hipo ( 393 A.D.)
7. O Concílio de Cartago ( 397 A.D.)
8. O Concílio de Florença ( 1441 A.D.)


Em todos estes Concílios, os livros aceitos como canônicos foram os mesmos 66 que constam nas Bíblias Evangélicas, e não os 73 constantes das Bíblias Católicas. Porém, no Concílio de Trento, em 1546, depois da reforma Protestante (Lutero) foi que a Igreja Católica Romana decidiu incluir os tais 7 livros apócrifos e alguns fragmentos aos livros de Ester e Daniel.

Ora, o Cânon, ou seja, as Escrituras medidas e achadas certas, foi estabelecido pelos judeus que examinaram os livros e os acharam conforme a inspiração divina. Depois daquele exame, os mesmos sábios separaram alguns livros e os consideraram apócrifos, espúrios, falsos, justamente por não se enquadrarem dentro das normas pré-estabelecidas para a sua canonicidade.

Quando se lê qualquer um dos livros apócrifos, logo se nota as fantasias ali colocadas. Consideramos um absurdo, por exemplo, o fato do autor pedir perdão pelo que escreveu, como se nota num dos apócrifos (Eclesiástico).

1.d Alusões implícitas aos apócrifos:

para condená-los e para repudiá-los. Por exemplo, em Ap.21.8 encontramos algo que é frontalmente contrário a Tobias 6.4. como explicar isto? É que em Apocalipse diz que quanto aos feiticeiros, a sua parte será no lago de enxofre; já em Tobias lemos a enfatização à prática da feitiçaria, respaldada na atitude de pegar o fígado de um peixe fisgado nas águas do rio Tigre, e, depois de passá-lo na brasa, provocando uma fumaça estranha e miraculosa; com ela, espantar os demônios.

Mais adiante o mesmo Tobias 3.8 informa que o fel do peixe foi passado nos olhos do pai de Tobias, que também se chamava Tobias e este fora curado de uma cegueira. Isto é uma autêntica bobagem, além de ser uma grande mentira. Em Ap.21.8 lemos que os mentirosos não entrarão no reino dos Céus.

Em Dt. 18.9-14 vamos encontrar uma condenação à prática destas coisas, enquanto que em Tobias encontramos os benefícios pela prática destas mesmas coisas. No livro de Tiago 3.11 lemos "Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa?" Pois bem, como explicar que Deus que é a nossa fonte, proíba a feitiçaria em Deuteronômio e a recomende em Tobias, um livro apócrifo? Isto se constituiria numa tremenda contradição.

Outra contradição flagrante em Tobias e em mais alguns livros apócrifos está no fato de sugerirem eles a salvação pela prática das obras; entretanto, lendo em At.10.2 e Ef.2.8-9 vamos concluir que a salvação acontece exclusivamente pela graça Divina, mediante a fé e não pelas obras; e mais, que o ato salvívico vem de deus e não dos homens. Como é absurda a doutrina pregada pela Igreja Católica Romana, principalmente a partir do Concílio de

Trento, através das páginas enlameadas e espúrias dos livros apócrifos.

2. Cânon do NOVO TESTAMENTO (seu desenvolvimento)

A princípio os 27 livros do canônicos do Novo Testamento foram reconhecidos oficialmente. A partir daí não houve movimentos dentro do Cristianismo no sentido de acrescentar ou eliminar livros. O cânon do Novo Testamento encontrou acordo geral no seio da igreja universal.

* Os Estímulos para que se coligissem oficialmente os livros - Varias forças contribuíram para que se oficiasse os 27 livros do Novo Testamento. As quais foram:

* O Estímulo eclesiástico a lista dos canônicos – A igreja primitiva tinha necessidades internas e externas que exigiam o reconhecimento dos livros canônicos. Sem uma lista dos livros reconhecidos, aprovados seria difícil para a igreja primitiva a execução dessa tarefa. A combinação dessas forças exerceu pressão sob os primeiros pais da igreja para produzirem uma lista oficial dos livros canônicos.

*O Estímulo Teológico – Exigia-se um pronunciamento oficial da igreja a respeito do cânon. Pois visto que toda a escritura era proveitosa para a doutrina, tornou-se cada vez mais necessário definir os limites do legado doutrinário apostólico. Devido o Herege ter publicado uma lista muito abreviada dos livros canônicos, tornou-se necessário uma lista completa dos livros canônicos; pelo qual definissem com precisão os limites do cânon Sagrado.

* Estímulo Político – A política passou a influir na igreja primitiva. As perseguições do Imperador Diocleciano foram muitas. Mas Constantino (um novo imperador) se convertera ao Cristianismo, e este pediu que fosse necessário a criação da lista dos livros canônicos.

*A Compilação e o reconhecimento progressivo dos livros canônicos – O Novo Testamento havia sido escrito durante a última metade do século I. Havendo tão grande diversidade geográfica de origens e destinatários, nem todas as igrejas haviam possuir de imediato cópias de todos os livros inspirados do Novo Testamento.

Enfim seria preciso algum tempo até que houvesse um reconhecimento geral de todos os 27 livros do cânon do Novo Testamento. Daí a igreja primitiva começou de imediato a coligir todos os escritos apostólicos que pudessem autenticar. 

*A seleção dos livros fidedignos - Desde o princípio havia falsos escritos, não apostólicos, não fidedignos em circulação. Por isso escreveu Lucas em seu Evangelho à respeito sobre a vida de Jesus Cristo, Já que havia nesse tempo alguns relatos inexatos em circulação da vida de Cristo.

Sabemos também que os cristãos foram advertidos quanto as falsas cartas que lhe teriam sido enviadas em nome do apóstolo Paulo.

João, em seu evangelho destrui uma crendice que circulava no seio da igreja do século I, segundo o qual ele jamais morreria (Jo. 21: 23,24).

Em sumo, podemos dizer que no seio da igreja havia um processo seletivo em operação. Toda e qualquer palavra de Cristo, era submetido ao ensino apostólico, de tal autoridade. Se tal palavra ou obra não pudesse er comprovada pelas testemunhas oculares (Lc. 1:2; At, 1:21-22), era rejeitada.

· A leitura de livros autorizados - Outro sinal de que o processo da canonicação do Novo Testamento iniciou-se imediatamente na igreja do século I foi a prática da leitura pública oficial dos livros apostólicos. Paulo havia ordenado aos Tessalonicenses: "Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os santos irmãos" (1Ts. 5:27).

A leitura em público das palavras autorizadas de Deus era um costume antigo. Moisés e Josué o praticaram ( Ex. 24:7; Js. 8:34). Enfim, em suma, as igrejas estavam envolvidas num processo incipiente de canonização. Essa aceitação original de um livro, o qual era autorizadamente lido nas igrejas, teria importância crucial para o reconhecimento posterior de um livro canônico.

* A circulação e a compilação dos livros - Enfim o processo de canonização desde o início da igreja estava em andamento. Os livros só eram circulados pelas igrejas, caso fossem examinados e dado por autêntico, Isso tomou-se forma nos tempos dos apóstolos, lá pelo final do século I, já todos os 27 livros do Novo Testamento haviam sido recebidos e reconhecidos pelas igrejas cristãs.

O cânon estava completo, e aceito por todos os crentes de todas as cidades. Mas, por motivo da multiplicidade dos falsos escritos, e da falta de acesso imediato as condições relacionadas ao recebimento inicial de um livro, o debate a respeito do cânon prosseguiu por vários séculos, até que universalmente a igreja reconheceu a canonicidade dos 27 livros do Novo Testamento.

A Credibilidade da Bíblia

1.A Fidedignidade E Confiabilidade Das Escrituras

Tópico 1 - a confirmação do texto histórico

1b. Introdução


Estamos provando aqui não a inspiração, mas a credibilidade histórica das Escrituras.

Deve-se testar a credibilidade histórica das Escrituras pelos mesmos critérios usados para testar todos os documentos históricos.

C. Sanders, em Introduction to Research in English Literary History (introdução à pesquisa em História da Literatura Inglesa), relaciona e explica os três princípios básicos da historiografia. São, a saber, o teste bibliográfico, o teste das evidências internas e o das evidências externas. 81/143ss. 

2b. O teste bibliografico da credibilidade do NOVO TESTAMENTO

O teste bibliográfico é um exame da transmissão textual pela qual os documentos chegam até nós. Em outras palavras, uma vez que não dispomos dos documentos originais, qual a credibilidade das cópias que temos em relação ao número de manuscritos e ao intervalo de tempo transcorrido entre o original e a cópia existente? 64/26

F.E Peters ressalta que "baseando-se apenas na tradição dos manuscritos, as obras que formam o Novo Testamento dos cristãos foram os livros antigos mais freqüentemente copiados e mais amplamente divulgados." 69/50

1c. Evidências dos manuscritos acerca do NOVO TESTAMENTO

Atualmente sabe-se da existência de mais de 5.300 manuscritos gregos do Novo Testamento. Acrescentam-se a esse número mais de 10.000 manuscritos da Vulgata Latina e, pelo menos, 9.300 de outras antigas versões, e teremos mais de 24.000 cópias de porções do Novo Testamento.

Nenhum outro documento da história antiga chega perto desse números e dessa confirmação. Em comparação, a Ilíada de Homero vem em segundo lugar, com apenas 643 manuscritos que sobreviveram até hoje. O primeiro texto completo e preservado de Homero data do século treze. 58/145

A seguir apresentamos um quadro estatístico dos manuscritos remanescentes do Novo Testamento:

Gregos
Unciais
267
Minúsculas
2.764
Lecionários
2.143
Papiros
88
Achados recentes
47
Manuscritos
TOTAL
5.309
Gregos existentes

Versão Vulgata Latina
Mais de 10.000
Etiópico
Mais de 2.000
Eslavônico
            4.101
Armênio
            2.587
Versão Siríaca (peshita)
   Mais de 350
Copta
            100
Árabe
              75
Versão Velha Latina
              50
Anglo - Saxônico 
                7
Gótico
                6
Sogdiano
                3
Siríaco Antigo
                2
Medo - Persa
                2
Frâncico
                1

As informações para os gráficos acima foram extraídas das seguintes fontes:

ALAND, Kurt. Journal of Biblical Literature (Revista de Literatura Bíblica),v. 87, 1968.

ALAND, Kurt. Kurzgefasste Liste Der Griegrischen Handschriften Des Neuen Testaments (Breve Lista dos Manuscritos Gregos do Novo Testamento). W. De Gruyter, 1963.

ALAND, Kurt. "Neue Neutestamentliche Papyrii III" (Novos Papiros Terceira Parte). In. New Testament Studies (Estudos do Novo Testamento). Jul. de 1976.

METZGER, Bruce. The Early Versins of the New Testament As Antigas Versões do Novo Testamento). Oxford: Clarendon 1977.

PARVIS, Merrill M. e WIKGREN, Allen, ed. New Testament Manuscript Studies (Estudos do Manuscritos do Novo Testamento). Chicago University of Chicago, 1950.

RHODE, Eroll F. An Annotated List of Amenian New Testament Manuscripts (Uma Lista Comentada de Manuscritos Armênios do Novo Testamento). Tóquio: IKEBURO, 1959.

HYATT, J. Phillip. The Bible and Modern Scholarship (A Bíblia e a Erudição Moderna). A bingdon, 1965.

John Warwick Montgomery afirma que "ter uma atitude cética quanto ao texto disponível dos livros do Novo Testamento é permitir que toda a antigüidade clássica se torne desconhecida, pois nenhum documento da história antiga é tão bem confirmado bibliograficamente como o Novo Testamento." 64/29

Sir Frederic G. Kenyon, que foi diretor e bibliotecário - chefe do Museu britânico, reconhecido como uma das maiores autoridades em manuscritos, diz: "...além da quantidade, os manuscritos do Novo Testamento diferi das obras dos autores clássicos em outro aspecto, e mais uma vez a diferença é bem clara.os livros do Novo Testamento foram escritos na última parte do século primeiro; com exceção de fragmentos muitos pequenos, os manuscritos mais antigos existentes são do quarto século - cerca de 250 a 300 anos depois".

Cremos que, em todos os pontos essenciais, temos um texto bastante fiel das sete peças remanescentes de Sófocles; no entanto, o manuscrito mais antigo e substancioso de ´Sófocles foi copiado mais de 1.400 anos depois de sua morte." 48/4

Em The Bible and Archaeology (A Bíblia e a Arqueoloiga), Kekyon afirma: "De modo que o intervalo entre as datas da composição do original e os mais antigos manuscritos existentes se torna tão pequeno a ponto de, na prática ser insignificante.

Assim, já não há base qualquer dúvida de que as Escrituras tenham chegado até nós tal como foram escritas. Pode-se considerar que finalmente estão comprovadas tanto a autenticidade como a integridade dos livros do Nono Testamento." 46/288

F.J.A. Hort acrescenta, com acerto, que "na variedade e multiplicidade de provas sobre as quais repousa, o texto do Novo Testamento destaca-se de um modo absoluto e inigualável entre os textos em prosa da antigüidade." 43/561

J. Harold Greennlee declara: "...o número de manuscritos néo - testamentários disponíveis é surpreendentemente maior do que os de qualquer outra obra da literatura antiga. Em terceiro lugar os mais antigos manuscritos existentes do Novo Testamento foram escritos numa data muito mais próxima da composição do texto original do que no caso de qualquer outro texto da literatura antiga". 37/15

2. O NOVO TESTAMENTO em comparação com outras obras da antigüidade

2a. A Comparação de manuscritos 

Em Merece Confiança o Novo Testamento?, F.F. Bruce faz comparações entre o Novo Testamento e antigos textos de história, e apresenta uma descrição marcante a respeito: "Talvez possamos avaliar melhor quão rico é o Novo Testamento em matéria de evidência manuscrita, se compararmos o material textual subsistente com outras obras históricas da antigüidade.

O texto das porções existentes das duas grandes obras históricas de tácito depende totalmente de dois manuscritos, um do século nono e outro do século onze.

Os manuscritos remanescentes das obras menores de tácito (Dialogus de Oratoribus (Diálogo sobre os Oradores), Agricola e Germania) Provêm todos de um códice do século décimo. Conhecemos a história de Tucídedes (cerca de 460- 400 a.C.) a partir de oito manuscritos, dos quais o mais antigo data de 900 A.D., e de uns poucos fragmentos de papiros, escritos aproximadamente no início da era cristã.

O mesmo se dá com a História de Heródoto (cerca de 480- 425 a.C.). No entanto, nenhum conhecedor profundo dos clássicos daria ouvidos à tese de que a autenticidade de Heródoto ou Tucídedes é questionável porque os mais antigos manuscritos de suas obras foram escritos mais de 1.300 anos depois dos originais." 16/23,24

Em Introduction to New Testament Textual Criticism (Introdução à crítica Textual do Novo Testamento), Greenlee escreve acerca do hiato de tempo entre o manuscrito original (o autógrafo) e o manuscrito existente (a velha cópia remanescente), afirmando que "os mais antigos e conhecidos dos manuscritos da maioria dos autores gregos clássicos foram escritos pelo menos mil anos depois da morte do seu autor.

O intervalo de tempo para os escritores latinos é um pouco menor, reduzindo-se a um mínimo de três séculos no caso de Virgílio.

Todavia, no caso do Novo Testamento, dois dos mais importantes manuscritos foram escritos em prazo não superior a 300 anos após o Novo Testamento estar completo, e manuscritos virtualmente completos, de alguns livros do Novo Testamento, bem como manuscritos incompletos, mas longos, de muitas partes do Novo Testamento, foram copiados em datas tão remotas quanto um século após serem originalmente escritos." 37/36

Greenlee acrescenta que "uma vez que os estudiosos aceitam que os escritos dos antigos clássicos são em geral fidedignos, muito embora os mais antigos manuscritos tenham sido escritos tanto tempo depois da redação original e o número de manuscritos remanescentes seja, em muitos casos, tão pequeno, está claro que da mesma forma, fica assegurada a credibilidade no texto do Novo Testamento ". 37/16

Mesmo em relação aos Anais do famoso historiador Tácito, no que diz respeito aos seis primeiros livros dessa obra, ela só sobreviveu devido a um único manuscrito, do século nono.

Em 1870 o único manuscrito conhecido da Epístola a Diogneto, um texto cristão bem antigo que os compiladores geralmente incluem entre os escritos dos pais Apostólicos, perdeu-se num incêndio na biblioteca municipal de Estrasburgo.

Em contraste com esses dados estatísticos, o crítico textual do Novo Testamento fica perplexo diante da riqueza de material disponível ". 62/34

F.F. Bruce declara "No mundo não há qualquer corpo de literatura antiga que, à semelhança do Novo Testamento, desfrute uma tão grande riqueza de confirmação textual". 15/178

AUTOR
Data do Original
Cópia mais Antiga
Intervalo em anos
N.º de Cópias
César
100- 44 a.C.
900 A.D.
1.000
10
Lívio
59 a.C. - 17A.D.
20
Platão
7
(Tetralogias)
427 - 347 a.C..
900 A.D.
1.200
Tácito (Anais)
.
100 A.D.
1100 A.D.
1.000
Obras
20(-)        100 A.D.
1100 A.D.
1.000
1
Plínio Jovem
(História)
61 - 113 A.D.
850 A.D.
750
7
Tucídedes
(História)
460 - 400 a.C.
900 A.D.
1.300
8
Suetônio
(De Vita Caesarum)
.
75 - 160 A.D
950 A.D.
800
Heródoto
(História)
480 - 425 a.C.
900 A.D.
1.300
8
Horácio
900
Sófocles
496 - 406 a.C.
1000 A.D.
1.400
193
Lucrécio
Morto          75 - 160 A.D o
1.100
2
Cátulo
54 a.C.
1550 A.D.
1.600
3
Eurípides
480 - 406 a.C.
1100
1.300
200
Desmóstenes
383 - 322 a.C.
1100 A.D.
1.300
200*
Aristóteles
384 - 322 a.C.
1100 A.D.
1.400
49+
Aristófanes
450 - 385 a.C.
900 A.D.
1.200
10

* Todos de uma única cópia
+ De qualquer obra isolada


2b. A Comparação Textual

Bruce Metzger comenta: "Dentre todas as composições literárias escritas pelo povo grego, os poemas homéricos são os mais adequados para uma comparação com a Bíblia ".61/144 Ele acrescenta: "Em todo o corpo de literatura antiga, tanto grega como latina, a Ilíada é a que mais se aproxima do Novo Testamento por possuir a maior quantidade de testemunho de manuscritos". 61/144

Metzger continua: "Na antigüidade os homens

(1) memorizavam Homero assim como mais tarde iriam memorizar as Escrituras.

(2) Tanto Homero como as Escrituras foram tidos na mais alta estima, sendo citados na defesa de argumentos acerca do céu, da terra e do Hades.

(3) Homero e a Bíblia serviram de cartilha para diferentes gerações de escolares que neles aprenderam a ler.

(4) Ao redor de ambos cresceu um grande volume de notas marginais e comentários.

(5) Ambos tiveram glossários.

(6) Ambos caíram nas mãos dos alegoristas.

(7) Ambos foram imitados e tiveram suplementos - um com os hinos e escritos homéricos, tais como o Batracomiomáquia, e o outro com os livros Apócrifos.

(8) Homero foi analisado e prosado; o evangelho de João foi versificado em hêxametros épicos por Nono de Panópolis.

(9) Os manuscritos tanto de Homero como da Bíblia foram ilustrados.

(10) As descrições homéricas apareceram nos murais de Pompéia; as basílicas cristãs foram decoradas com mosaicos e afrescos de episódios bíblicos". 61/144,145


E.G. Tuner destaca que, sem dúvida alguma, Homero foi o autor mais lido na antigüidade. 92/97

Geisler e Nix comparam as variações textuais existentes entre os documentos do Novo Testamento e as obras antigas: "Em seguida ao Novo Testamento, existem mais manuscritos remanescentes da Ilíada (643) do que de qualquer outro livro.

Eles prosseguem dizendo que "a Ilíada tem cerca de 15.600. Há dúvidas sobre apenas 40 linhas (ou 400 palavras) do Novo Testamento, enquanto que, no caso da Ilíada, questionam-se 764 linhas. Esses cinco por cento de corrupção textual contrastam-se com o meio por cento de emendas no texto do Novo Testamento."

No livro Introduction to Textual Criticism of the Testament (Intrdução à critica do Novo Testamento), Benjamin Warfield cita a opinião de Ezra Abbot sobre noventa e cinco por cento das variações textuais do Novo Testamento, afirmando que elas: "... possuem base tão insignificante... embora haja várias leituras possíveis ; e noventa e cinco por cento das variações textuais do Novo Testamento, afirmando que elas: "... possuem base tão insignificante... embora haja várias leituras possíveis; e noventa e cinco por cento das variações restantes são de importância tão ínfima que sua aceitação ou rejeição não provocaria qualquer diferença significativa no sentido das passagens onde elas ocorrem". 100/14

Geisler e Nix fazem a seguinte observação sobre como são contadas as variações textuais: "É ambíguo dizer que existem umas 200.000 variantes nos manuscritos existentes do Novo Testamento, desde que elas dizem respeito apenas 10.000 lugares no Novo Testamento. Se uma única palavra é escrita de modo errado em 3.000 manuscritos, isso é contado como sendo 3.000 variantes ou leituras". 32/361

Fenton John Anthony Hort, que passou a vida lidando com manuscritos diz: "É bem grande a proporção de palavras que, sem que haja qualquer dúvida sobre elas, são virtualmente aceitas em todos os manuscritos.

"Se os princípios seguidos nesta edição estão corretos, pode-se reduzir bastante esse número. Reconhecendo plenamente o dever de nos abstermos de decisões categóricas, em casos em que os dados deixam em suspenso o julgamento entre duas ou mais leituras, descobrimos que, pondo de lado as diferenças de ortografia, em nossa opinião as palavras ainda sujeitas a dúvida constituem cerca de seis por cento de todo o Novo Testamento.

Um estudo cuidadoso das variações (ou leituras diferentes) dos várias manuscritos mais antigos revela que nenhuma delas afeta uma única doutrina das Escrituras. 

O sistema de verdades espirituais contido no texto hebraico geralmente aceita do Antigo Testamento não é alterado nem deturpado por qualquer uma das diferentes leituras encontradas nos manuscritos hebraicos de datas mais antigas e que foram descobertas nas cavernas do mar Morto ou em qualquer outro lugar.

Benjamin Warfield disse: "Se compararmos a situação atual do texto do Novo Testamento com a de qualquer outro escrito antigo, precisaremos declarar que o texto é maravilhosamente correto, tão grande é o cuidado com que o Novo Testamento tem sido copiado - um cuidado que, sem dúvida alguma, é fruto de uma verdadeira reverência para com suas santas palavras - tão grande tem sido a providência de Deus em preservar para a sua igreja em todas as épocas um texto suficientemente exato, que o Novo Testamento não tem rival entre os escritos antigos, não apenas em termos de pureza de texto pela maneira como foi transmitido e mantido em uso, como também em termos de abundância de testemunhos, os quais chegaram até nós para corrigir falhas relativamente esporádicas." 100/12,13

2c. Cronologia de importantes manuscritos do NOVO TESTAMENTO

Métodos de Datação: Alguns dos fatores que ajudam a determinar a idade dos manuscritos são: 32/242 - 246

1)Materiais 5) Ornamentação

2)Tamanho e forma das letras 6) Cor da tinta

3)Pontuação 7) Textura e cor do pergaminho

4)Divisões do texto


O manuscrito de John Rylands ( 130 A.D.) encontra-se na biblioteca John Rylands, na cidade de Manchester, na inglaterra, e é o mais antigo fragmento existente do Novo Testamento.

Bruce Metzger fala de uma crítica abandonada: "Caso se tivesse conhecido esse pequeno fragmento durante meadas do século passado, aquela escola de crítica do Novo Testamento, a qual foi inspirada pelo brilhante professor de Tubinga, Ferdinand Chriastian Baur, não poderia Ter defendido que o quarto Evangelho só foi escrito por volta de 160 A.D." 62/39

No antigo "Zur Datierung des Papyrus Bodmer II (P.66)" (A Respeito da Datação do Papiro Bodmer II) (In: Anzeiger Der Osterreichischen Akademie Der Wissenschaften (Informativo da Academia Austríaca de Ciências) n 4, 1960, p. 12033), "Herbert Hunger, diretor das coleções papirológicas da Biblioteca Nacional de Viena, atribui ao papiro 66 uma data anterior, meados do século segundo, ou até mesmo a primeira metade desse século; veja o artigo que ele escreveu." 62/39,40

O códice Vaticano (325 - 350 A.D.), situado na Biblioteca do Vaticano, contém quase toda a Bíblia.

O códice Sinaítico ( 350 A.D.) encontra-se no Museu Britânico. Esse manuscrito, que contém quase todo o Novo Testamento e mais da metade do Antigo Testamento, foi descoberto em 1859, no mosteiro do Monte Sinai pelo Dr. Constantin von Tischendorf, sendo presenteado ao Czar da Rússia pelo mosteiro. Posteriormente, no dia de Natal de 1933, o povo e o governo britânicos o adquiriram da União Soviética por 100.000 libras.

Em 1853, uma Segunda visita de Tischendorf ao mosteiro não resultou em novos manuscritos porque os monges estavam desconfiados devido ao entusiasmo que Tischendorf demonstrava diante do manuscrito que vira por ocasião de sua primeira visita, em 1844. Escondendo suas emoções, Tischendorf casualmente pediu permissão para examiná-lo mais vagarosamente aquela noite.

Com a permissão concedida e tendo-se retirado para seu quarto, Tischendorf passou a noite toda tendo prazer de estudar o manuscrito - pois, como escreveu em seu diário (que, sendo um erudito, mantinha em latim), quippe dormire nefas videbatur (' na verdade, dormir parecia um sacrilégio ')!

Logo descobriu que o documento continha muito mais do que ele até mesmo esperara; pois não apenas a maior parte do Antigo Testamento estava ali, como também o Novo Testamento estava intacto e em excelentes condições, havendo também duas antigas obras cristãs do segundo século, a Epístola de Barnabé (anteriormente conhecida só através de uma tradução latina bem deficiente) e uma grande porção de Pastor de Hermes, obra até então só conhecida de nome". 

2d. A credibilidade dos Manuscritos apoiada por várias traduções

As traduções antigas constituem um outro forte apoio em favor do testemunho e exatidão dos textos. Em sua maior parte, "raramente a literatura antiga era traduzida para um outro idioma". 37/45

"As primeiras versões do Novo Testamento foram preparados por missionários, para auxiliarem na propagação da fé cristã entre os povos cujas línguas nativas eram siríaco, o latim ou o copta." 62/67

As versões (traduções) do Novo Testamento em siríaco e em latim foram feitas por volta de 150 A.D. Isso nos deixa bem próximos da época da composição dos originais.

Existem mais de 15.000 cópias de várias versões

1 .a Versões siríacas


A velha versão siríaca contém os quatro evangelhos, copiada por volta do século quarto. É preciso explicar que "siríaca é o nome geralmente dado ao aramaico cristão. É escrito numa variação distinta do alfabeto aramaico". 15/193

Teodoro de Mopsuéstia (século quinto) escreveu: "Foi traduzida para línguas dos sírios". 15/193

Peshita. O sentido básico dessa palavra é "simples". Foi a versão padrão, preparada por volta de 150- 250 A.D. Hoje existe mais de 350 manuscritos conhecidos, copiados no século quinto. 32/317

Siríaca Palestinense. A maioria dos estudiosos atribuem a essa versão a data de aproximadamente 400- 450 A.D. (século quinto). 62/68-71

2b. Versões Latinas

Velha Latina. Existem testemunhas, a partir do século quarto até o século treze, de que, no século terceiro, "uma velha versão latina circulou no norte da África e na Europa..."

Velha Latina Africana (códice Bobbiense) 400 A.D. Metzger diz que ".E.A. Lowe revela indícios paleográficos de Ter sido copiada de um papiro do século segundo". 62/72-74

O Códice Corbiense (400- 500 A.D.) contém os quatro evangelhos.
Códice Vercelense ( 360 A.D.).
Códice Palatino (século quinto A.D.).


Vulgata Latina
(vulgata é palvra que significa "comum" ou "popular"). Jerônimo era secretário de Damásio, bispo de Roma. Entre 366 e 384, Jerônimo atendeu a um pedido do bispo para que preparasse uma versão. 15/201

2c. Verões Coptas (ou Egípcias)


F.F. Bruce escreveu que é próvavel que a primeira versão egípcia foi traduzida no século terceiro ou quarto. 15/214

Bohaírica. Rodalphe Kasser, que editou o texto impresso dessa versão, calcula que ela deve datar do século quarto. 37/50

2d. Outras versões Antigas


Armênia (a partir de 400. A.D.). Parecer Ter sido traduzido de uma Bíblia em grego obtida em Constantinopla.

Gótica. Século quarto. Geórgica. Século quinto. 

Etiópica. Século sexto.

Núbia. Século sexto.


1.A credibilidade dos Manuscritos apoiada

Pelos Primeiros Pais Da Igreja

A Enciclopédia Britânica afirma: "Após Ter examinado os manuscritos e versões, crítico textual ainda assim não esgotou o estudo das provas em favor do texto do Novo Testamento. Freqüentemente os escritos dos primeiros pais da igreja refletem uma forma de texto diferente da de um ou outro manuscrito... os testemunhos que dão do texto, especialmente quando corroboram leituras oriundas de outras fontes, são algo que o crítico textual deve consultar antes de formar juízo a respeito". 25/579

Em referência às citações em comentários, sermões, etc. , Bruce Metzger reitera a declaração acima, dizendo: "De fato, essas citações são tão vastas que, se todas as demais fontes de conhecimento sobre o texto do Novo Testamento fossem destruídas, sozinhas essas citações seriam suficientes para a reconstituição de praticamente todo o Novo Testamento". 62/86

Após uma prolongada investigação, Darlymple chegou à seguinte conclusão: "Veja aqueles livros. Você se lembra da pergunta que me fez sobre o Novo Testamento e os pais? Aquela pergunta despertou a minha curiosidade, e, como eu conhecia todas as obras existentes dos pais do segundo e terceiro séculos, comecei a pesquisar e, até agora, já encontrei todo o Novo Testamento, com exceção de onze versículos". 58/35,36

Uma advertência: Joseph Angus, em História, Doutrina e Interpretação da Bíblia ; Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1971,1953. 2 vol., apresenta algumas limitações dos escritos patrísticos antigos:

1.Às vezes se fazem citações sem exatidão verbal.
2.Alguns copistas tinham tendências para erros ou para alterações intencionais.


Clemente de Roma ( 95 A.D.). Origines, em De Principus (sobre o principio), livro II, capítulo 3 , chama-o de discípulo dos apóstolos. 8/28

Irineu, prossegue, em Contra Heresias, livro III, capítulo 3, dizendo que "ainda tinha o ensino dos apóstolos ecoando em seus ouvidos e a doutrina deles diante de seus olhos". 

Ele faz citações de:

Mateus 1Coríntios
Marcos 1Pedro
Lucas Hebreus
Atos Tito 

Inácio (70- 110 A.D.)foi bispo de Antioquia e foi martirizado, tendo conhecido bem os apóstolos. Suas sete cartas contêm citações de:

Mateus Efésios 1 e 2 Tessalonicenses

João Filipenses 1 e 2 Timóteo

Atos Gálatas 1 Pedro

Romanos Colossenses

1 Coríntios Tiago


Policarpo (70- 156 A.D.), martirizado aos 86 anos de idade, foi bispo de Esmirna e discípulo do apóstolo João.

Entre outros que também citaram o Novo Testamento encontram-se Barnabé (cerca de 70 A.D.), Hermas (cerca de 95 A.D.), Taciano (cerca de 170 A.D.) e Irineu (cerca de170 A.D.).

Clemente de Alexandra (150- 212 A.D.). Dentre as citações que faz, 2.4000 são do Novo Testamento. Ele cita todos os livros, com exceção de três. 

Tertuliano (160- 220 A.D.) foi presbítero da igreja em Cartago, tendo citado mais de 7.000 vezes o Novo Testamento, das quais 3.800 são citações dos Evangelhos.

Hipólito (170- 235 A.D.) faz mais de 1.300 referências ao Novo Testamento.

Justino Mártir ( 133 A.D.) combateu o herege Marcião. 

Geisler e Nix acertadamente concluem dizendo que, "a esta altura, um rápido apanhado estatístico mostrará a existência de umas 32.000 citações do Novo Testamento feitas até a época do concílio de Nicéia ( 325 A.D.). Essas 32.000 são apenas um número parcial, e nem mesmo incluem os escritores do século quarto. 

Apenas acrescentando-se as citações feitas por um outro escritor, Eusébio, que escreveu prolificamente num período que vai até o concílio de Nicéia, teremos o total de citações do Novo Testamento aumentando para mais de 36.000". 32/353,354

A todos esse ainda se pode acrescentar os nomes de Agostinho, Amábio, Latâncio, Crisostomo, Jerônimo, Gaio Romano, Atanásio, Ambrosósio de Milão, Cirilo, de Alexandria, Efraim o Sírio, Hilário de Poitiers, Gregório de Nissa, etc.

Sobre as citações patrísticas do Novo Testamento, Leo Jaganay escreve: "Dentro as volumosas obras de material não publicado que o deão Burgon deixou ao morrer, destaca-se o índice de citações do Novo Testamento, feitas pelos pais da igreja antiga. Consiste de dezesseis espessos volumes que se encontram no Museu Britânico, e contém 86.489 citações". 44/48

Citações patrísticas do NOVO TESTAMENTO

ESCRITOR
Evangelhos
Atos
Epístolas Paulinas
Epístolas Gerais
Apocalipse
Total
Justino Mártir
268
10
43
6
3  266 alusões
330
Irineu
1.038
194
499
23
65
1.819
Clemente de Alex.
1.017
44
1.127
207
11
2.406
Orígenes
9.231
349
7.778
399
165
17.992
Tertuliano
3.822
502
2.609
120
205
7.258
Hipólito
734
42
387
27
188
1.378
Eusébio
3.258
211
1.592
88
27
5.176
Totais
19.368
1.352
14.035
870
664
36.289
*14/357

1b. A credibilidade dos Manuscritos apoiada pelos lecionários

Essa é uma grandemente negligenciada, e, no entanto, o segundo maior grupo de manuscritos gregos do Novo Testamento é o dos lecionários.

Bruce Metzger explica a origem dos lecionários: "Seguindo o costume das sinagogas, mediante o qual em todos os sábados, por ocasião do culto religioso, liam-se trechos da lei e dos profetas, a igreja Cristã adotou a prática de ler trechos do Novo Testamento por ocasião dos cultos. 

Desenvolveu-se um sistema regular de lições dos Evangelhos e das Epístolas, e surgiu o costume de prepará-las de acordo com uma ordem fixa de domingos e outros dias santificados do ano cristão". 62/30

Em geral, os lecionários refletiam uma atitude bem conservadora e utilizavam textos mais antigos. Isto os torna muito valiosos na crítica textual. 62/31

Conclusão


Como foi estudado, o Cânon surgiu para que houvesse uma separação entre o certo e o errado. Pois não podemos viver-nos indecisos? Não é verdade?

Então a questão do Cânon, que significa, regra de fé, apareceu, surgiu, para que falasse não só a Igreja, mais as pessoas, acerca de que quais livros da Bíblia, das Santas Escrituras, foram realmente inspiradas, feitos por uma Autoridade Divina.

Mais não foi só isso não; para que tudo finalizasse bem (em relação aos livros), a igreja precisou de muita luta. Os pais da Igreja (os lideres questionaram muito sobre isso. Pois se podia dizer que um livro era canônico mediante alguns critérios, como por exemplo: Foi preciso provar que tal livro possuía autoridade e era dinâmico; como nós sabemos muito bem que a Bíblia tem o poder, autoridade de salvar vidas.

Se ele era digno de confiança a Bíblia fala mesmo a verdade? Podemos nós seguir-nos o que está escrito na Bíblia? Seus ensinamentos (como o de Paulo) possuem mesmo confiança? Enfim era preciso que fosse lido, guardado, usado e principalmente aceito pelo povo.

Outra questão também que envolvia os livros da Bíblia; foi a questão do Novo Testamento. A onde foi preciso provar se tal livro possuía inspiração e era apostólico.

Pois nós sabemos muito bem que a maioria das cartas relacionadas a igreja foram escritos pelos apóstolos do Senhor, que eram homens dotados pelo Espírito Santo; pelo qual eles foram guiados a escrever somente a verdade. Então o que foi questionado foi o seguinte: So se era considerado o livro (como as epístolas de Paulo aos Hebreus), caso fosse provado que foi Paulo realmente que escrevera. Caso contrário não era apostólica, nem muito menos canônico.

Enfim até os políticos perseguirem a igreja a respeito da canonicidade dos livros.

Vimos também o aparecimento, o crescimento de outros livros da Bíblia considerados como (apócrifos-falsos). Daí surge a questão:”E os católicos? A onde ficam nessa história. Será que só os cristãos tem razão? Somente os livros da Bíblia deles falam a verdade?

Mas é a partir daí que surgiram as brigas; quanto mais a igreja católica afirmava que a nossa Bíblia é que era falsa, mais surgiam-se os falsos livros. Mais tudo isso resultou-se no seguinte: Até hoje os 66 livros constados na Bíblia dos evangélicos é que são oficialmente oficializados como canônicos; e não os 7 a mais da Bíblia dos católicos. Que por sinal em um dos seus livros apócrifos, o próprio autor pede perdão pelo que escreve.

Enfim resumidamente essas foram as questões que envolveram a canonicidade dos livros. Sabendo-se que tanto como o livro do Antigo como o do Novo são considerados até hoje como livros inspirados e Sagrados por Deus. E que cabe a nós, seguidores e ouvintes da palavra, dar-nos glória a Deus por por tudo que esses livros pôde e pode trazer a nós.

Bibliografias:

•A Bíblia Através dos Séculos - Antônio gilberto
•Introdução Bíblica - Norman Geisler
•Enciclópedia Bíblica
•Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia - R. N Champlin, Ph.D


Phonte: Instituto Gamaliel

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