"Senhor, filho de Davi, tem misericórdia de mim. Senhor, socorre-me. Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores." Disse, uma mulher cananeia. "Ó mulher, grande é a tua fé. Seja feito para contigo, como tu desejas", Disse Jesus. E desde aquela hora, a filha daquela mulher ficou livre. Atitude, humildade, oração e vitória
A mulher cananeia tinha uma filha cativa por um demônio que a fazia sofrer miseravelmente. Jesus estava passando na região de Tiro e Sidon. Ela estava diante de uma única oportunidade. E não a desperdiçou. Quem sabe você tem um problema parecido.
Não sabemos quantos anos tinha a filha daquela senhora. Mas sabemos que sua mãe tinha um propósito: conseguir a liberdade da filha. Ela não era de Israel. Era estrangeira. Ela não tinha amigos entre os discípulos de Jesus, por isso gritava. Perturbava. E Jesus permanecia em silêncio. Era o Messias; o enviado de Deus exclusivo para Israel. Os estrangeiros, naquele tempo, não faziam parte da sua missão. A mulher insistia.
E quem busca, acha. Quem pede, recebe. E quem bate, a porta abrir-se-lhe-á. Ela seguiu literalmente esta receita, sem nunca tê-la ouvido. Buscou, pediu, gritou e bateu. Humilhou-se. Insistiu. Até receber a admiração e o favor do Senhor - a libertação da filha. Chegou aflita, desesperada. Ouviu palavras duras, mas não desanimou. Saiu chorando, mas não de tristeza: de contentamento. Sua filha estava livre.
Ninguém sabe como aquela mulher achou Jesus. Nem ficou evidente quem lhe falou sobre o poder do Senhor sobre os demônios. Também não está escrito como descobriu que a vida miserável da filha era causada por um demônio. Aquela mulher estava no tempo e lugar certos. Disse Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. "Buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração"
Como foi possível àquela mulher conseguir uma bênção tão grande com tão poucas palavras?
Oração. Sim, oração sincera. Não aquela oração de desfiar as contas de um terço cheio de "padre-nossos" "ave-marias" e "santa-marias" Era um oração produzida por um espinho na alma, que a fazia gritar e clamar: Senhor, filho de David, tem misericórdia de mim.
Há muitos que oram, mas não recebem. E não recebem, porque oram mal. A oração para ser respondida tem que estar em harmonia, em sintonia, com a vontade do Pai Eterno. Bênçãos grandes vêm de grandes orações. E não de orações grandes.
Você está com um espinho na alma? Sua dor é muito grande? Insuportável? Medite nas atitudes da mulher cananeia. Deixe de lado seus preconceitos. Seu status. Para chegar até o dono das bênçãos é preciso se despojar da soberba. Da presunção humana. Do pensamento cartesiano. Abra seu coração e clame a Jesus. Entre no quarto e feche a porta. Ajoelhe-se ao pé da cama e fale com Jesus, como se ele estivesse assentado nela.
Insista
Ore hoje. Amanhã. E continue orando. Jesus não é uma lenda. Ele é real. É o filho do Deus vivo, que morreu na cruz, mas hoje está vivo, assentado à direita do Pai. Seus ouvidos estão atentos às orações dos que estão necessitados. Desesperados. De corações quebrantados.
Mas não basta ser necessitado. Estar desesperado. Quebrantado de coração. É preciso ter atitude: buscar, pedir e bater na porta com um coração sincero. Não uma única batida na porta, mas várias. Não um pedido envergonhado, mas um clamor bem alto. Não uma busca de faz de contas, mas verdadeira.
A mulher cananeia não foi a Jesus achando que talvez ele a atenderia. Ela foi disposta a ser ouvida de qualquer maneira. Não importava ser chamada de filhote de cachorro, desde que alcançasse o direito de comer das migalhas que caiam dos pratos dos seus senhores.
E quando o Senhor ouviu essa resposta, se compadeceu da dor daquela mulher, porque viu nela uma grande fé. E fé é a certeza das coisas antes de vê-las.
| Autor: João Cruzué
| Divulgação: estudosgospel.com.br
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