Você Pergunta: Perdi meu pai há alguns meses e uma dúvida que tenho em meu coração é se quando eu morrer e encontrá-lo no céu se vou reconhecê-lo, se ele vai saber quem eu sou. Isso me deixa muito apreensiva, pois gostaria muito de poder rever meu pai algum dia. O que a Bíblia nos ensina sobre essa questão, vamos ou não vamos nos reconhecer no céu?
Cara leitora, já recebi muitas vezes essa pergunta bem curiosa e, dessa vez, resolvi montar um estudo bíblico, buscando analisar o que a Bíblia nos traz de orientações sobre isso.
Vamos nos reconhecer no céu?
(1) A Bíblia fala bastante sobre a vida eterna, sobre o céu, porém não nos dá muitos detalhes a respeito dos pormenores de como será essa nossa vida do outro lado e de que tipo de transformações iremos passar para viver essa vida. Porém, creio que temos elementos suficientes para afirmar algumas verdades a respeito tanto da vida no céu quanto a vida no inferno.
(2) Alguns afirmam ser impossível que nos reconheçamos no céu, baseados no texto de Apocalipse 21:4: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”. Segundo eles, o fato de nos reconhecermos levaria ao céu dores que a Bíblia afirma não poderem entrar ali. Além disso, a percepção de que algumas pessoas que conhecemos e amamos não estão ali, mas no inferno, também traria dores, pranto e outras questões que não teriam lugar no céu segundo o texto de Apocalipse.
(3) Em minha visão iremos sim nos reconhecer no céu. Explico porquê. Primeiramente, analisando o texto de Apocalipse 21:4 observamos que ele está fazendo referência a nova realidade que será vivida no céu. Dessa forma, não podemos analisar a nova realidade com base na velha realidade. Observando a Bíblia verificamos que seremos transformados (1 Coríntios 15:53-54). Ou seja, haverá uma transformação tanto da nossa realidade quanto de nosso corpo.
Essa transformação realizada por Deus em cada um, certamente é para vivermos a nova realidade do céu. Em minha visão, isso indica que a forma com que vamos encarar as coisas não será mais como quando estávamos em nosso corpo carnal (imperfeito), mas, agora, de uma forma melhor, no corpo espiritual. Isso, com certeza, nos ajudará a encarar da forma como Deus deseja as realidades tanto de reconhecer pessoas no céu quanto de conseguir lidar com o fato de alguns não terem ido para lá.
(4) Outro fato que pesa a favor do argumento de que vamos nos reconhecer no céu, é a parábola contada por Jesus sobre o rico e o mendigo (Lucas 16:19-31). Nessa parábola, o rico morre e vai para o inferno. O mendigo Lázaro morre e vai para o céu. O rico, olhando do inferno para o céu, reconhece o mendigo Lázaro e também Abraão (Lucas 16:23). Isso nos indica que existe ali certo reconhecimento de pessoas tanto no céu quanto no inferno. Evidentemente, essa história se trata de uma parábola de Jesus. Porém, não é plausível admitir que Jesus usaria uma mentira como pano de fundo de um de Seus ensinamentos.
(4) Outro fato que pesa a favor do argumento de que vamos nos reconhecer no céu, é a parábola contada por Jesus sobre o rico e o mendigo (Lucas 16:19-31). Nessa parábola, o rico morre e vai para o inferno. O mendigo Lázaro morre e vai para o céu. O rico, olhando do inferno para o céu, reconhece o mendigo Lázaro e também Abraão (Lucas 16:23). Isso nos indica que existe ali certo reconhecimento de pessoas tanto no céu quanto no inferno. Evidentemente, essa história se trata de uma parábola de Jesus. Porém, não é plausível admitir que Jesus usaria uma mentira como pano de fundo de um de Seus ensinamentos.
Ou seja, existem sim elementos verdadeiros usados por Jesus nessa parábola que nos indicam como será a realidade do céu. Sim, iremos nos reconhecer. Como Deus fara isso? Não sabemos ao certo, mas sabemos que será da forma como Deus quer, perfeita. A transformação realizada por Deus será perfeita ao ponto de o fato de nos reconhecermos ser uma bênção e não uma maldição.
(5) Algo também muito importante a se pontuar é que a vida eterna é uma continuidade da nossa vida e não uma interrupção dela para que comecemos algo como se nada nunca houvesse acontecido a cada pessoa.
(5) Algo também muito importante a se pontuar é que a vida eterna é uma continuidade da nossa vida e não uma interrupção dela para que comecemos algo como se nada nunca houvesse acontecido a cada pessoa.
Como receberemos os galardões citados na Bíblia se sequer saberemos do que se trata? Parece-me estranho pensar assim. Como um atleta poderia chegar ao pódio e, quando fosse receber a medalha, não saber porque está ali e o que aconteceu para que ele recebesse aquele prêmio? Da mesma forma no céu! Penso que saberemos sim das realidades que vivemos e saberemos glorificar a Deus de forma perfeita por isso. Dessa forma, vamos nos reconhecer no céu, sim.
Phonte: Esboçando Idéias
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