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sexta-feira, 8 de abril de 2016

Professor muçulmano que morreu defendendo cristãos é homenageado no Quênia

Professor muçulmano que morreu defendendo cristãos é homenageado no Quênia

Em dezembro de 2015 um professor muçulmano do Quênia, Salah Farah, colocou sua vida em perigo para proteger cristãos que foram atacados pelo grupo terrorista Al-Shabaab durante uma viagem de ônibus. Em janeiro deste ano, Farah faleceu devido aos ferimentos, deixando cinco filhos.

Porém, o ato de coragem do professor não será esquecido, pois na última semana, o presidente do Quênia o homenageou com um prêmio póstumo de grande honra do país, reconhecendo o valor da solidariedade de Farah.

No dia 21 de dezembro de 2015, um ônibus com mais de 60 passageiros viajava da capital do Quênia, Nairóbi, para a cidade de Mandera, quando um grupo de militantes islâmicos abordou o veículo com vários tiros, forçando o motorista a parar.

Os jihadistas, que foram reconhecidos como parte do grupo Al-Shabaab, entraram no ônibus e disseram para os cristãos se separarem dos muçulmanos, dando a chance para estes fugirem. Salah e outros muçulmanos que estava no ônibus se recusaram a se separar dos cristãos. “Ou você mata todos nós ou nos deixa em paz”, disse o professor, segundo uma entrevista feita a BBC antes de sua morte.

Segundo o Independent, o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, homenageou Salah Farah com a Ordem do Grande Guerreiro, anunciando o prêmio durante um discurso ao Parlamento do país, na última semana. “Ele morreu defendendo pessoas que ele não conhecia. Isso porque ele acreditava no direito da liberdade de crença e ele sabia que cada vida – independente de fé – é sagrada”, declarou o presidente.

Em depoimento ao jornal local Daily Nation, o irmão de Salah, Rasheed Farah, afirmou que a consideração do presidente para com a família de Salah vai além da homenagem. “Ele disse para eu não me preocupar, que o governo vai ajudar as crianças. Prometeu visitar a cidade para conhecê-los. Eu fico muito feliz com as homenagens. As pessoas precisam ser lembradas que somos um povo só″, disse Rasheed.

Salah Farah, que segundo o All Africa era o vice-reitor da Escola Primária do Distrito de Mandera, foi baleado pelos jihadistas quando defendeu os cristãos, e depois de passar por uma cirurgia em janeiro, não resistiu aos ferimentos. 

Antes de sua morte, Salah deu algumas entrevistas, e falando para o Voice of America, o professor muçulmano falou sobre a importância da paz: “Nós somos irmãos, a única diferença é a religião, então eu peço aos meus irmãos muçulmanos para cuidar dos cristãos, assim como peço aos cristãos para cuidar de nós, e vamos ajudar uns aos outros para vivermos juntos em paz”.

Em abril do ano passado, o grupo Al-Shabaab atacou a Universidade Garissa e deixou 148 mortos, em um massacre que durou 15 horas. O grupo é vinculado a Al-Qaeda, e costuma atacar o Quênia em retaliação às tropas militares quenianas presentes na Somália, além de lutar para instaurar um califado na região.

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