Achamos que a cruz é a vitória do diabo e que a ressurreição é a vitória de Deus. Não percebemos a mensagem da cruz como espaço da ação de Deus, tanto quanto a ressurreição. A cruz é o sinal da graça, da bondade e do amor de Deus.
Às vezes usamos cruz e ressurreição como coisas opostas. Porém, na cruz há triunfo do amor, da vitória, da não-vingança. Há triunfo do altruísmo de Jesus, há triunfo daquele que não se faz de vítima e acolhe aqueles que estão ao seu redor. Deus não age com base no jeito de ser do outro, mas sim nos atributos e nas virtudes dele mesmo.
Não reprovo que a igreja coloque uma cruz no templo, desde que aquela considere o que esta diz: Levo comigo a possibilidade de morte. O amor é santidade e serviço; não é apenas um sentimento profundo, mas também capacidade de entrega total. A marca da santidade da igreja está na sua capacidade de amar.
“Nisto, conhecerão todos que são meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo 8.31).
Comunicamos o amor de Deus com palavras e com obras. E o paradigma disso é a graça. Uma diaconia (serviço) fundamentada e inspirada pela graça não alimenta expectativas de troca. Quem ama age por conta dessa fonte inesgotável dentro de si mesmo. Os empobrecidos, espoliados e injustiçados não se tornam devedores dos serviços de misericórdia e justiça realizados pela igreja de Jesus Cristo. Uma diaconia batizada pela graça é um via de realização de mão dupla.
Quem tem acesso aos bens necessários à vida socializa, pela graça, esses bens e desfruta, pela mesma graça, dos bens virtuosos dos pobres. Os pobres têm me ajudado a entender melhor os códigos do evangelho. Eles têm tornado mais fácil para eu compreender a manjedoura e por que Jesus entrou em Jerusalém montado num jegue.
A partir dessa prática de serviço do Senhor, podemos pensar em filantropia, na educação, nas associações, nas cooperativas de comércio solidário, na promoção da justiça, na defesa das pessoas à margem da sociedade, na luta contra a exploração sexual infanto-juvenil e o abuso de crianças em suas próprias casas.
Somos uma gota d'água sobre um oceano de problemas, mas inevitavelmente a base da nossa missão social é o amor.
Fomos alcançados pelo amor de Deus, e como refluxo queremos amar uns aos outros. “Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco, em que Cristo Jesus morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Esse versículo diz respeito ao amor de Deus por nós, mas também é um desdobramento na nossa vida.
Por Pr. Carlos Queiroz
Comunicamos o amor de Deus com palavras e com obras. E o paradigma disso é a graça. Uma diaconia (serviço) fundamentada e inspirada pela graça não alimenta expectativas de troca. Quem ama age por conta dessa fonte inesgotável dentro de si mesmo. Os empobrecidos, espoliados e injustiçados não se tornam devedores dos serviços de misericórdia e justiça realizados pela igreja de Jesus Cristo. Uma diaconia batizada pela graça é um via de realização de mão dupla.
Quem tem acesso aos bens necessários à vida socializa, pela graça, esses bens e desfruta, pela mesma graça, dos bens virtuosos dos pobres. Os pobres têm me ajudado a entender melhor os códigos do evangelho. Eles têm tornado mais fácil para eu compreender a manjedoura e por que Jesus entrou em Jerusalém montado num jegue.
A partir dessa prática de serviço do Senhor, podemos pensar em filantropia, na educação, nas associações, nas cooperativas de comércio solidário, na promoção da justiça, na defesa das pessoas à margem da sociedade, na luta contra a exploração sexual infanto-juvenil e o abuso de crianças em suas próprias casas.
Somos uma gota d'água sobre um oceano de problemas, mas inevitavelmente a base da nossa missão social é o amor.
Fomos alcançados pelo amor de Deus, e como refluxo queremos amar uns aos outros. “Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco, em que Cristo Jesus morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Esse versículo diz respeito ao amor de Deus por nós, mas também é um desdobramento na nossa vida.
Por Pr. Carlos Queiroz
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