Apesar da tentativa, a Constituição da Síria até então exigia que os candidatos à presidência fossem muçulmanos. Dessa maneira, seria provável que a aplicação de Moussa fosse rejeitada pelo Tribunal Constitucional. A lei para as eleições de 2014, porém – que foi aprovada pelo Parlamento em março de 2013 –, não incluiu em seus parágrafos qualquer referência quanto à crença religiosa dos candidatos à presidência.
Mesmo assim, nesse domingo (04/05), o porta-voz do Tribunal Constitucional, Mayed Jadara, anunciou que o presidente da Síria, Bashar Al Assad, no cargo desde julho de 2000, irá disputar as eleições com dois candidatos: o deputado Maher Abdel Hafez Hayar, membro da oposição, e o ex-ministro Hassan Abdullah Al Nuri. A canditadura de Moussa não foi aceita. Essa será a primeira vez que as eleições presidenciais sírias terão mais de um candidato.
A lista oficial de candidatos ainda não foi divulgada. Independentemente desse fator, o vencedor mais provável destas eleições é o presidente Bashar Al-Assad. No final de abril, ele anunciou que iria disputar o terceiro mandato de presidência de 7 anos.
Recentemente, a Lei de Eleições Gerais na Síria foi alterada. O candidato presidencial deve ter pelo menos 40 anos de idade e ser de nacionalidade árabe-síria por ambos os pais. Também são permitidos candidatos casados com um não-sírio. O candidato que não tenha vivido na Síria durante pelo menos 10 anos também não é elegível.
Shamih Mikhael Moussa nasceu em Btaiha, em 1963, e é o primeiro cristão que tenta concorrer ao cargo de Presidente da República Árabe da Síria que, há três anos, vive em guerra civil e já causou mais de 150 mil mortes e deixou milhões de desalojados.
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