Dois homens mascarados e armados de Kalashnikov invadiram a redação do jornal satírico Charlie Hebdo em pleno centro de Paris nesta quarta-feira e mataram a tiros pelo menos doze pessoas – dez jornalistas e dois policiais -, deixando outras cinco feridas em estado grave.
O desenhista Stéphane Charbonnie, conhecido como Charb e incluído na lista de procurados da Al-Qaeda por suas caricaturas do profeta Maomé, está entre os mortos, assim como os cartunistas Jean Cabut (Cabu), Bernard Verlhac (Tignous), e Georges Wolinski. Uma frase de Charb ganha hoje a posteridade: “Prefiro morrer de pé do que viver de joelhos.”
O jornal já havia sido atacado em 2011, quando um suposto muçulmano fundamentalista atirou coquetel molotov na antiga sede, por conta da edição que trazia o profeta Maomé como editor-chefe, dizendo: “Cem chibatadas se vocês não morrerem de rir!”. Tratava-se de uma sátira à vitória do partido islâmico Ennhada, na Tunísia, com direito a um trocadilho com o nome da lei islâmica Sharia no título: “Charia Hebdo”.
“Especialistas” da Globo News como os professores William Gonçalves, da UFF, e Arlene Clemesha, da USP, já estão culpando as vítimas pela “irresponsabilidade”, o que é a maior de todas as irresponsabilidades pois legitima moralmente os ataques passados e futuros – e atenta contra a liberdade de expressão e de humor, como sói aos politicamente corretos e “multicuralistas” covardes do Ocidente, tolerantes com a intolerância alheia.
Mas nada assim que os faça chegar perto da frase proferida na ONU em 2012 pelo presidente dos EUA, Barack Hussein Obama, cujo programa de governo consiste em substituir a cultura americana tradicional pelo lixo “multiculturalista”:
“O futuro não pertence àqueles que difamam o profeta do Islã.”
De fato, não pertence mais nem aos que satirizam, como Charb, Cabu, Tignous e Wolinski.
Já imaginou se Rachel Sheherazade tivesse dito tal coisa?
Quando a apresentadora do SBT julgou nada mais que “compreensível” o caso do bandido amarrado no poste, Marcelo Freixo, Jandira Feghali e demais esquerdistas colocaram em sua conta os mortos em justiçamentos pelo Brasil, crimes dos quais se tem registros no país pelo menos desde a primeira metade do século XVIII.
Diante de uma frase expressa de forma muito mais grave, não vão culpar Obama por “incitação à violência” e “apologia do crime” também?
Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabra
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