Por Rev. Ronaldo P. Mendes
“o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.…” (Romanos 8.30)
A Justificação “é um ato da livre graça de Deus, no qual ele perdoa todos os nossos pecados e nos aceita como justos diante dele, somente por causa da justiça de Cristo a nós imputada, e recebida somente pela fé.” (Breve Catecismo de Westminster). O pecador que, por natureza, é inimigo de Deus, sendo justificado pela fé em Cristo pode desfrutar de uma completa e perfeita paz e harmonia com Deus (cf Romanos 5.1).
É um ato de um juiz, absolvendo alguém que é acusado de crime. Mas de qual crime o homem é acusado? A resposta está em Gêneses 3 onde está o relatado a desobediência de Adão, a queda da humanidade. O homem pecou e para ser justo diante de Deus é preciso pagar um preço, esse preço Deus cobrou em seu Filho Jesus Cristo. O homem está morto em seus delitos e pecados. Assim, para que esse homem possa viver, é necessário que Deus faça algo por ele, Deus o torna justo através da obra de Cristo (cf Rm 3.23-24).
O Senhor, por sua graça, atribui ao pecador que é culpado e condenado, mas eleito em Cristo, a retidão perfeita de Deus. Ele o absolve nos méritos de Jesus de toda a culpa e castigo, e lhe dá um direito a vida eterna. Nós não temos penalidade a pagar pelo pecado, incluindo os pecados do presente, do passado e do futuro.
Aos nossos olhos parece-nos injustiça por parte do juiz. Mais é um julgamento justo, pois a sua base é a justiça de Cristo o nosso representante que obedeceu a lei que nos sujeitava e suportou o pior castigo para pagar a nossa dívida.
Justificação segundo o Antigo Testamento
No Antigo Testamento, o conceito de justiça aparece com frequência em contextos forenses ou jurídicos. Uma pessoa justa é a que foi declarada sem culpa pelo juiz. A tarefa do juiz é condenar o culpado e absolver o inocente. Deus é juiz de todos: “porque sustentas o meu direito e a minha causa; no trono te assentas e julgas retamente.” (Salmo 9.4). Segundo o Antigo testamento, justificar implica certificar que a pessoa é inocente e, depois declarar que o fato é verdadeiro, que ela cumpriu a lei.
No texto de Deuteronômio lemos: “Em havendo contenda entre alguns, e vierem a juízo, os juízes os julgarão, justificando ao justo e condenando ao culpado” (25.1). Nesse caso “justificar” significa “declarar justo” ou inocente, assim como “condenar” significa “declarar culpado”.
Aos nossos olhos parece-nos injustiça por parte do juiz. Mais é um julgamento justo, pois a sua base é a justiça de Cristo o nosso representante que obedeceu a lei que nos sujeitava e suportou o pior castigo para pagar a nossa dívida.
Justificação segundo o Antigo Testamento
No Antigo Testamento, o conceito de justiça aparece com frequência em contextos forenses ou jurídicos. Uma pessoa justa é a que foi declarada sem culpa pelo juiz. A tarefa do juiz é condenar o culpado e absolver o inocente. Deus é juiz de todos: “porque sustentas o meu direito e a minha causa; no trono te assentas e julgas retamente.” (Salmo 9.4). Segundo o Antigo testamento, justificar implica certificar que a pessoa é inocente e, depois declarar que o fato é verdadeiro, que ela cumpriu a lei.
No texto de Deuteronômio lemos: “Em havendo contenda entre alguns, e vierem a juízo, os juízes os julgarão, justificando ao justo e condenando ao culpado” (25.1). Nesse caso “justificar” significa “declarar justo” ou inocente, assim como “condenar” significa “declarar culpado”.
O Antigo Testamento emprega duas diferentes formas da mesma palavra (hidsdik e tsiddek) para expressar esta idéia. Estas palavras não indicam, exceto em algumas passagens, uma mudança moral efetuada por Deus no homem, mas designam regularmente uma declaração divina com referência ao homem. Exprimem a idéia de que Deus na competência de Juiz declara o homem justo. Por isso o pensamento que expressam é muitas vezes em oposição ao da condenação (Dt. 25.1; Pv 17.15; Is. 5.23).
Justificação segundo o Novo Testamento
No Novo testamento os termos usados para justificação, no grego, são: Dikaios (justo); Dikaiosis (justificação, defesa, reclamação dum direito); Dikaioo (tratar como justo, inocentar”, “declarar justo”.).
O verbo dikaio tem o mesmo significado que o hebraico Kadoshi (santo). Não refere à retidão moral da pessoa, mas ao estado de retidão que é o resultado da decisão judicial ou legal.
Podemos encontrar esse termo nos escritos do apóstolo Paulo: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica” (Romanos 4.5); “sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,” (Romanos 3.24). A justificação está alicerçada sobre a obediência da vida inteira de Cristo, na qual ele cumpriu os preceitos de Deus por nós, em sua morte na cruz, quando pagou a pena do julgamento divino que era contra nós.
O sentido mais comum do verbo Dikaios é de “declarar justo”, e os escritos de Paulo trazem esse significado: “Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça.” (Romanos 4.5). Aqui Paulo não quer dizer que Deus torna justo os ímpios (transformando-os inteiramente e tornando-os moralmente perfeitos), mas em reposta à fé deles.
Justificação segundo o Novo Testamento
No Novo testamento os termos usados para justificação, no grego, são: Dikaios (justo); Dikaiosis (justificação, defesa, reclamação dum direito); Dikaioo (tratar como justo, inocentar”, “declarar justo”.).
O verbo dikaio tem o mesmo significado que o hebraico Kadoshi (santo). Não refere à retidão moral da pessoa, mas ao estado de retidão que é o resultado da decisão judicial ou legal.
Podemos encontrar esse termo nos escritos do apóstolo Paulo: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica” (Romanos 4.5); “sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,” (Romanos 3.24). A justificação está alicerçada sobre a obediência da vida inteira de Cristo, na qual ele cumpriu os preceitos de Deus por nós, em sua morte na cruz, quando pagou a pena do julgamento divino que era contra nós.
O sentido mais comum do verbo Dikaios é de “declarar justo”, e os escritos de Paulo trazem esse significado: “Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça.” (Romanos 4.5). Aqui Paulo não quer dizer que Deus torna justo os ímpios (transformando-os inteiramente e tornando-os moralmente perfeitos), mas em reposta à fé deles.
A justificação é uma declaração legal por parte de Deus: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós” (Romanos 8.33-34).
Um exemplo de declaração de justificação está em Lucas 18.9-14, onde Jesus ensinando, conta a parábola do farizeu e publicano, encontramos ali características de dois homens diante de Deus, o fariseu não foi justificado porque confiava em seus esforços, porém o publicano voltou para casa justificado, a idéia é que ele “foi feito justo” por Deus, o próprio Deus o justificou.
De acordo com o Novo Testamento, a justificação é uma ação forense ou declarativa de Deus, como a de um juiz absolvendo o acusado. E isso pode ser observado: “e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés.” (Atos 13.39); “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” ( I Coríntios 6.11).
Em I Coríntios 1.30 lemos: “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,”, Jesus é “justiça” dikaiosúnê, esse é um dos benefícios que Cristo nos trouxe através de sua morte e ressurreição. A totalidade da justiça pessoal de Cristo é imputada a nós e considerada como nossa.
Um exemplo de declaração de justificação está em Lucas 18.9-14, onde Jesus ensinando, conta a parábola do farizeu e publicano, encontramos ali características de dois homens diante de Deus, o fariseu não foi justificado porque confiava em seus esforços, porém o publicano voltou para casa justificado, a idéia é que ele “foi feito justo” por Deus, o próprio Deus o justificou.
De acordo com o Novo Testamento, a justificação é uma ação forense ou declarativa de Deus, como a de um juiz absolvendo o acusado. E isso pode ser observado: “e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés.” (Atos 13.39); “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” ( I Coríntios 6.11).
Em I Coríntios 1.30 lemos: “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,”, Jesus é “justiça” dikaiosúnê, esse é um dos benefícios que Cristo nos trouxe através de sua morte e ressurreição. A totalidade da justiça pessoal de Cristo é imputada a nós e considerada como nossa.
Deus apaga as nossas transgressões, e dos nossos pecados ele não se lembra; somos feitos justiça de Deus em Jesus, que é o fim da lei para a justiça de todo aquele que crê. A aliança das obras está cumprida em Cristo, algo que jamais conseguiríamos cumprir. Aos olhos de Deus somos justos, porque somos justificados em Cristo.
Onde Adão caiu Cristo veio cumprir: “Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante.” (I Coríntios 15.45). Faz parte da própria essência do evangelho insistir que Deus nos declara justos não com base em nossa atual condição de justiça ou santidade, mas com base na perfeita justiça de Cristo, a qual ele considera pertencente a nós.
O instrumento da justificação
A teologia protestante afirma que a fé é causa instrumental da justificação no sentido em que a fé é o meio pelo qual os méritos de Cristo são apropriados a nós. “A fé, assim recebendo e assim se firmando em Cristo e em sua justiça, é o único instrumento de justificação; ela, contudo, não está sozinha na pessoa justificada, mas sempre anda acompanhada de todas as demais graças salvíficas; não é uma fé morta, mas a fé que age pelo amor.” (Confissão de Fé de Westminster)
A Bíblia diz que não somos justificados por nossas próprias boas obras, mas pelo que é acrescentado pela fé, ou seja, a justiça de Cristo. Deus transferiu a nós a justiça de Cristo. E o apóstolo Paulo nos ensina como ocorre a justificação: “sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.” (Gálatas 2.16). Paulo indica que a fé vem primeiro com o propósito de sermos justificados.
As Escrituras nunca dizem que somos justificados por causa da bondade inerente da nossa fé, como se ela tivesse mérito diante de Deus. Nunca nos permitamos pensar que nossa fé por si só merece favor de Deus. Antes, as Escrituras dizem que somos justificados “mediante” nossa fé, dando a entender que a fé é o instrumento pelo qual a justificação nos é dada, mas em nenhuma hipótese uma atividade que obtenha o favor de Deus. Ao contrário, nós somos justificados unicamente por causa dos méritos da obra de Cristo ( Romanos 4.23-25).
Em Palavra de Deus nos mostra o motivo e o modo de justificação para o pecador: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, …” (Romanos 3.23-25), aqui temos a causa instrumental da justificação do homem caído “mediante a fé”, ou “através da fé”.
Não pensemos nós, que o termo “causa instrumental” está dizendo que justificação depende do homem, pois tudo é dom de Deus: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;” (Efésios 2.8).
Quando as Escrituras falam da justificação pela obediência ou pelo sangue de Cristo, a fé está subentendida; do contrário, as passagens que falam de justificação pela fé não teriam sentido. Da mesma maneira, quando falam de justificação pela fé, ficam subentendidos o sangue e a obediência, ou não teria sentido dizer “justificado por seu sangue”; “pela obediência de um só, muitos serão justificados.” O que Cristo fez e sofreu e, também, a nossa fé em Cristo são necessários para efetuar a nossa justificação.
A fé é o oposto exato em confiar em si mesmo, ela é o meio pelo qual o injusto se torna justo diante do tribunal de Deus. A fé não é a base para a justificação. Caso fosse, o homem teria mérito. O homem nunca foi salvo por obras, mas sim por fé, é o exemplo de Abraão: “Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça.” (Romanos 4.3).
Em suma, por causa instrumental entendemos que a fé é o meio pelo qual o homem é justificado, mas não é a causa da justificação. Ela é um dom de Deus, sendo assim o homem não tem nenhum mérito na justificação, pois “…é Deus quem Justifica…” (Romanos 8.33).
Para concluirmos essa breve consideração sobre a justificação, é necessário lembrarmos de que é Deus o autor da justificação do homem, pois ele é injusto diante de Deus. A justificação é a declaração legal no tribunal de Deus onde ele remove a culpa do pecado do homem, pagando a sua penalidade. É um ato de um juiz, absolvendo alguém que é acusado de crime.
No Antigo Testamento, justificação tem a idéia forense ou jurídica. Uma pessoa justa é a que foi declarada sem culpa pelo juiz. É certificar que a pessoa é inocente e, depois declarar que o fato é verdadeiro, que essa pessoa cumpriu a lei. No Novo Testamento, o termo “justificar” denota “declarar justo”, assim como no Antigo Testamento, a justificação é declaração legal por parte de Deus. E isso é por meio da fé, a causa instrumental, o meio pelo qual somos justificados, mas a fé não é a causa da nossa justificação. Ela não é a base para a justificação, mais sim os méritos de Cristo: “E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.” (Gálatas 3.11).
A Deus toda honra e glória!
_____________
Para saber mais sobre o assunto, recomendo a leitura de alguns livros:“Justificação pela fé somente” (Joel R. Beeke, John Armstrong, John Gerstner, John MacArthur, RC Sproul), “Introdução à Teologia Sistemática (Millard J. Erickson), Justificação pela graça (Charles Haddon Spurgeon), Manual de Teologia Cristã (Louis Berkhof).
Fonte: Solus Christus
Onde Adão caiu Cristo veio cumprir: “Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante.” (I Coríntios 15.45). Faz parte da própria essência do evangelho insistir que Deus nos declara justos não com base em nossa atual condição de justiça ou santidade, mas com base na perfeita justiça de Cristo, a qual ele considera pertencente a nós.
O instrumento da justificação
A teologia protestante afirma que a fé é causa instrumental da justificação no sentido em que a fé é o meio pelo qual os méritos de Cristo são apropriados a nós. “A fé, assim recebendo e assim se firmando em Cristo e em sua justiça, é o único instrumento de justificação; ela, contudo, não está sozinha na pessoa justificada, mas sempre anda acompanhada de todas as demais graças salvíficas; não é uma fé morta, mas a fé que age pelo amor.” (Confissão de Fé de Westminster)
A Bíblia diz que não somos justificados por nossas próprias boas obras, mas pelo que é acrescentado pela fé, ou seja, a justiça de Cristo. Deus transferiu a nós a justiça de Cristo. E o apóstolo Paulo nos ensina como ocorre a justificação: “sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.” (Gálatas 2.16). Paulo indica que a fé vem primeiro com o propósito de sermos justificados.
As Escrituras nunca dizem que somos justificados por causa da bondade inerente da nossa fé, como se ela tivesse mérito diante de Deus. Nunca nos permitamos pensar que nossa fé por si só merece favor de Deus. Antes, as Escrituras dizem que somos justificados “mediante” nossa fé, dando a entender que a fé é o instrumento pelo qual a justificação nos é dada, mas em nenhuma hipótese uma atividade que obtenha o favor de Deus. Ao contrário, nós somos justificados unicamente por causa dos méritos da obra de Cristo ( Romanos 4.23-25).
Em Palavra de Deus nos mostra o motivo e o modo de justificação para o pecador: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, …” (Romanos 3.23-25), aqui temos a causa instrumental da justificação do homem caído “mediante a fé”, ou “através da fé”.
Não pensemos nós, que o termo “causa instrumental” está dizendo que justificação depende do homem, pois tudo é dom de Deus: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;” (Efésios 2.8).
Quando as Escrituras falam da justificação pela obediência ou pelo sangue de Cristo, a fé está subentendida; do contrário, as passagens que falam de justificação pela fé não teriam sentido. Da mesma maneira, quando falam de justificação pela fé, ficam subentendidos o sangue e a obediência, ou não teria sentido dizer “justificado por seu sangue”; “pela obediência de um só, muitos serão justificados.” O que Cristo fez e sofreu e, também, a nossa fé em Cristo são necessários para efetuar a nossa justificação.
A fé é o oposto exato em confiar em si mesmo, ela é o meio pelo qual o injusto se torna justo diante do tribunal de Deus. A fé não é a base para a justificação. Caso fosse, o homem teria mérito. O homem nunca foi salvo por obras, mas sim por fé, é o exemplo de Abraão: “Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça.” (Romanos 4.3).
Em suma, por causa instrumental entendemos que a fé é o meio pelo qual o homem é justificado, mas não é a causa da justificação. Ela é um dom de Deus, sendo assim o homem não tem nenhum mérito na justificação, pois “…é Deus quem Justifica…” (Romanos 8.33).
Para concluirmos essa breve consideração sobre a justificação, é necessário lembrarmos de que é Deus o autor da justificação do homem, pois ele é injusto diante de Deus. A justificação é a declaração legal no tribunal de Deus onde ele remove a culpa do pecado do homem, pagando a sua penalidade. É um ato de um juiz, absolvendo alguém que é acusado de crime.
No Antigo Testamento, justificação tem a idéia forense ou jurídica. Uma pessoa justa é a que foi declarada sem culpa pelo juiz. É certificar que a pessoa é inocente e, depois declarar que o fato é verdadeiro, que essa pessoa cumpriu a lei. No Novo Testamento, o termo “justificar” denota “declarar justo”, assim como no Antigo Testamento, a justificação é declaração legal por parte de Deus. E isso é por meio da fé, a causa instrumental, o meio pelo qual somos justificados, mas a fé não é a causa da nossa justificação. Ela não é a base para a justificação, mais sim os méritos de Cristo: “E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.” (Gálatas 3.11).
A Deus toda honra e glória!
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Para saber mais sobre o assunto, recomendo a leitura de alguns livros:“Justificação pela fé somente” (Joel R. Beeke, John Armstrong, John Gerstner, John MacArthur, RC Sproul), “Introdução à Teologia Sistemática (Millard J. Erickson), Justificação pela graça (Charles Haddon Spurgeon), Manual de Teologia Cristã (Louis Berkhof).
Fonte: Solus Christus
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