Enquanto o Islã cresce através da reprodução em escala industrial da seus seguidores através do nascimento de mais crianças, o papa Francisco aconselha que os católicos não se reproduzam!
Francisco apelou à "responsabilidade" dos pais no que diz respeito ao planeamento familiar, lembrando que a Igreja Católica defende os métodos naturais para o controlo da natalidade.
A visita do Papa Francisco às Filipinas foi intensa, tendo como ponto alto a missa realizada no último domingo em Manila, à qual assistiram cerca de seis milhões de pessoas. Mas nesta deslocação até houve espaço, nas viagens de avião de ida e volta, para o Sumo Pontífice prestar algumas declarações mais polémicas.
Depois de ter defendido que as religiões não podem ser alvo de ofensas e que há limites para a liberdade de expressão, dizendo que se por exemplo o doutor Gasbarri [que organiza as viagens papais] ofendesse a sua mãe lhe daria um "murro", declarações produzidas no trajeto de Roma para o país asiático, o Papa disse esta segunda-feira, no seu regresso ao Vaticano, que os "católicos não devem reproduzir-se como coelhos".
Segundo o chefe supremo da Igreja Católica, os pais devem ser "responsáveis" e apostar no planeamento familiar, lembrando que há métodos naturais para controlar os nascimentos, além do uso de preservativos.
"Algumas pessoas pensam - desculpem a expressão - que para serem bons católicos é preciso reproduzirem-se como coelhos. E não é verdade. A parentalidade deve ser sinónimo de responsabilidade. Que isso seja claro", declarou Francisco na habitual conferência de imprensa a bordo do avião papal.
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O Papa deu como exemplo uma mulher que conhecera grávida do oitavo filho e que em todos os partos fez uma cesariana. "Isso é irresponsabilidade. Ela dizia: 'Eu confio em Deus', mas eu disse-lhe que Deus nos concedeu os meios para sermos responsáveis".
Francisco sublinhou ainda que os demógrafos defendem que cada casal deve ter no máximo três filhos, criticando os países menos desenvolvidos onde a prática habitual aponta para mais descendentes, condenando-os à pobreza. Contudo, apontou também o dedo aos países ricos e às organizações internacionais, que considera quererem influenciar o estilo de vida e a moral dos países mais pobres.
"Todas as pessoas merecem conservar a sua identidade sem serem colonizados ideologicamente", declarou Francisco, acrescentando que "um filho é um tesouro".
O Papa referia-se às organizações não-governamentais que, por exemplo, distribuem preservativos à população ou outros organismos que discriminam os homossexuais.
Contra as vozes mais progressistas da Igreja Católica, Francisco, que até tem demonstrado alguma abertura face aos temas mais controversos, fez nesta viagem uma clara apologia da família, condenando os "ataques" que são feitos à instituição e os casamentos entre homossexuais, que considera que vão contra "o plano de criação de Deus". "A abertura para a vida é uma condição do sacramento do matrimónio [entre pessoas de sexos diferentes] ", afirmou.
O períplo do Papa pela Ásia começou no Sri Lanka e terminou nas Filipinas, onde permaneceu cinco dias.
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