Hipocrisia para muitos é algo antigo, encontrada nas histórias antigas, inclusive na Bíblia.
Quando buscamos saber o significado desta expressão, a Enciclopédia Barsa de língua Portuguesa assim a descreve: “manifestação de fingidas virtudes, sentimentos bons, devoção religiosa, compaixão”; já o Novo Testamento apresenta a palavra grega “υποκριτης” – “hupokrites” um ator, artista de teatro, dissimulador, impostor.
É intrigante ver as muitas formas de expressar, apresentar o significado desta palavra, pois, ossa sociedade moderna vive uma impactante hipocrisia. Veja, por exemplo: um médico ao concluir seu curso de medicina realiza um juramento solene de que em quaisquer circunstâncias a vida terá a maior importância.
Não generalizando, mas, se uma pessoa não tiver dinheiro não é atendida, nem mesmo socorrida. Também existem os líderes políticos que se usam do discurso como atores que representam um papel até que se deixam corromper pelo poder, dinheiro.
Estas são realidades incontestáveis. Ronaldo Lidório em seu artigo intitulado “Nada que tocamos é eterno”, salienta a capacidade que adquirimos em confeccionar máscaras, estas de engano e o pior: algumas de autoengano.
Mencionar hipocrisia em outras partes de nossa sociedade é fácil, mas abordar o tema em um contexto cristão é tão impactante quanto assustador, sendo algo tão real em nossos dias. Apropriando-me das sábias palavras de Lidório, nos tornamos criadores de máscaras, para aparentarmos, atuarmos frente aos demais, sem permitir que realmente nos conheçam.
Observe quando os fariseus trouxeram a mulher apanhada no ato de adultério. Eles apresentaram a mulher pedindo que a mesma fosse apedrejada como mandava a Lei. Se nos damos conta, o adúltero está junto com ela naquele exato momento, mas o fingimento, a aparência, a máscara não permitiu revelar a verdade. Em nossos dias é diferente? Líderes cristãos aparentando o que não são, enganando aos outros, a si mesmos, mas nunca enganando a Deus.
Subimos aos púlpitos de grandes catedrais, palcos gigantescos e falamos de amor ao próximo, mas ao descer fazemos totalmente diferente; falamos de perdão, mas não conseguimos perdoar; falamos de misericórdia, no entanto, não exercitamos o mínimo de misericórdia. Pregamos em alcançar os que estão perdidos, porém, não fazemos nada para que isso aconteça.
O que está acontecendo com aqueles que se dizem ser cristãos? O que acontece com líderes cristãos que vivem longe daquilo que professam? Nosso Mestre censurou severamente os religiosos hipócritas de sua época, deixando registrado em sua Palavra (Bíblia), os fatos para nos ensinar a importância de sermos verdadeiros.
É preciso tirar a máscara.
Em Lucas 18.10-14, Jesus apresenta exatamente a necessidade que cada um tem de tomar uma decisão. Enquanto o cobrador de impostos tirou sua máscara e humilhou-se, um religioso (hipócrita) permanece usando sua máscara. A conclusão é lógica: o cobrador de impostos foi alcançado por um poder transformador, quando retirou a mascara, já o nosso religioso devoto continuou usando sua máscara diante de todos, onde permanecia em sua posição diante dos demais. No entanto, aos olhos do Senhor permaneceu culpado, por ocultar-se atrás de sua máscara.
Em que posição eu e você nos encontramos? A verdade única é que se decidimos tirar a máscara temos a oportunidade de perdão, de restauração.
Pr. Moisés Rodrigues
Pr. Moisés RodriguesLíder do Departamento de Missões da CBC
Pastor Presidente da Igreja Batista Conservadora de Condor - RS
Fonte: Portal Batista
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