Unico SENHOR E SALVADOR

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sábado, 9 de novembro de 2013

“Evangélicos são otários”: O combate à cultura da morte diante do oportunismo de certos católicos


Rev. Alberto Thieme
O padre Paulo Ricardo dá boas instruções sobre marxismo cultural, a cultura da morte, os planos da ONU e do PT para fazerem do Brasil um país totalmente submisso à ONU repleto de abortos, “casamentos” gays, opressão econômica e perseguição contra os cristãos. 
Mas para o público evangélico e outros não católicos, será que ele seria o homem mais indicado? Há dúvidas de que a luta de certos católicos contra a supremacia política e cultural da esquerda tem ainda outra meta motivação: substituir a supremacia socialista pelo autoritarismo católico no Brasil.
Evangélicos otários, segundo Pe. Paulo Ricardo

O que é notório é que esses católicos com outras motivações estão usando a reação conservadora para ganhar devotos para suas santas e outros ídolos. Eles não hesitam, por exemplo, de jogar no lixo a união entre evangélicos e católicos no combate cultural e político, simplesmente para atacar evangélicos e exaltar aquelas várias doutrinas que, sabemos, não tem a menor fundamentação na Palavra de Deus.
Vamos a alguns exemplos.
O padre que já chamou os evangélicos de otários por não rezarem para os santos católicos (http://is.gd/YHh1fg) tem sido convidado pela bancada evangélica para dar palestras. Cuidado, evangélicos. Ele tem boas justificativas para explicar por que um de seus santos preferidos, o padre Pio de Pietrelcina, apanhava do diabo (http://is.gd/3qMPzr). 
Se vocês não querem apanhar do demônio, não ouçam os conselhos espirituais do padre Paulo. Se o ídolo dele não sabia usar a autoridade do nome de Cristo contra o poder das trevas, imaginem ele. O que ele pode é explicar por que vocês apanharam do diabo, quando for tarde demais. E pode ainda chamá-los de otários, afinal, vocês não adoram santos que apanham de demônios.
Em outro artigo ( http://is.gd/2M7hf8 ) em seu site, o Pe. Paulo tem o descaramento de afirmar que a Igreja Católica nunca proibiu a leitura de Bíblia. Assim ele abre o texto:
“Embora a Igreja Católica nunca tenha proibido a leitura das Sagradas Escrituras por quem quer que fosse”.
E lá no meio:
“A Igreja, então, no Concílio de Trento, restringiu a leitura das sagradas Escrituras, por razões bem específicas”.
Não é contraditório? Vale tudo para reescrever a história conforme melhor lhe pareça? Podem rir, mas ainda não acabou:
“Nos dias atuais, esse decreto pode soar como intolerante ou como uma restrição dos direitos da pessoa. Contudo, analisando este posicionamento da Igreja de forma católica, ou seja, com o olhar católico, é possível perceber a coerência utilizada, pois, a Igreja é mãe de todo católico”.
Com base em ‘seu olhar católico’, ele chama os evangélicos de otários e depois quer dar instruções aos otários.
Vejam a malandragem: primeiro, nega que a Igreja Católica proibiu a leitura da Bíblia. Depois, se contradiz totalmente, defendendo a proibição. Se a primeira lorota não cola, ele tenta a segunda.
A proibição da leitura da Bíblia pelos padres era tão praticada na minha infância e adolescência que em um lugarejo próximo a  Apucarana, Paraná, chamado Barreiro próximo da fazenda onde nasci, todo ano tinha uma festa especial onde a “água aguardente (pinga mesmo)” rolava solta, e em certo momento, o padre perguntava quem tinha trazido as bíblias que tinham ganhado dos evangélicos. 
Então, uma fogueira “santa” era feita com os exemplares coletados. Isso ocorreu por vários anos e eu e minha família, quando éramos católicos, participavamos com outros católicos da citada fogueira “santa”do padre daquele lugarejo, em pleno século XX. E duvido que não haja ainda lugares longínquos onde a prática ainda continue. 
Tal “queima” de Bíblias era feita de propósito, pois os padres sabem que quem ler a Bíblia, mais cedo ou mais tarde acaba conhecendo a verdade sobre as crassas falhas do Catolicismo.
Outra caricaturização maldosa dos protestantes: nesse mesmo texto (acompanhado de vídeo) o Pe. Paulo Ricardo compara os evangélicos aos antigos cátaros, seita esquisita, cheia de gnosticismo e crenças bizarras. Os cátaros seriam, segundo ele, os precursores do protestantismo. É claro que ele não conta que os católicos dizimaram os cátaros. Tudo em nome da fé, amor e virtudes católicas…
E se não aceitarmos a comparação que entre cátaros e evangélicos, somos “otários”.
Outro exemplo:
Em outro vídeo (http://is.gd/Q9CLBh) a conclusão que resta é: você só pode ler a Bíblia se ceder para a interpretação católica. E pior: o padre Paulo Ricardo mente descaradamente afirmando que o livre exame das Escrituras, que ele apresenta como uma doutrina da Reforma protestante, significa que qualquer pessoa pode interpretar as Escrituras do jeito que ela quiser. 
Qualquer pessoa, mesmo não cristã, com um mínimo de QI sabe que seria impossível a tamanha unidade doutrinária que há entre a maior parte das denominações evangélicas se livre exame significasse livre interpretação. Ele se esqueceu do método de interpretação da Bíblia que deve ser feito através dela mesma.
O Pe. Paulo está está firmemente decidido a usar o movimento conservador para exaltar a Igreja Católica, desmoralizando o evangelicalismo brasileiro, mesmo que para alcançar seu objetivo ele precise recorrer a ideias falsas e contraditórias. E até ao xingamento puro e simples, como já fez. Se você não aceitar as contradições dele, ou a caricatura que ele faz da Igreja Católica como instituição pura e imaculada, você é um “protestante otário”.
O mesmo problema ocorre com a Inquisição. Como é inegável que a Inquisição ocorreu, dizem: “não foi bem assim”. Ainda que não tenha sido, a vergonha permanece, e então resta-lhes defendê-la. Quem acompanhou o mais recente embate entre Julio Severo e alguns católicos, sabe que o que afirmo é verdadeiro. Eles AINDA defendem a Inquisição. 
E para todo evangélico, Inquisição só tem um significado: morte aos protestantes. Mesmo com esse cheiro de morte de protestantes, eles a defendem. Mesmo depois que o papa João Paulo II pediu perdão ao mundo por causa da Inquisição, os católicos mais histéricos e fanáticos a continuam defendendo.
Os “otários” têm de engolir tudo isso e ficar quietos.
O mais ridículo nisso tudo é que eles fincam o pé em suas posições absurdas, mas o próprio padre Paulo exalta o Concílio Vaticano II, que tem entre seus principais documentos a Encíclica Lumen Gentium, que declara:
“Com efeito, aqueles que, ignorando sem culpa o Evangelho de Cristo, e a Sua Igreja, procuram, contudo, a Deus com coração sincero, e se esforçam, sob o influxo da graça, por cumprir a Sua vontade, manifestada pelo ditame da consciência, também eles podem alcançar a salvação eterna”.
Como poderemos ter dois tipos de orientação espiritual contraditórias? A Bíblia contradiz a tradição em muitos pontos porque a tradição foi criada através dos séculos e a Bíblia como está foi escrita há milênios atrás.
Ou seja: pela Encíclica Lumen Gentium, ninguém precisa nem ser cristão. Basta acreditar em Deus e tentar ser “uma boa pessoa”. Não sei o quê os católicos farão com a sentença marcante do Senhor Jesus Cristo: “ninguém vem ao Pai senão por mim” e as palavras de Paulo: “Sois salvos pela Graça, mediante a fé e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das “obras” para que ninguém se glorie, pois somos feituras suas, criadas em Cristo Jesus para as boas obras” (Efésios 2:8-10). A Bíblia é clara: a pratica das boas obras não salva, mas deve ser consequência da salvação obtida pela graça mediante  a fé.
Será que não temos bons líderes evangélicos livres de ranços e tramóias esquerdistas, e que conheçam de forma profunda a real situação do Brasil e as reais implicações da guerra política, cultural e espiritual que se trava nesta nação?
Será que temos a humildade para ouví-los? Para ouvir católicos, temos humildade e cabeça baixa em excesso, até mesmo quando somos xingados de “otários”. A união entre católicos e evangélicos contra o aborto ainda está em pé? Está, mas cabe aos evangélicos apresentar firmeza em seus princípios, no nível do testemunho, da inteligência apologética, e da prudência na atuação política. E na ousadia em chamar o pecado de pecado, onde ele estiver.
Se silenciarmos, os católicos mais afoitos continuarão falando, exaltando sua igreja em eventos pró-vida, e, pior, nos tratando mal debaixo do nosso silêncio e covardia.
Querem nos chamar de “otários” ou defender a Inquisição que tantos evangélicos matou? Não tenham a cara-de-pau de fazer preleções em eventos pró-vida dizendo que combatem o marxismo cultural quando sua real motivação é implantar no Brasil a supremacia católica, às custas dos evangélicos que lutam humildemente em união calados, nada falando sobre espiritualidade, a fim de não causar divisão na luta contra o socialismo. Infelizmente, o silêncio deles tem aberto muito espaço para o oportunismo de alguns católicos radicais.
Mas talvez sejamos mesmo “otários”. Eles nos xingam exatamente disso, para exaltar seus santos e santas e sua igreja, e ainda lhes damos lugar de honra em nosso meio, no meio dos “otários”, para nos converter para sua religião, nem que para isso usem e abusem do movimento conservador.
Ô destino cruel dos “otários, não Padre Paulo?
Rev. Alberto Thieme: Atuando em Missões urbanas e transcultural desde 1970, pastor fundador de quatro igrejas, fundador com sua esposa Abgail Thieme de dois Orfanatos, suporte a favelados com alimentação, ensino da Palavra de Deus, tendo como coordenadora destes projetos, sua esposa, Abgail Thieme, com quem teve 5 filhos. 
Adotou um casal, sendo o rapaz africano, hoje com doutorado em Teologia e Filosofia. Foi preletor do Instituto Haggai de Liderança Avançada sobre  “O papel social da Igreja” e “Evangelismo”, Palestrante em ONGs e Associações de recuperação de dependentes químicosalcoólatras  prostitutas e homossexuais. Em sua estada nos EUA por anos, foi eleito Presidente do Conselho de Pastores Brasileiros de Dallas (e cidades vizinhas), no Texas, EUA, cargo que ocupa até este ano 2013.

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