Resposta do governo de Dilma Rousseff: silêncio
Julio Severo
Líderes estudantis venezuelanos vieram ao Brasil para revelar os graves abusos de direitos humanos cometidos pelo sucessor de Hugo Chávez, Nicolás Maduro. Eles também denunciaram a intromissão de Cuba na Venezuela. O objetivo de sua curta missão no Brasil é bem simples: pedir socorro ao Brasil.
Gabriel Lugo: presidente do Centro de Estudantes de Arquitetura da Universidade Central da Venezuela, campus de Barquisimeto.
Eusebio Costa: presidente de Centro de Estudantes da Universidade Católica Santa Rosa, de Caracas.
José Martínez: conselheiro da Faculdade de Ciências Jurídicas e Políticas da Universidade Central da Venezuela, Caracas.
Eusebio Costa: presidente de Centro de Estudantes da Universidade Católica Santa Rosa, de Caracas.
José Martínez: conselheiro da Faculdade de Ciências Jurídicas e Políticas da Universidade Central da Venezuela, Caracas.
Eles chegaram ao Brasil na segunda-feira à noite. Na terça-feira, estiveram na Universidade de São Paulo (USP). Ali, estudantes brasileiros a favor do chavismo protestaram contra os jovens venezuelanos e houve certa tensão.
Eles vieram ao Brasil com muito sacrifício. Outros estudantes na Venezuela fizeram vaquinhas e pessoas da sociedade também ajudaram para que eles pudessem comprar a passagem
Eles viriam em cinco, mas um foi preso antes de embarcarem para o Brasil e outro, receoso, não embarcou. No final, só vieram três.
Eles vieram para buscar ajuda na USP e no Congresso Nacional. Devido ao radicalismo esquerdista na USP, o grito de socorro deles mal foi ouvido.
No Congresso eles só tiveram apoio e espaço, além do PSC, graças à intervenção do Dep. Aroldo Oliveira e da Dra. Damares Alves. Com a documentação dos jovens, o deputado denunciou da tribuna (neste vídeo http://youtu.be/VG39uyvGRUA) o massacre de cidadãos venezuelanos nas mãos de um dos regimes mais tirânicos do continente americano.
Segundo sua denúncia, desde a instalação do regime chavista na Venezuela mais de 200 mil venezuelanos foram mortos.
Através da voz do Dep. Arolde, o grito de socorro de três jovens cristãos venezuelanos foi ouvido dentro do Congresso Nacional.
A agenda e organização desses estudantes em Brasília foi feita pelo Partido Social Cristão (PSC). Tudo cuidadosamente planejado e mantido em sigilo, para que tanto o governo venezuelano quanto seus aliados no governo brasileiro não impedissem a missão dos jovens em Brasília
Com a ajuda do Pastor Everaldo Dias e outros líderes dos PSC, os estudantes da Venezuela se encontraram com vários deputados e senadores, inclusive com o presidente do Senado e o presidente da Câmara dos Deputados, e depois foram defendidos, em Plenário, por senadores que pediram ao ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, proteção em sua volta para casa.
— Eles denunciam que do nosso país são enviadas armas, armas fabricadas no Brasil, que estão sendo vendidas à Venezuela e utilizadas na repressão às manifestações populares naquele país — informou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).
Alvaro Dias pediu ao ministro que acione a Embaixada do Brasil na Venezuela para receber os três estudantes já no aeroporto de Caracas, no próximo sábado (10), quando eles retornam a seu país. Segundo o senador, por terem vindo ao Brasil denunciar os abusos do governo venezuelano, eles estão sujeitos tanto ao risco de violência, como ao de serem presos ilegalmente, assim que chegarem em casa.
— O governo brasileiro tem a obrigação de estender a mão ao povo venezuelano nesta hora tão difícil — cobrou o senador Eduardo Amorim (PSC-SE), acrescentando que os estudantes vieram ao Brasil em uma atitude de desespero, na tentativa de evitar mais mortes em seu país.
Em Plenário, o senador Magno Malta (PR-ES) cobrou da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) que ouça os relatos dos três jovens. Eles contaram aos parlamentares que mais de 250 mil pessoas morreram nos últimos 12 anos e que o país enfrenta hoje repressão e escassez de alimentos.
— O que faremos? Tiramos uma foto com eles e não fazemos nada? — questionou.
Por onde passaram no Congresso, os jovens pediram socorro.
Eles denunciaram que a Venezuela vem sofrendo intromissões escandalosas de Cuba, inclusive com a presença de agentes das Forças Armadas cubanas dentro do Exército venezuelano, desde o governo de Hugo Chávez [1999-2013].
“A participação de Cuba vem de muito tempo. Hoje temos bandeiras cubanas içadas em instituições públicas na Venezuela. A ingerência militar cubana é anticonstitucional. Nenhum país pode permitir outro país de mandar no seu próprio exército,” disse Gabriel Lugo.
Eles também denunciaram a importação de médicos cubanos à Venezuela — modelo também adotado no Brasil em 2013 pelo governo de Dilma Rousseff.
Para assistir ao pedido de socorros dos jovens venezuelanos, clique nestes links:
Pessoas inocentes estão morrendo na Venezuela e o povo brasileiro precisava saber a verdade.
Há anos o regime chavista está assassinando pessoas, e um dos grandes representantes evangélicos do Brasil, Ariovaldo Ramos, visitou a Venezuela duas vezes no passado para dar apoio ao ditador Hugo Chávez. No ano passado, Ariovaldo lamentou publicamente a morte do ditador, dizendo: “o melhor que se pode dizer de alguém é que, porque ele passou por aqui, o mundo ficou melhor! Isso se pode dizer de Hugo Chávez!”
Se esse elogio tivesse vindo de Fidel Castro, a múmia ditadora de Cuba, ninguém estranharia. Mas vindo de um pastor reformado que tem amplo espaço em meios reformados, presbiterianos e calvinistas — inclusive a Universidade Presbiteriana Mackenzie, considerada por alguns como bastião de indeterminado conservadorismo — é de assustar.
Em vez de dar espaço para evangélicos esquerdistas como Ariovaldo, Ricardo Bitun e outros, o Mackenzie bem que poderia dar oportunidade para os três jovens venezuelanos. Assim, eles não precisariam ser repudiados por estudantes esquerdistas da USP, os quais desconhecem o que é viver num regime que mata os inocentes e tapa a boca das vítimas.
Gabriel Lugo, Eusebio Costa e José Martínez conseguiram, totalmente desprotegidos e agora ameaçados por seu governo, vir ao Brasil e quebrar o silêncio imposto por uma tirania comunista. Eles mostraram ao Brasil que Hugo Chávez e seu legado político infernal não deixaram o mundo melhor. E, definitivamente, não deixaram a Venezuela melhor.
De acordo com a Folha de S. Paulo, Lugo disse acreditar que, se os brasileiros soubessem das violações de direitos humanos na Venezuela, não deixariam o governo do Brasil apoiar o chavista Nicolás Maduro. “Acredito que o Poder Executivo do Brasil não recebe as informações verdadeiras do que se passa na Venezuela. Se recebe está errado em apoiar esse regime ditatorial [de Maduro],” disse Lugo.
O Congresso Nacional agora tem as informações necessárias para cobrar a indecente união do governo brasileiro com o governo venezuelano.
O que se espera agora é que o Congresso não se omita nem seja conivente com a mortes e com a violação de direitos humanos na Venezuela.
A vinda dos jovens ao Brasil, durando de segunda até a próxima sexta, tem sido a maior manifestação de venezuelanos fora da Venezuela.
A Dra. Damares disse: “Temo pela vida do Gabriel, do Vicente e do Eusébio no retorno, são meninos, são tão jovens, mas movidos por uma coragem invejável. O PSC fez uma favor à Venezuela, ao Brasil e ao mundo.”
Com informações de Damares Alves, Agência Senado e Folha de S. Paulo.
Fonte: www.juliosevero.com
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