Gabinete de Netanyahu decide que fim de ofensiva acontecerá apenas por sua decisão, de forma unilateral
Depois de três tréguas fracassadas no decorrer desta semana e com os dois lados se acusando sobre a responsabilidade pelo não cumprimento dos acordos, o governo israelense decidiu que não negociará mais com o Hamas.
"Já vimos o que é negociar com o Hamas nos últimos seis cessar-fogo. Não vamos premiá-los com um acordo", disse neste sábado (02/08) à Agência Efe uma fonte do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ao descartar um possível pacto com o movimento islamita.
Com a decisão, tomada em reunião do governo nesta sexta-feira (01/08), Israel não deve enviar delegação ao Egito, onde, a partir de amanhã, seriam realizadas negociações por um cessar-fogo na faixa de Gaza. Palestinos e israelenses não teriam contato direto e contariam com a mediação dos anfitriões.
Sobre a política israelense de longo prazo em relação a Gaza, as fontes do governo citadas nos principais meios locais falam da busca de um acordo com o Egito, a ANP (Autoridade Nacional Palestina) e a comunidade internacional para a reconstrução da Faixa e sua eventual desmilitarização.
Em relação ao fim da operação Margem Protetora, aliados de Netanyahu disse que tal decisão será tomada de forma unilateral, quando consideraram que dissuadiram o Hamas de lançar mísseis contra o seu território.
Popularidade
Desde o início da ofensiva contra a Faixa de Gaza, em 8 de julho, Netanyahu ganhou quase 20 pontos percentuais de popularidade, segundo uma pesquisa de opinião divulgada hoje pelo Canal 10 da televisão israelense. O crescimento do apoio ao político já era previsto, segundo artigo de Opera Mundi.
Netanyahu, que antes do conflito armado de Gaza tinha um índice de popularidade de 49%, tem agora 69%. Sua atuação só perde em aprovação para o chefe do Exército, Beny Gantz, que tem 80%.
Realizada pelo analista estatístico Camile Fuchs, a pesquisa entrevistou 504 israelenses adultos e também perguntou sobre o futuro da ofensiva. Segundo os resultados, neste momento 31% dos israelenses acreditam que seu país deve continuar a operação terrestre.
Opera Mundi
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