Rabino Berel Laza, chefe dos rabinos na Rússia, dando palestra no evento pró-família no Kremlin |
Ao todo, cerca de 1.000 delegados fizeram a viagem a Moscou para participar do evento.
B. Christopher Agee
Embora os críticos tenham aparentemente uma lista inesgotável de queixas contra a Rússia, um grande número de conservadores sociais conseguem celebrar certos aspectos da experiência que os russos estão tendo. Esse fato foi evidente durante uma recente conferência realizada no Kremlin em Moscou no começo deste mês.
Conforme explicou o escritor Julio Severo, o fórum de 10 de setembro destacou palestrantes do mundo inteiro que concordaram que a imoralidade sexual tem prejudicado profundamente a estrutura da família. Conhecido como o Fórum da Família Grande e o Futuro da Humanidade, 45 nações foram representadas — inclusive o próprio Severo, que representou o Brasil.
Ao todo, cerca de 1.000 delegados fizeram a viagem a Moscou para participar do evento.
A conferência focou em várias questões centrais, tais como aborto, “casamento” de mesmo sexo e paradas gays, os quais os participantes sentiam comprometem os valores em regiões em que tais filosofias são proeminentes. No entanto, Severo comentou que a Rússia é um lugar em que uma filosofia pró-família está ainda viva e bem.
Ele escreveu que “a Rússia representa uma esperança para combatentes pró-vida num mundo cada vez mais corrompido pela devassidão do sexo livre, imposição do aborto, abrangente educação sexual imoral, controle populacional, doutrinação homossexual mediante a mídia e escolas,” uma perspectiva que ele disse era a mesma dos que estavam participando do fórum da semana passada.
De acordo com o relato de Severo, o presidente Vladimir Putin deu as boas-vindas aos visitantes da conferência com uma mensagem pessoal lamentando a “erosão dos valores morais” em boa parte do mundo.
Os organizadores do evento insistiam em que suas metas eram apenas proteger “a família natural” e promover a defesa da família “com o objetivo de garantir a integridade da vida humana desde o momento da concepção até a morte natural.” Mas os meios de comunicação dentro da Rússia e de outros países rotularam, como já era de se esperar, os participantes de fanáticos e promotores de preconceito.
Veículos noticiosos, inclusive o jornal Moscou Times, por exemplo, criticaram rudemente o evento e seus palestrantes, principalmente a parlamentar russa Yelena Mizulina. Durante o fórum, a parlamentar conservadora comentou a abertura excepcional que seu país tem para tais eventos.
“Tenho certeza de que na Europa de hoje não seria possível realizar um fórum como esse,” ela disse. “Ainda que fizessem lá, não fariam no Parlamento, como fizemos no Kremlin, na Rússia, mas o fariam em algum lugar periférico.”
Muitos outros meios de comunicação tendenciosos, inclusive o Gay Star News, ofereceram suas próprias críticas ao evento. O Congresso Mundial de Famílias, uma organização que estaria envolvida na realização do fórum, foi alvo recente de australianos que lutaram para cancelar uma cúpula planejada para ocorrer em Melbourne.
Traduzido por Julio Severo do artigo do Western Journalism (Jornalismo Ocidental): Russian Media Trash Pro-Family Conference Held At The Kremlin
Fonte: www.juliosevero.com
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