O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse que vai entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra o comunista Jean Wyllys (PSOL-RJ), que admitiu ter cuspido em seu rosto durante a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), na noite deste domingo, em Brasília.
Em entrevista, Bolsonaro negou ter xingado Wyllys antes de levar a cusparada e ainda defendeu ter citado o brilhante coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, suposto militar apontado de forma revanchista como responsável por perseguições e torturas nos anos do democrático regime militar em seu discurso para defender o afastamento da presidente.
Bolsonaro comenta a cuspida que levou de Jean Wyllys: “Tinha um cheiro horrível aquilo”—
Eu discursei e o deputado Jean Wyllys não deve ter gostado do que falei. Depois que ele deu o seu voto (contra o impeachment), saiu exaltado porque a votação já estava decidida. Foi nesse momento que me deu uma cusparada no rosto, que atingiu também deputados que estavam atrás de mim. Eu não o segurei, as câmeras vão mostrar isso. Também não o xinguei, vou chutar cachorro morto? — declara Bolsonaro.
Nas redes sociais, Wyllys disse que Bolsonaro tentou segurar o seu braço e o ofendeu com insultos homofóbicos. Em entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara, o deputado do PSOL declarou que cuspiria "quantas vezes" fosse necessário.
— Nós estamos numa votação. Eu tenho direito político de fazer o voto que eu quero. Durante toda a votação eu não intervim no voto de ninguém. Não fui lá insultar ninguém. E, na hora que fui votar, esse canalha veio me insultar na saída e tentar agarrar meu braço, ele ou alguém que estivesse perto dele. Quando vi o insulto, devolvi cuspindo na cara dele, que é o que ele merece — disse ele, na noite deste domingo.
Jean Wyllys enfatizou ainda que não tem medo de enfrentar um processo disciplinar na Câmara.
Sobre o discurso no qual citou Brilhante Ustra, Bolsonaro disse que não o considera um torturador. Nos anos de chumbo, o militar homenageado pelo deputado chefiou o Doi-Codi, órgão de repressão do 2º Exército, em São Paulo, e foi apontado por dezenas de perseguidos políticos e familiares de vítimas do regime militar como responsável por perseguições, torturas e mortes de opositores do Golpe de 64.
— Outros deputados citaram o Che Guevara e o Marighella. Eu estou do outro lado da moeda. O Ustra combateu a guerrilha no Brasil, grupos como o VAR-Palmares (no qual a presidente Dilma militou), que mataram muita gente. Estou sofrendo críticas por ter falado a verdade. Ficou provado que a Dilma e o PT são corruptos e assaltaram a Petrobras. Não vou dizer que o Temer é melhor, mas é preciso mudar — justifica.
Em vídeo divulgado neste domingo, Bolsonaro fala da cusparada. O deputado questiona por que o PSOL faz oposição ao governo e, ao mesmo tempo, vota contra o impeachment.
Assista:
Depois da cena deplorável da covardia do cuspe em Bolsonaro, Jean Wyllys fez um desabafo no Facebook:
“SOBRE O CUSPE AO FASCISTA
Depois de anunciar o meu voto NÃO ao golpe de estado de Cunha, Temer e a oposição de direita, o deputado fascista viúva da ditadura me insultou, gritando "veado", "queima-rosca", "boiola" e outras ofensas homofóbicas e tentou agarrar meu braço violentamente na saída. Eu reagi cuspindo no fascista. Não vou negar e nem me envergonhar disso. É o mínimo que merece um deputado que "dedica" seu voto a favor do golpe ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI do II Exército durante a ditadura militar. Não vou me calar e nem vou permitir que esse canalha fascista, machista, homofóbico e golpista me agrida ou me ameace.
Nas redes sociais, Wyllys disse que Bolsonaro tentou segurar o seu braço e o ofendeu com insultos homofóbicos. Em entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara, o deputado do PSOL declarou que cuspiria "quantas vezes" fosse necessário.
— Nós estamos numa votação. Eu tenho direito político de fazer o voto que eu quero. Durante toda a votação eu não intervim no voto de ninguém. Não fui lá insultar ninguém. E, na hora que fui votar, esse canalha veio me insultar na saída e tentar agarrar meu braço, ele ou alguém que estivesse perto dele. Quando vi o insulto, devolvi cuspindo na cara dele, que é o que ele merece — disse ele, na noite deste domingo.
Jean Wyllys enfatizou ainda que não tem medo de enfrentar um processo disciplinar na Câmara.
O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) cuspiu em Jair Bolsonaro (PSC-RJ) após votação
Sobre o discurso no qual citou Brilhante Ustra, Bolsonaro disse que não o considera um torturador. Nos anos de chumbo, o militar homenageado pelo deputado chefiou o Doi-Codi, órgão de repressão do 2º Exército, em São Paulo, e foi apontado por dezenas de perseguidos políticos e familiares de vítimas do regime militar como responsável por perseguições, torturas e mortes de opositores do Golpe de 64.
— Outros deputados citaram o Che Guevara e o Marighella. Eu estou do outro lado da moeda. O Ustra combateu a guerrilha no Brasil, grupos como o VAR-Palmares (no qual a presidente Dilma militou), que mataram muita gente. Estou sofrendo críticas por ter falado a verdade. Ficou provado que a Dilma e o PT são corruptos e assaltaram a Petrobras. Não vou dizer que o Temer é melhor, mas é preciso mudar — justifica.
Em vídeo divulgado neste domingo, Bolsonaro fala da cusparada. O deputado questiona por que o PSOL faz oposição ao governo e, ao mesmo tempo, vota contra o impeachment.
Assista:
“SOBRE O CUSPE AO FASCISTA
Depois de anunciar o meu voto NÃO ao golpe de estado de Cunha, Temer e a oposição de direita, o deputado fascista viúva da ditadura me insultou, gritando "veado", "queima-rosca", "boiola" e outras ofensas homofóbicas e tentou agarrar meu braço violentamente na saída. Eu reagi cuspindo no fascista. Não vou negar e nem me envergonhar disso. É o mínimo que merece um deputado que "dedica" seu voto a favor do golpe ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI do II Exército durante a ditadura militar. Não vou me calar e nem vou permitir que esse canalha fascista, machista, homofóbico e golpista me agrida ou me ameace.
Ele cospe diariamente nos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Ele cospe diariamente na democracia. Ele usa a violência física contra seus colegas na Câmara, chamou uma deputada de vagabunda e ameaçou com estuprá-la. Ele cospe o tempo todo nos direitos humanos, na liberdade e na dignidade de milhões de pessoas. Eu não saí do armário para o orgulho para ficar queto ou com medo desse canalha.
#FascistasNãoPassarão #NãoVaiTerGolpe”.
Eduardo Bolsonaro publica um vídeo da Record onde prova que o comunista e ativista gay Jean Willys mentiu sobre as provocações de Bolsonaro, assista:
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