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sábado, 18 de junho de 2016

Como as mulheres se beneficiaram com o patriarcado


O patriarcado serve de vilão conveniente para uma geração de jovens mulheres que são das mais abastadas e melhores situadas do planeta. Na Universidade de Oregon, por exemplo, as estudantes organizaram uma conferência intitulada "Contra o Patriarcado."

Os participantes focaram-se em questões do tipo "Como identificar o privilégio masculino?", e "Como é que o domínio masculino se interliga com outro tipo de opressão
como o racismo, o heterossexismo . . . . o capitalismo, o governo e o especismo?"

O patriarcado -- entenda-se por "Civilização Ocidental" -- não merece este tipo de tratamento. De facto, pode ser dito que o mesmo é a melhor coisa que alguma vez aconteceu às mulheres.

Para se vêr como as mulheres beneficiaram com os últimos 2000 anos de patriarcado, temos que analisar o estatuto da mulher durante o início da era presente.
História.

Atenas, cujo nome é sinónimo de cultura elevada e conquistas filosóficas, não permitia que as mulheres fossem cidadãs ou possuíssem propriedade.

Maridos romanos eram livres para ter qualquer tipo de aventura sexual, mas a mulher que cometesse adultério poderia ser morta -- a doutrina da "patria potestas" garantia-o. Um pai romano agia como sacerdote, juiz, legislador, e, de facto, carrasco na sua casa. Isto, claro, sem qualquer tipo de preocupação pelos direitos da mulher e dos filhos.

Se isto fosse tudo o que o patriarcado tivesse para oferecer, as feministas estariam no seu direito em classificá-lo de exemplo máximo do mal.

No entanto, e verdade seja dita, a instituição patriarcal que as académicas feministas mais gostam de odiar -- a Igreja Católica -- começou a fazer incursões dentro deste sistema. Primeiro, houve a ideia revolucionária de que todas as pessoas -- incluindo as mulheres -- eram seres preciosos e importantes.

Isto revelou-se tão atraente para as mulheres oprimidas -- genuinamente oprimidas -- que elas afluíram para esta actualmente caluniada instituição de modo maciço. Isto chegou a um ponto tal que os imperadores pagãos proibiram os missionários de porem os pés em qualquer casa pagã onde vivessem mulheres uma vez que havia o "perigo" de conversão.

Segundo, as mulheres do mundo antigo raramente tinham voto na matéria na escolha dos esposos. Mas a Igreja Medieval insistiu que o consentimento da mulher fosse de importância igual ao consentimento do esposo.

Isto de forma alguma significa que não existiram casamentos arranjados entre famílias reais, ou que os pais tivessem parado imediatamente de forçar as filhas para casamentos miseráveis. O que isto significa é que passou a existir um novo ideal, um novo direito que, através dos tempos, se tornou numa realidade e não numa abstracção.

Mais mudanças com a chegada do patriarcado Cristão.


A fidelidade matrimonial, exigência antiga feita às mulheres, passou a ser um requerimento junto dos homens. Cavalheirismo e códigos de honra são ramificações de sociedades patriarcais que forçam os homens a proteger o rei, o país, as mulheres e as crianças.

Os cavaleiros não se limitavam a lutar; eles faziam comprometiam-se a elaborar códigos de conduta que incluíam o respeito pelas mulheres e um certo decoro comportamental.

Sexo e Casamento.
Algumas das alegadas restrições mais opressivas -- particularmente aquelas envolvendo questões relativas ao sexo e ao casamento -- aparentam ser mais apelativas do que onerosas, especialmente quando comparadas com as alternativas modernas.


Quem é que não escolheria o amor cortês, polido e lisonjeiro, que emergiu na declaradamente Europa patriarcal medieval, em lugar da grosseira cultura "sexo fácil" dos tempos modernos?

Naquela altura, os trovadores louvavam as virtudes das mulheres e, como diz o historiador Jacques Barzun, ajudaram a estabelecer "em teoria, os direitos e privilégios que a mulher merece e que tem, em realidade, desfrutado, começando pelo respeito pela sua pessoa e admiração pelas suas qualidades."

Hoje em dia as qualidades mulheres são "admiradas" em fontes como Temptation Island e Maxim. Folhear a revista Playboy, e não através da poesia, é a forma contemporânea e aceitável dum homem se maravilhar com os "encantos femininos".

A evolução dos direitos legais da mulher foi lenta. Os antigos não eram adeptos da ideia de conferir direitos às mulheres. E porque é que seriam? As mulheres, para os antigos, eram propriedade. No entanto, na ainda patriarcal sociedade do século 19, isto havia já mudado. As mulheres solteiras desfrutavam do estatuto legal de "femme sole" ; isto dava-lhe o direito de possuir propriedades no seu nome e fazer contractos.

As mulheres casadas viviam uma situação diferente. "Cobertura" (inglês/francês:"Coverture"), norma do final do século 19 onde a mulher perdia toda a sua independência legal a partir do casamento, não era algo que a mulher actual pudesse permitir.

No entanto, e pelo menos, isto era um pequeno passo para as mulheres uma vez que, ao contrário dos antigos romanos, o homem agora tinha a obrigação legal de proteger a sua esposa. Como Sir William Blackstonedescreveu nos seus comentários das Leis de Inglaterra, a mulher estava "por baixo das asas, protecção e cobertura" do marido.

Durante os anos 30 do século 19, reformas legais nos EUA estenderam o direito de possuir propriedade às mulheres casadas, abolindo desde logo a "cobertura". Embora o progresso tenha sido lento, ele foi progressivo.

Não há alternativas viáveis e funcionais ao patriarcado.

Os ataques feministas ao patriarcado poderiam ter razão de ser se elas recomendassem alternativas que fizessem algum sentido. Mas tais alternativas fazem-se notar pela sua ausência. As teóricas feministas mais activas a lutar contra este demónio oferecem algo muito menos robusto: teorias espúrias de antigas sociedades matriarcais.


Só que estas utopias matriarcais, embora populares em cursos de história feminina, não tem bases em factos históricas - tal como Cynthia Eller demonstrou no seu livro "The Myth of Matriarchal Prehistory".

De formas muito variadas, as sociedades patriarcais foram mais além a partir dos indícios provenientes da honra que as mulheres receberam durante a época medieval.

Afinal, foram as sociedades patriarcais que produziram os triunfos da lógica, ciência, arte e literatura ; e, na maior parte, foi o patriarcado que desenvolveu as filosofias políticas liberais que conduziram as sociedades à democracia, direitos individuais e emancipação da mulher.

Conclusão:

O patriarcado foi o arranjo social dominante durante a maior parte da História da civilização Ocidental - a civilização que produziu as expressões de liberdade humana e direitos individuais que as feministas radicais querem agora rejeitar.

(Fonte)
Resumindo: as feministas querem destruir o patriarcado ocidental em favor de sabe-se lá o quê. Não oferecem alternativas viáveis, mas "sabem" que o que existe tem que ser destruído.

O problema é que a destruição do patriarcado Cristão - como se vê na Europa ex-Cristã - só lhes vai deixar debaixo dum patriarcado bem menos tolerante.


Vai ser engraçado vêr as "emancipadas" feministas europeias a implorar pelo regresso do patriarcado Cristão. O problema é que pode ser tarde demais.

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