Toyota fará recall de mais 1,43 milhão de carros por 'airbags mortais'

Unidades dos híbridos Prius e Lexus CT200h estão envolvidas.
Falha em insulfladores da Takata já causaram 13 mortes no mundo.

A Toyota afirmou nesta terça-feira (28) que irá convocar 1,43 milhão de veículos em todo o mundo por falhas nos airbags, de acordo com a agência de notícias Reuters. Desta vez, o recall será em carros híbridos, Toyota Prius e Lexus CT200h.

A chamada vale para unidades produzidas entre 2010 e 2012. Nelas, as bolsas com insulfladores da também japonesa Takata podem abrir com mais força do que o necessário, projetando pedaços metálicos que podem causar ferimentos fatais. Do total de unidades, cerca de 482 mil estão nos Estados Unidos.

Já foram confirmadas 13 mortes por causa da falha, que conhecida por "airbags mortais". Destas, 11 aconteceram nos Estados Unidos e duas na Malásia. Ainda há mais uma morte na Malásia que pode ter ocorrido por falha do airbag. O acidente, no entanto, ainda está sob investigação.

Stephanie Erdman, da Força Aérea americana, testemunha em comissão do Senado dos EUA que investiga o caso; ela teve lesão no olho após falha na abertura do airbag de um Honda Civic 2000
(Foto: Gary Cameron/Reuters)

Maior recall

O caso dos "airbags mortais" veio a público há 3 anos é considerado o maior recall da história, envolvendo cerca de 50 milhões de carros no mundo todo.

Uma falha no dispositivo fabricado pela empresa japonesa Takata faz com que o airbag, ao ser aberto, atire partes metálicas contra os ocupantes, com possibilidade de ferimentos graves.
A Takata anunciou em maio que mais 40 milhões de veículos serão chamados para recall no mundo inteiro, agora com foco no airbag do passageiro, não mais no do motorista, como feito inicialmente.

Inflador dos airbags da Takata pode se romper e lançar fragmentos 

(Foto: REUTERS/Joe Skipper)

Importância do recall

Não existe recall por defeito que não seja sério. Segundo o Código de Defesa do Consumidor, o chamado deve ser feito quando houver um defeito de fabricação que coloque em risco a vida do usuário.

Uma vez anunciado o recall, não existe limite de data para fazê-lo. O que pode ocorrer é a montadora determinar uma data de início do atendimento, e não uma para o fim.

Qualquer problema como demora no agendamento, lentidão no reparo e mau atendimento deve ser denunciado no Procon local. Os consertos devem ser totalmente gratuitos.

Um levantamento feito pelo G1mostrou que mais da metade dos 2,82 milhões de veículos envolvidos em recall no ano passado não atenderam ao chamado até março de 2016.

Phonte: Auto Esporte