Unico SENHOR E SALVADOR

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quarta-feira, 15 de março de 2017

Por que a birra contra Silas Malafaia?

Julio Severo
Alguns têm birra do Pr. Silas Malafaia porque ele prega o que eles interpretam como Teologia da Prosperidade. Outros porque ele tem uma fortuna.
Críticas vindas de pessoas do mundo são comuns e esperadas. Mas a maior parte das críticas a Malafaia, que é presidente da denominação Assembleia de Deus Vitória em Cristo, está vindo de evangélicos, especialmente assembleianos desgostosos e calvinistas raivosos.
Fico impressionado com as críticas. Embora eu não tenho o estilo religioso do Silas e me alinhe mais com o movimento carismático dos Estados Unidos, reconheço as qualidades conservadoras desse proeminente pastor assembleiano, que bate de frente com a ideologia do aborto e homossexualismo até mesmo em arenas hostis de programas de TV. 
Ele não tem medo e vergonha de dar a cara a tapa na defesa de valores que são importantes para todos os cristãos.
Contudo, a preocupação dos críticos é que ele tem um casarão no Rio de Janeiro e um apartamento em Miami, EUA. Tudo por culpa, de acordo com a acusação deles, da Teologia da Prosperidade.
Em primeiro lugar, a Teologia da Prosperidade, termo usado pelos críticos, não é uma camisa-de-força que consiga confinar e definir todas as práticas religiosas das mais diversas denominações desde pentecostais até neopentecostais que pregam que Deus prospera. As teologias dessas práticas são muito variadas e diferentes.
Enquanto denominações como a Igreja Universal do Reino de Deus são radicais numa busca obsessiva e carnal por prosperidade, outras, como a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra e Igreja Bola de Neve, são mais moderadas.
E se Malafaia adquiriu suas propriedades por algum tipo de teologia de prosperidade, o que isso quer dizer? Que ele é herege? Que ele não pode comercializar, a preço de mercado, seus livros e CDs? Que a Bíblia proíbe prosperar?
Muitos dos críticos de Malafaia são do universo calvinista. Eles se esquecem de que outrora o mais famoso astro gospel do Brasil era um pastor presbiteriano que criticava ferozmente a Teologia da Prosperidade enquanto ganhava rios de dinheiro comercializando suas pregações, inclusive contra a Teologia da Prosperidade.
Antes de sua queda em adultério, Caio Fábio tinha uma casa num condomínio de luxo em Niterói, outra em Manaus e uma em Miami, EUA. Ninguém cobrava nada dele sobre essas propriedades, que não se tornaram obstáculo para sua amizade com calvinistas e assembleianos.
Ele tinha fama de pregador do Evangelho. Ele viajava o tempo inteiro de avião para suas casas, numa época em que passagem era muito mais cara que hoje. Ele já chegou a ter uma rotina de passar 15 dias no Brasil e 15 dias nos EUA. Era um estilo de vida de gastos muito elevados. Viagem internacional naquela época custava preços exorbitantes e só os ricos podiam fazer o que o Caio estava fazendo.
Os colegas presbiterianos dele nunca cobraram nada dele. Mas agora vivem cobrando de Malafaia, como se não houvesse pastores presbiterianos vivendo no luxo e como se Caio, em seus tempos de glória gospel, gastasse pouco e preferisse andar de jumentinho, como Jesus nos tempos do Novo Testamento.
Na época, eu lia as publicações da Igreja Presbiteriana do Brasil e não me recordo de nenhuma crítica e cobrança de líderes presbiterianos sobre a vida financeira de seu astro maior.
Na entrevista que deu ao jornalista Roberto Cabrini no programa Conexão Repórter no domingo passado, Malafaia se abriu demais, ainda que de forma franca, sobre suas propriedades, talvez porque tenha sido bombardeado de cobranças do mundo jornalístico.
Será que se ele fosse um pregador contra a Teologia da Prosperidade ele teria sido poupado do bombardeio? Pelo menos, assim era com Caio Fábio. Ele era publicamente contra essa teologia e gozava, literalmente, do carinho da Rede Globo e outros canais de TV, cujos repórteres não hostilizavam a mega-estrela presbiteriana com cobranças sobre sua fortuna.
Caio tinha basicamente as mesmas grandes propriedades e luxo de Malafaia, mas sem ser cobrado nem por evangélicos nem por jornalistas seculares.
Aliás, muitos evangélicos hoje não têm nenhuma vergonha de dizer que sonham com a volta de Caio antes de sua queda em adultério. Eles sonham com o Caio dos tempos em que ele vivia num condomínio de luxo em Niterói, tinha casa em Miami e outros regalias que a vasta maioria dos evangélicos mortais nem sonha em ter.
Caio era livre para fazer o que quisesse com a fortuna que tinha comercializando seus livros e K-7s. Se tal comercialização era errada, por que os milhares de líderes presbiterianos nunca disseram nada contra? Por que as grandes revistas evangélicas e seculares não questionavam sua vida financeira e propriedades?
E por que Malafaia não deveria ser livre para fazer o que quer com a fortuna que tem comercializando seus livros e CDs?
Claro que Malafaia errou feio apoiando Lula duas vezes. Mas Caio errou pior nisso, pois ele iniciou a onda pró-Lula entre pastores. Ele usou seu status de papa gospel para induzir o povo evangélico à grave erro político. E se você acha que politicamente Caio mudou, tempos atrás ele atacou os eleitores evangélicos de Donald Trump. Ele, que sempre apoiou a TMI subliminarmente, não se arrependeu de estar na esquerda.
Malafaia se arrependeu de ter apoiado Lula. Hoje, ele tem lutado por bandeiras conservadoras. Por que não apoiá-lo?
Silas Malafaia ficou rico, vendendo livros e CDs. Ele está matando de inveja os olhos gordos. Como diziam bem os puritanos calvinistas americanos do passado, a prosperidade é fruto do trabalho e sinal da benção de Deus. Eles estavam certos. Pena que os calvinistas brasileiros de hoje tenham abraçado o socialismo evangélico, principalmente a TMI, que é a forma mais predominante de liberalismo teológico.
Mas, embora tenham abraçado a retórica esquerdista da TMI, muitos proeminentes líderes calvinistas vivem no luxo. Na boca, eles são contra a Teologia da Prosperidade. 

Na prática, eles a vivem.Na boca, eles são contra Malafaia. Na prática, eles vivem a mesma vida de conforto material de Malafaia.

Se presbiterianos e assembleianos não criticavam nem questionavam a fortuna de Caio Fábio, por que fazer isso com Malafaia?

Essas críticas e questionamentos nada têm a ver com o que eles interpretam como Teologia da Prosperidade. Têm a ver com malícia. Se não fosse a malícia, os críticos e questionadores mirariam também em figuras como Augustus Nicodemus, e lhe cobrariam: “Malafaia revelou publicamente no programa Conexão Repórter quantas propriedades e dinheiro ele tem. Agora é sua vez!”

Agora é a vez dos outros. O Malafaia que dá a cara a tapa contra a agenda gay deu a cara a tapa para mostrar transparência nas suas finanças. Agora, é a vez de outros líderes evangélicos darem a cara a tapa e mostrar transparência nas suas finanças.

Agora é a vez dos que sempre cobram do Malafaia cobrarem também dos outros.

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