"Enquanto o principal objetivo do verdadeiro Evangelho, o “velho evangelho” pregado pelo Puritanos, era ensinar os homens a adorar a Deus, a preocupação da pregação hoje, parece limitada a tentar fazê-los se sentirem melhor.
O assunto do velho evangelho era Deus e Suas atitudes para com os homens; o assunto do novo é o homem e a ajuda que Deus dá a ele. Há um mundo de diferença. A completa perspectiva e ênfase da pregação do evangelho têm-se mudado.
Esta mudança de interesse deu origem a uma mudança de conteúdo, pois o novo evangelho
tem, com efeito, reformulado a mensagem bíblica nos supostos interesses de ser "prestativa".
Esta mudança de interesse deu origem a uma mudança de conteúdo, pois o novo evangelho
tem, com efeito, reformulado a mensagem bíblica nos supostos interesses de ser "prestativa".
Portanto, os temas da incapacidade do homem natural para crer, da eleição gratuita de Deus como a principal causa da salvação, e de Cristo morrer especificamente por Suas ovelhas, não são pregadas.
Estas doutrinas, seria dito, não são "prestativas"; elas levariam os pecadores ao desespero, sugerindo-lhes que não está em seu próprio poder o serem salvos através de Cristo. (A possibilidade de que tal desespero poderia ser salutar não é considerada; é tomada como ponto pacífico que não pode ser, porque é muito destrutiva para nossa auto-estima).
Seja como for, o resultado dessas omissões é que parte do evangelho bíblico está agora sendo pregada como se fosse o todo desse evangelho; e uma meia-verdade disfarçando-se de verdade completa torna-se uma inverdade completa.
Dessa forma, apelamos aos homens como se todos eles tivessem a habilidade de receber Cristo a qualquer momento;
Dessa forma, apelamos aos homens como se todos eles tivessem a habilidade de receber Cristo a qualquer momento;
falamos de Sua obra redentora como se Ele não tivesse feito nada mais, ao morrer, do que tornar possível que nos salvemos a nós mesmos simplesmente por crermos;
falamos do amor de Deus como se não fosse mais do que uma prontidão geral para receber qualquer um que se volte e creia;
e nós descrevemos o Pai e o Filho, não como soberanamente ativos em atrair pecadores a Si mesmos, mas como que esperando, impotentes, “à porta de nossos corações" para que Os deixemos entrar.
É inegável que pregamos assim; talvez seja isso que nós realmente cremos.
Mas é necessário dizer, com ênfase, que este conjunto de meias-verdades torcidas é algo diferente do evangelho bíblico. A Bíblia está contra nós quando pregamos dessa maneira; e o fato de que tal pregação tem-se tornado quase uma prática padrão entre nós, mostra apenas quão urgente é que revisemos este assunto.
Recuperar o velho, autêntico e bíblico evangelho, e fazer com que nossa pregação e prática estejam somente de acordo com esse evangelho, é, talvez, nossa. necessidade mais premente. E é neste ponto que o tratado de Owen sobre a redenção pode nos ajudar"
– J. I. Packer.
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