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terça-feira, 14 de março de 2017

Síria condena invasão de tropas americanas em seu território


Julio Severo

O presidente sírio Bashar al-Assad disse que tropas americanas na Síria são invasoras porque estavam ali, desde Obama, sem permissão governamental.

Ele também disse que ainda não viu nada concreto do Presidente Donald Trump com relação à promessa de sua campanha de derrotar o Estado Islâmico.

Enquanto Trump está falando sobre combater o ISIS, a Síria está realmente combatendo o ISIS e vários grupos terroristas islâmicos, inclusive rebeldes apoiados, desde Obama, pelos EUA e Arábia Saudita.

Assad, numa entrevista à estação de TV chinesa Fênix, disse que está aberto à cooperação com Trump, mas que Trump não tem mostrado a mesma abertura. A presença militar russa na Síria combatendo o ISIS tem a permissão e cooperação total do governo sírio.

Assad disse que a promessa de campanha de Trump de priorizar a derrota do Estado Islâmico havia sido “uma atitude promissora,” mas acrescentou: “Ainda não vimos nada de concreto com relação a essa retórica.”

Indagado sobre uma mobilização de tropas americanas perto da cidade nortista síria de Manbij, Assad disse: “Todas as tropas estrangeiras que chegam à Síria sem nosso convite… são invasoras.”

A coalizão liderada pelos EUA vem atacando o Estado Islâmico na Síria há vários anos, desde Obama. Os ataques de Obama contra o ISIS nunca produziram nenhum resultado positivo, principalmente para os cristãos sírios, que têm sido as vítimas principais desse grupo terrorista islâmico.

No entanto, por que Trump deveria imitar Obama e suas intervenções antidemocráticas em territórios estrangeiros?

Se Trump quiser combater o ISIS na Síria, ele precisa da permissão oficial do governo sírio. Obama e sua secretária de Estado, a belicista Hillary Clinton, nunca buscaram tal permissão. Obama simplesmente invadiu e mobilizou suas tropas na Síria sem nenhuma permissão. Aliás, de acordo com o próprio Trump, Obama criou o ISIS.

Será que o governo dos EUA está a serviço do terrorismo islâmico? Afinal, pelas leis americanas, aquele que ajuda e coopera com um grupo terrorista é cúmplice de terrorismo. E se o ISIS é responsável pelo genocídio de cristãos na Síria e no Iraque, Obama tornou o governo dos EUA cúmplice do genocídio desses cristãos?

Por que Obama não é julgado por tornar o governo dos EUA cúmplice do genocídio de cristãos?
Então, considerando que Trump já reconheceu que o ISIS foi criado por Obama, seria apropriado que Trump pedisse perdão, em nome do governo dos EUA, ao governo e povo sírio pelas ações americanas, sob Obama, que provocaram destruição na Síria e sacrificaram sua população cristã. Os EUA têm uma obrigação moral de pedir desculpas à Síria, sem mencionar dar indenizações.

Se Trump quiser ajudar os cristãos sírios perseguidos pelo ISIS, seu primeiro passo é revogar sua medida barrando viajantes e imigrantes da Síria, ou pelo menos facilitando para os cristãos sírios. No nome do governo dos EUA, Trump deveria pedir desculpas a eles pelas ações de Obama contra eles, especialmente ao criar o ISIS. Os EUA têm uma obrigação moral de ajudar e abrigar os cristãos sírios, inclusive com indenizações.

Sobre as ações contra o ISIS, Trump deveria fazer o que Obama nunca fez: pedir permissão do governo sírio. Quer concordemos ou não com um governo, isso não é desculpa para invadirmos esse país, principalmente se ações malignas de nosso governo provocaram devastação na nação que pretendemos invadir.

Tenho apoiado totalmente as ações de Trump para proteger as fronteiras dos EUA de invasores. Ele tem o direito de proteger sua nação e as pessoas que desejam entrar nos EUA precisam da permissão apropriada. No entanto, se Trump não quer invasores em sua nação, ele não deveria invadir nenhuma nação.

A maioria dos terroristas que cometeram o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 contra os EUA era saudita. Mesmo assim, os EUA nunca invadiram a Arábia Saudita. Pelo contrário, no mês passado, o governo de Trump enviou seu diretor da CIA para recompensar a Arábia Saudita por combater o terrorismo islâmico.

Então, para a Arábia Saudita, que ajudou o governo americano sob Obama a criar o ISIS, o governo de Trump concede um prêmio insano, e para a Síria, que foi vítima do ISIS, o governo de Trump concede proibições e invasões militares? De longe, isso não é justo! Isso é loucura. Isso é injustiça pura.

Se Trump quiser invadir a Arábia Saudita, com ou sem permissão, entendo. Se Trump quiser barrar viajantes e imigrantes sauditas, entendo. Mas não entendo suas ações contra a Síria. Essas ações são semelhantes às ações de Obama.

A Síria, principalmente seus cristãos, está esperando um pedido oficial de desculpas do governo americano por suas invasões militares, desde Obama, em seu território e pela criação do ISIS.

Recentemente, Trump convidouMahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, para visitar a Casa Branca. O presidente conservador americano Ronald Reagan nunca teria feito isso. Aliás, Reagan nunca convidou o líder dos palestinos para nada e ameaçouboicotar sua presença até mesmo na ONU. Se Trump pode convidar um líder palestino islâmico que luta contra Israel, por que ele não pode convidar Assad para oferecer desculpas e indenizações e, principalmente, oferecer assistência para sua luta contra o ISIS?

Se Obama deu assistência militar para o ISIS e para os rebeldes islâmicos que combatem Assad e a população cristã síria, por que Trump não pode oferecer assistência militar para Assad e para a população cristã síria? Isso não é justo o suficiente?

A Síria, principalmente seus cristãos, tem sido vítima de um intervencionismo americano maligno. A Síria, principalmente seus cristãos, merece um pedido de desculpas, não medidas barrando seus cidadãos.

A Síria, principalmente seus cristãos, merece assistência militar americana contra o ISIS e os rebeldes islâmicos que receberam assistência militar de Obama.

Ainda que a Síria tenha uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo, minha conexão espiritual, como evangélico, é com os evangélicos dos Estados Unidos, e aprecio que Trump esteja sendo aconselhado por bons líderes evangélicos e neopentecostais.

Espero e oro para que esses bons conselheiros incentivem Trump a pedir desculpas aos cristãos sírios e imponha uma medida barrando cidadãos sauditas, em vez de cristãos sírios.
Não sou conselheiro de Trump, mas se tivesse a oportunidade de oferecer um conselho, como evangélico conservador, estas são minhas palavras.

Com informações do DailyMail.

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