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quarta-feira, 30 de maio de 2018

O que a greve dos caminhoneiros pode ensinar à Igreja

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Assina Jarbas Aragão

Se as igrejas entrassem em ‘greve’, suspendessem seus cultos e atividades, as pessoas notariam?

O Brasil entra no sexto dia de paralisação, com muita gente apoiando e outros tantos se opondo. As consequências são visíveis, estão de maneira quase onipresente em todas as mídias nacionais. O desabastecimento afetou, direta ou indiretamente, boa parte da população.

Acredito que caiba nesse momento uma reflexão sobre “O que a greve dos caminhoneiros pode ensinar à Igreja”. A ideia não é absurda, dada as lições ensinadas nas Escrituras usando
situações do cotidiano para apresentar princípios espirituais.
Indivíduos

Então vejamos, ao que se sabe, o movimento de paralisação foi iniciado por indivíduos, sem ter um “líder maior” responsável. Isso demonstra como a decisão de várias pessoas com um mesmo objetivo tem muita força. Seguidamente há movimentos dentro da Igreja, como campanhas de jejum e oração, mas que nem sempre recebem o apoio de todos.

Persistência

Outro aspecto que chama atenção é a persistência. Apesar das dificuldades que muitos desses caminhoneiros vêm passando, alguns longe de casa por dias, outros perdendo dinheiro, enquanto vários receberam pesadas multas, a mobilização continua. A perseverança por acreditarem no que estão fazendo é um belo exemplo.

Sabemos que há perseguição aos cristãos em vários lugares do mundo e a Igreja por lá permanece firme, mas em nosso contexto mais imediato é bastante comum ver pessoas desistindo da fé e abandonando a comunhão quando surgem as primeiras dificuldades.

Senso de justiça

Uma terceira lição poderia ser apontada quando olhamos para o senso de justiça motivando os protestos. Há uma lista de reivindicações dos trabalhadores que resolveram parar. Não é apenas o aumento abusivo dos combustíveis (que atinge a todos os brasileiros), também foram citados os baixos preços do frete, a indústria da multa, os pedágios astronômicos e as péssimas condições das estradas no país. Tudo isso, acreditam eles, é uma grande injustiça que precisam enfrentar cotidianamente.

A defesa da justiça por vezes é erroneamente compreendida como algo político. Não é. Existem centenas de passagens em que os injustos são condenados. Paulo afirma em Romanos 14:17 que a justiça é característica do Reino de Deus. Logo, quando pessoas que se sentem injustiçadas lutam para que uma situação seja corrigida – e nesse caso não seria algo que afetaria somente a uma categoria, mas a todos os cidadãos – existe uma importante lição.

A Igreja não deveria limitar sua mensagem à salvação de almas. O evangelho do Reino de Deus é composto de muitas outras coisas, que derivam disso e que mudam a vida de todos quando são implantadas. Existe abundância de evidências históricas em que padrões sociais foram resgatados pela atuação da Igreja. Ainda assim, a prática da justiça não está entre os assuntos “mais populares” nos púlpitos brasileiros.

Obviamente que a greve em questão trouxe problemas e dificuldades e não há consenso sobre ela ou sobre seus possíveis resultados a curto prazo. Mesmo assim, fez com que a maioria dos brasileiros passassem a valorizar mais o que os caminhoneiros fazem todos os dias e como sua atuação é fundamental para a ordem social.

Cabe, portanto, um último questionamento: se as igrejas entrassem em ‘greve’, suspendessem seus cultos e atividades, as pessoas notariam? Sentiriam falta? Pediriam que elas voltassem a funcionar normalmente pelo bem do país? Acredito que na maioria dos casos a resposta seria positiva, mas não tenho dúvidas que neste momento a reflexão é válida e necessária.

Phonte: Gospel Prime

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