Unico SENHOR E SALVADOR

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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Estudos avançados: A Fé!


Apóstolo Sinomar F. Silveira

A origem da manifestação da fé e seus significados.

O mundo foi criado pela palavra falada por Deus, através da fé. Por meio dela Deus criou os céus e a terra, a luz, os animais, as águas, o homem, simplesmente dando uma ordem: Haja! (falando).

A origem da manifestação da fé aconteceu na criação do universo, relatada em Gênesis 1:3-31). Em Hebreus 11:3 fala dessa magnífica revelação: “Pela fé entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem”.

No Dicionário Aurélio, fé significa “firmeza na execução duma promessa ou compromisso”. Na Bíblia o seu significado está em Hebreus 11:1 – “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se vêem”. Existem muitas definições, mas esta da Bíblia é a mais apropriada para a nossa matéria.

A fé tem um fundamento firme: A Palavra de Deus. O autor da Carta aos Hebreus define fé como “...firme fundamento...” (11:1). A fé não é um salto no escuro, ou uma experiência emocional, ou mesmo uma esperança. Ela tem fundamento sólido que não pode ser abalado: A infalível Palavra de Deus. Fé em Deus e em sua Palavra nos ergue através de nossas limitações e nos ajuda a aumentar nossas possibilidades.

O que é fé?

Fé não é sentimento. Podemos sentir na alma que alguma coisa vai acontecer e não acontece. Mas quando algo brota no coração, o resultado aparece. A fé é uma luta entre a verdade e a mentira. Crer em Deus é crer em sua Palavra. Nós nos tornamos naquilo que cremos.

Santo Agostinho disse: “A fé consiste em acreditamos no que não vemos; e, como recompensa, vermos aquilo em que cremos”.

A crença nos mostra o caminho; a fé anda por ele. A fé e a obediência são amarradas no mesmo feixe. Aquele que obedece a Deus crê em Deus; e aquele que crê em Deus obedece a Deus.

“A fé sustenta os eixos do universo” (Robert L. Stevenson). Ela aplana montanhas e enche todos os abismos. A fé vê o invisível e acredita no inacreditável; a fé bíblica não apenas remove montanhas, ela atravessa túneis.

A fé prática é o elo que liga a nossa insignificância à onipotência. A resposta para a pergunta da fé “como?”, resume-se em uma palavra: Deus. A fé funciona como uma escada através da qual o homem se achega a Deus. A fé consiste em acreditar EM, e não acreditar QUE.

A fé é uma certeza do coração, acima de necessidades de provas. A incredulidade pergunta: “Como pode ser tal coisa?”. Está cheia de “comos”. Mas a fé tem uma grande resposta para todos os “comos”: Deus! A fé honra a Deus e Deus honra a fé. A fé é morta para a dúvida; surda para o desencorajamento; cega para as impossibilidades e não vê nada, a não ser a vitória em Deus. É como disse um sábio: “Não posso explicar o vento, mas posso içar uma vela, pois sei que ele existe”.

Tipos de fé

A fé natural (a fé humana).
 

Todas as pessoas têm esse tipo de fé. Não se vive sem fé. A fé é o conhecimento do significado da vida humana. A fé é a força da vida. Se o homem vive é porque crê em alguma coisa. O olhar humano é muito estreito, o horizonte da fé é infinito.

A fé é a mãe das grandes realizações. Mesmo na vida profana, a fé tem sido um poder maravilhoso. Pela fé, Alexandre venceu o mundo da sua época. Aníbal, pela fé, atravessou os Alpes; pela fé, Colombo descobriu a América. A fé não é básica apenas em assuntos religiosos.

Somos aquilo que acreditamos ser. Nenhuma aptidão, nenhum auxílio, nenhum treinamento será capaz de compensar a falta de fé. Aquilo que o homem conseguir visualizar, ele será capaz de obter, se não desistir. É a fé em alguma coisa, o entusiasmo por alguma coisa, que faz a vida digna de ser vivida.

A fé histórica.
 

Nós acreditamos nos profetas; acreditamos nos historiadores seculares; acreditamos nas profecias. Essa fé histórica não tem poder salvívico e nem transformador. Sabemos, entretanto, que os registros exarados nos anais da história humana são verdadeiros, quase todos.

A fé pública. 

É um termo jurídico que denota um crédito e deve ser dado aos documentos emitidos por autoridades. Presunção legal de autenticidade, verdade ou legitimidade de ato emanado de autoridade ou de funcionário devidamente autorizado, no exercício de suas funções.

A fé cristã. 

É a fé bíblica, a fé espiritual. Essa é a fé que transcende o que os sentidos dizem. Ela não depende do que os sentidos podem receber, mas do que a Palavra de Deus diz. A tradução da palavra “fé” (a fé espiritual) existe em vários idiomas, entre eles em latim (fides), em greto (pistia), em hebraico (emuná).

Cientistas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, descobriram que quem tem a fé cristã vive 25% mais do que os outros, gozam de melhor saúde física e mental, tem pressão arterial normal e um sistema de defesa orgânico muito mais forte.

O campo de ação da fé espiritual começa onde as possibilidades cessam e onde a vista e a percepção falham. A fé nos proporciona coragem para enfrentar o presente com confiança, e o futuro com esperança.

A incredulidade não dá um passo sem explicações prévias. Mas a fé genuína e bíblica não interroga, nem calcula; confia, afirma E. C. Mckenzie.

Lembro-me de ter lido em algum lugar: “Quem não crê, não experimenta; quem não experimenta não pode saber”. A fé não realiza nada sozinha, nem por si mesma; mas todas as coisas são operadas sob Deus, por Deus e através de Deus. Lutero não chegou a dar uma definição técnica de fé. Exemplificou-a, contudo, vivendo pela fé e na fé.

Então, essa qualidade de fé não é uma droga mágica, nem um anestésico espiritual; é a vitória que vence o mundo através de duras batalhas.

A fé que remove montanhas

Muitas pessoas desejam ter uma fé do tamanho de uma montanha, antes de tentarem mover uma semente de mostarda. A fé que remove montanhas é a fé do coração, é a fé que opera pelo amor. Essa fé funciona como uma âncora que é lançada no mar da misericórdia divina e que nos preserva do naufrágio nos momentos de desespero. 

É a fé que procede do coração e é liberada pela boca visualizada pelo espírito e materializada no mundo físico. Esse tipo de fé jamais tira os olhos, jamais tira o foco do Senhor. Pedro ia soçobrando porque não olhou diretamente, com fé inabalável, para o Mestre; pôs um olho em Jesus e o outro nas ondas.

Dois personagens bíblicos ilustram muito bem a questão da fé que remove montanhas e a fé que é fruto da razão, e por isso não produz resultados. São: Tomé e Abraão.

A fé de Tomé promana da razão, da mente, da lógica; a fé de Abraão é do espírito, do coração. Explico: Tomé quis ver, para depois crer. Abraão creu primeiro para depois ver. É por isso que o patriarca é chamado de “pai da fé”.

A fé da mente só crê no que os sentidos atestam. Tomé havia presenciado Jesus falando, curando, repreendendo os ventos, expulsando demônios, andando sobre as águas. Ouvia também Jesus dizendo que morreria pela humanidade em Jerusalém, mas que ao terceiro dia ressuscitaria dos mortos. Tudo isso, porém, só entrou na sua cabeça e não desceu para o coração.

Abraão não desejou ver para crer. Para ele bastou ouvir a voz de Deus para obedecer imediatamente. Essa fé remove montanhas. A fé bíblica é sobre-humana, é divina. A fé natural vem do homem.

Em nenhum lugar da Bíblia encontramos Jesus Cristo dirigindo culto fúnebre. Ele trazia os mortos de volta à vida, pois usava a palavra de fé que remove obstáculos.

Jesus não orava para ninguém ficar curado (não é incorreto fazer isso). Jesus ordenava pela “palavra da fé” e o milagre acontecia.

Walter Maier dizia: “A fé cristã genuína, além de remover montanhas, oferece paz na guerra, conforto na tristeza, força na fraqueza e luz na escuridão”.

Inimigos da fé

A razão. 

A razão mora na mente. Se ela pudesse, tomaria o lugar da Palavra de Deus. Temos que saber que a fé é gerada no nosso coração e não em nosso pensamento. A razão acontece em nossos cinco sentidos.

Os sentidos. 

Os sentidos estão localizados no corpo e dependem do reino material. Os sentidos operam totalmente na área da carne, do visível, do material. A fé, por outro lado, opera no reino invisível, espiritual.

“Espero que”. Essa expressão manifesta dúvida e essa não convive com a fé. A fé, porém, está plenamente certa de que já tem o que a promessa diz.

A dúvida. 

A dúvida destrói a fé, porque questiona as promessas de Deus, fazendo-o mentiroso. Mas a palavra de Deus diz: “Tudo é possível ao que crê” (Marcos 9:23).

“Se”. 

Muitas vezes a fé é enfraquecida com um “se for da tua vontade”. Ora, a fé começa onde a vontade de Deus é conhecida.

Oração negativa. 

Só temos o que dizemos. Se a nossa boca fala de derrota, doença, etc., é isso que temos. Daí a importância de orar a Palavra, pois assim estaremos começando a obter a resposta.

Independência. 

Como teremos as direções vindas de Deus, se temos direções particulares (Romanos 8:8 e João 3:6). As direções do Senhor sempre virão no nosso espírito, enquanto a independência, consequência do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, trará sempre morte.

Pecados ocultos não confessados. 

Podemos comparar nossos pecados com a lepra. Não percebemos que estamos apodrecendo e morrendo e, quando notamos, já é tarde, pois toda nossa vida já foi tragada por ela (Gálatas 2:19-20, Romanos 6:7,8,11). Não se pode ter coração cheio de fé, se ele está cheio de acusações malignas.

Motivações erradas. 

Deus prova os homens pelo coração, pois é de lá que procedem as fontes da vida (Provérbios 4:23). O nosso coração deve estar em linha com o trono de Deus para que nossa fé seja frutífera (Mateus 6:33).

Achar normal os padrões do mundo. 

Isso é um empecilho para liberar nossa fé. Temos um bom exemplo em Gênesis 13:1-18. Ló era alguém que andava somente de carona na fé de Abraão. Quando foi preciso que ele próprio decidisse sua vida, escolheu somente as coisas naturais e humanas, o que trouxe, por conseguinte, uma vida de fracassos. Nós não somos homens naturais, por isso não devemos andar no natural.

Ceder às pressões naturais ou até espirituais. 

Deus havia falado a Abraão que daria a ele um filho. Ele e sua esposa resolveram acelerar o que Deus estava querendo. Tomaram a Hagar para que ela concebesse aquele filho (Gênesis 16). Essa nunca foi a vontade de Deus. Ele só age quando todos os recursos humanos estão esgotados. Porque assim é a fé (Hebreus 11:1). Devemos caminhar sempre debaixo das direções divinas, mesmo que passemos por tribulações.

Experiências contrárias à Palavra. 

Este princípio é o que vai mais diretamente contra o cumprimento da Palavra (Lucas 5:1-11): “Maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (I João 4:4b). Precisamos parar de andar sobre as experiências pessoais e começar a andar conforme a Palavra de Cristo.

Confissão errada. 

Porque a boca fala do que está cheio o coração (Mateus 12:34b). A fé está diretamente ligada com o que confessamos (Mateus 8:13). Muitas vezes estamos debaixo de pressões e situações das mais adversas e esquecemos que nosso Pai cuida de nós se confessarmos a Ele.

Declaração de fé evangélica


A Bíblia Sagrada – Nós cremos na inspiração divina da Bíblia Sagrada, tanto no Novo quanto no Antigo Testamento (II Timóteo 3:16; Hebreus 4:12; I Pedro 1:23-25; II Pedro 1:19-21).

Deus – Nós cremos em um único Deus revelado em três pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo (Mateus 3:16,27; João 17).

Homem – Nós cremos que o homem, em seu estado natural, é pecador, perdido, incapaz, sem esperança e sem Deus (Romanos 3:19-23; Gálatas 3:22; Efésios 2:1,2,12).

Divindade e humanidade de Jesus Cristo – Nós cremos que Jesus Cristo de Nazaré é Deus, veio em carne e que Ele é 100% Deus e 100% homem (Lucas 1:26-38; João 14:1-3; Atos 2:36, 3:14-15; Filipenses 2:5-12; Efésios 1:3-15).

Expiação do sangue – Nós cremos no poder salvador do Sangue de Jesus Cristo e na sua justiça, atribuída a todos os que crêem nele com fé (Atos 4:12; Romanos 4:1-9, 5:1-11; Efésios 1:3,5).

Ressurreição do corpo – Nós cremos na ressurreição do corpo de Jesus Cristo (Lucas 24:39-43; João 20:24-29).

Ascensão – Nós cremos que Jesus Cristo ascendeu ao Pai e está presentemente assentado à direita dele, intercedendo por nós (João 14:1-6; Romanos 8:34).

Segunda vinda – Nós cremos na visível e corporal volta de Jesus Cristo para esta terra, para reunir sua Igreja (Noiva) e julgar o mundo (Atos 1:10,11; I Tessalonicenses 4:13-18; II Tessalonicenses 1:7-10; Tiago 5:8; Apocalipse 1:7). Não é necessário que nós todos acreditemos igualmente quando Ele vem.

Salvação – Nós cremos que os termos da salvação são: Arrependimento diante de Deus pelo pecado e uma fé pessoal e sincera em Jesus Cristo como Senhor, que resulta na regeneração da pessoa. Esta salvação é completada pela graça de nosso Senhor e não pelas obras naturais. Obras naturais são excluídas exceto como fruto de salvação, obras de fé (Atos 3:19-20; Romanos 4:1-5; Efésios 2:8-10; Tiago 2:14-26).

Igreja local – Nós cremos que a Igreja de Jesus Cristo se expressa localmente com crentes que tenham sido batizados no Corpo de Cristo pelo Espírito Santo; que estão sob autoridades reconhecidas e autorizadas; e que se reúnem para adorar, levar adiante a comissão da Igreja e ministrar de acordo com o que o Espírito Santo dirigir (Mateus 16:18, 28:19-20; Atos 2:40-47, 20:28; Efésios 5:22-32; I Timóteo 3:15).

Ordenanças – Nós cremos que as duas ordenanças da Igreja são o batismo nas águas e a comunhão, representada pela Ceia do Senhor (Mateus 3:15-16, 28:19-20; Atos 8:38; Romanos 6:1-4; Lucas 22:13-20).

Vida separada – Nós cremos que os crentes devem, como os primeiros discípulos de Jesus fizeram, praticar a vida distinta do mundo e, em Jesus Cristo, estabelecer padrões de conduta que exaltarão o Senhor e a sua Igreja (Romanos 12:1-3; II Coríntios 6:17; Gálatas 6:14; Efésios 5:11; Colossenses 3:17).

Céu e inferno – Nós cremos que as Sagradas Escrituras colocam claramente o castigo eterno para o perdido e a felicidade e salvação eterna para o salvo. Inferno para o não salvo e céu para o salvo (Mateus 25:34,41,46; Lucas 16:19-31; João 14:1-3; Apocalipse 20:11-15).

Espírito Santo – Nós cremos que o Espírito Santo é a terceira Pessoa da Trindade, cujo propósito na redenção do homem é convencê-lo do pecado, regenerar o crente arrependido, levar o crente a um entendimento das Sagradas Escrituras, habitar e dar dons ao crente como Ele deseja, de forma que o crente possa ministrar como Cristo ministrou aos homens.


Nós cremos que a manifestação do Espírito Santo citada em I Coríntios 12:8-11 opera nas igrejas hoje, as quais se submetem ao Senhor Jesus Cristo. Nós cremos que o crente pode ser batizado no Espírito Santo durante o tempo em que Jesus o está regenerando, ou em qualquer tempo subsequente à sua experiência de novo nascimento.

Nós cremos que o batismo no Espírito Santo, com evidência de falar em outras línguas (quando o Espírito dá expressão vocal) é para todos os crentes. Foi testemunhado pelos primeiros discípulos, e está evidenciado na vida de muitos crentes hoje (Mateus 3:11; Lucas 11:13; João 7:37-39, 14:16-17; Atos 1:4-8, 2:39-47, 10:44-47, 19:1-6).


Cura divina – Nós cremos que Deus usa médicos e remédios e outros materiais para curar. Contudo, nós cremos que cura divina foi providenciada para nós na expiação de nosso Senhor Jesus Cristo. Cura divina pode ser recebida através de imposição de mãos pelos pastores e anciãos, bem como pela imposição de mãos dos crentes, pela oração de uma pessoa ungida com o dom de curar enfermidades, pela unção com óleo e pela oração de fé, ou por um ato direto de fé onde o crente recebe cura do Senhor Jesus Cristo sem a ministração do homem (Isaías 53:5; Tiago 5:14-16; Marcos 16:18; I Coríntios 12:9; Marcos 11:23).

Sacerdócio dos crentes – Nós cremos que cada crente é um sacerdote do Senhor Jesus Cristo e tem direto acesso ao Pai através do Senhor Jesus. Cada pessoa deve acreditar por ele mesmo, ser batizado por ele mesmo, obedecer por ele mesmo e responder ao seu Criador por ele mesmo (I Pedro 2:9; Apocalipse 1:6).

Governo da Igreja – Nós cremos que a Igreja do Novo Testamento seja apostólica na natureza e governada pelas autoridades delegadas de apóstolos, profetas, evangelista, pastores e mestres, membros integrantes da equipe ministerial. Quando for considerado melhor para a vida da igreja e testemunho do Senhor, a equipe ministerial pode disciplinar, em espírito de amor, qualquer membro que se desvie dos regimentos de fé desta comunidade local.

Apóstolo Sinomar F. Silveira, presidente do Conselho de Pastores – Goiânia

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