Unico SENHOR E SALVADOR

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domingo, 10 de agosto de 2014

O Cessacionismo.

Enquanto alguns Cessacionistas afirmam que o Continuísmo (ou Pentecostalismo) é uma das maiores heresias da Igreja evangélica moderna, podemos observar que na verdade o Cessacionismo é que se trata de um dos primeiros e mais perigosos casos de pragmatismo da história da Igreja, pois baseia uma doutrina não no que está escrito de forma clara nas Escrituras neotestamentárias, mas nas evidências históricas do desaparecimento dos dons no segundo século, ou seja, na EXPERIÊNCIA. 

O "perigo" a que me refiro está no fato de que cristãos reformados, que geralmente apresentam maior equilíbrio doutrinário e observância escriturística, abominando toda e qualquer forma de pragmatismo, adotaram uma doutrina pragmática, abrindo mão de qualquer coerência relacionada com o princípio reformado do SOLA SCRIPTURA, desprezando textos bíblicos muito mais claros que os que são usados para desmoralizar o Continuísmo...

São poucos os textos bíblicos que supostamente embasam o Cessacionismo. Eis os principais:

E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Ora o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram” (Mc 16:17-20).

O amor nunca falha, mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado” (1 Co 13:8-10).

Havendo Deus antigamente falado muitas vezes e de muitas maneiras aos pais, pelos profetas, a nós, falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho” (Hb 1:1).

A lei e os profetas duraram até João” (Lc 16:16).

O texto da carta aos Coríntios é o mais usado, embora seja de não muito fácil entendimento; ou seja, o texto não é claro e nem conclusivo. Usá-lo para desmerecer o Continuísmo é equivalente a usar o texto de 1 Co 15:29 para justificar a doutrina mórmon de batismo por procuração em nome dos mortos, ou usar o texto de Jo 3 para justificar a reencarnação, como fazem os espíritas. É criar doutrina baseado em texto isolado de seu contexto, prática que a boa teologia desmerece e não incentiva.

Há muitos autores sérios que são adeptos do Cessacionismo, os quais respeito profundamente no universo da boa teologia. Já tive a oportunidade de ler alguns, a grande maioria homens sérios e bem intencionados teologicamente falando. Entretanto, lamento profundamente que os mesmos apresentem farta e bem elaborada argumentação lógica, mas não baseiem tal argumentação com TEXTOS BÍBLICOS NEOTESTAMENTÁRIOS que deem lastro sólido às suas crenças.

A doutrina do Espírito Santo para a Igreja evidentemente precisa se basear em textos do Novo Testamento, pois o Espírito só foi concedido após a implantação da Nova Aliança e a formação da Igreja. A falta de base bíblica sólida, portanto, torna a doutrina um exemplo de pragmatismo e eisegese sem tamanho! Como eu costumo dizer, há mais textos que afirmam ou transparecem a triunidade divina do que a cessação dos dons ao fim do primeiro século! E como eu sou adepto do princípio reformado do "Sola Scriptura", não me convenço com meros argumentos. Quero base bíblica! Estaria eu errado em pedir aos Cessacionistas o que peço igualmente aos "neopentecostais": que embasem suas crenças e práticas com textos bíblicos??

É importante frisar que o Cessacionismo não afirma que TODOS os dons cessaram, mas apenas os dons revelativos ou de poder, como o dom de profecias e o dom de curas. Embora não creiam no DOM de curas, jamais deixaram de crer na cura divina. Em suas Igrejas, ou em seu dia-a-dia, oram pelos enfermos e esperam, com fé, pela cura, submetendo-se à vontade soberana do Senhor.

Embora eu respeite muito os cessacionistas (tenho muitos amigos cessacionistas, e confesso que me dou melhor com eles do que com muitos que se dizem "pentecostais") e até entenda algumas das razões de sua crença, não me inclino a crer na cessação, e uma das principais razões é porque algumas perguntas óbvias não me são respondidas satisfatoriamente pelo cessacionismo:

1. A Escritura afirma que Deus concedeu os dons à Igreja para sua EDIFICAÇÃO, repetindo tal informação pelo menos por quatro vezes no capítulo 14 de 1 Coríntios (vv 3. 5, 12 e 26). Crer na cessação de alguns não seria uma forma de negar-lhes tal atributo, ou seja, não servem mais para edificação, e por isso cessaram?

2. Os dons desapareceram no segundo século por vontade de Deus, ou porque os homens extinguiram o Espírito, como próprio Paulo previu e preveniu a Igreja a lutar contra este acontecimento (1 Ts 5:19)? Não acredito que tal desaparecimento tenha se dado por vontade ou propósito de Deus, pois Ele não deixou tal propósito claramente exposto na própria Escritura; pelo contrário, quando nos adverte que não devemos extinguir o Espírito deixa-nos transparecer que é o HOMEM, e nunca Ele, quem promove qualquer cessação!

3. A Escritura realmente afirma que “havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá” (1 Co 13:8), deixando claro que haverá uma cessação dos dons. Isso é inegável, e os próprios Continuístas admitem que um dia haverá uma cessação. Mas aonde a Escritura deixa claro quando se dará tal cessação?? Por que ao término do primeiro século? Por que com o fechamento do cânon? Aonde encontramos base clara para tal afirmativa?

4. Por que a cessação dos dons extraordinários se deu com a morte do último apóstolo? Isto só teria base se apenas os apóstolos apresentassem os dons, o que a Escritura demonstra claramente que não... Paulo orienta os Coríntios a buscarem os melhores dons, principalmente o de profecia, embora não houvesse apóstolos entre eles, o que deixa claro que os dons de revelação não eram exclusividade dos apóstolos!

5. Como podem os Cessacionistas afirmar com tanta certeza que a vinda do "perfeito" citado em 1 Co 13:10, o marco da época do desaparecimento dos dons, é o fechamento do cânon neotestamentário? Há base bíblica clara para tal conclusão? Por que o "perfeito" é o cânon, e não JESUS, na Sua vinda?

6. O texto de 1 Co 13:8-10 diz que “havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará ... porque em parte conhecemos e em parte profetizamos”, e acrescenta que “quando vier o perfeito, o que é em parte será aniquilado”. O que é que é "em parte" que será aniquilado? O conhecimento, ou a profecia? A ciência, ou as línguas?  E por que estas, e não aquelas??

7. Em relação a “quando vier o que é perfeito”, o próprio texto afirma que “agora, vemos por espelho, em enigma, mas, então [quando chegar o Perfeito, e cessarem os dons], veremos face a face; agora conheço em parte, mas, então, [quando o perfeito chegar] CONHECEREI COMO TAMBÉM SOU CONHECIDO” (1 Co 13:12 - grifos e colchetes meus, para melhor compreensão). Pergunto: quando o cânon se fechou no fim do primeiro século e os dons cessaram pela chegada do "perfeito", chegamos a esta plenitude de conhecimento anunciada pelo próprio texto em questão, a ponto de conhecermos a Deus no mesmo nível que somos conhecidos por Ele? Este nível de conhecimento é possível nos dias de hoje, mesmo com o cânon devidamente fechado?

8. Como se pode afirmar com tanta convicção que “os sinais seguirão os que creem” (Mc 16:17), mas só seguirão no primeiro século, e não mais seguirão nos demais séculos, se tal informação não está clara no texto? Aonde a base bíblica neotestamentária, indicando claramente em qual(is) época(s) os sinais seguiriam os que crerem? Sem base bíblica, isso me parece puro pragmatismo, pura observação de evidências... O mesmo que fazem os neopentecostais... Ou não?? 

9. Não são os reformados que afirmam que "o que a Bíblia não fala com clareza, não pregue com firmeza"? Ora, parece-me que há mais clareza no ensino dos dons espirituais do que no ensino da cessação!! Há mais base bíblica para a Trindade do que para o Cessacionismo! Há muito mais material bíblico neotestamentário que depõe a favor da continuidade dos dons do que contra!! São TRÊS CAPÍTULOS completos na primeira carta aos coríntios (12-13-14) e outros textos nas demais cartas ensinando pormenorizadamente sobre os dons e doutrinando a Igreja para usá-los de forma adequada. Por que então tantra "firmeza" em pregar a cessação, quando a Escritura ensina com muito mais firmeza e clareza o continuísmo?? 

10. Segundo o Cessacionismo, nem todos os dons desapareceram, mas somente os revelativos e os de poder (línguas, profecias, milagres, curas...). Baseados em quê, na Escritura, eles afirmam que o dom "A" desapareceria e o dom "B" não, ou que tal classe de dons cessaria e outra classe não?? Mais uma vez, por favor, base bíblica, e não base pragmática!

11. Se os dons foram cessando com a proximidade da morte dos últimos apóstolos (à medida que estes envelheciam e o cânon era fechado), e uma das evidências disto segundo o Cessacionismo foi o fato de Paulo não conseguir mais curar a Timóteo ou a Epafrodito, como então Paulo conseguiu curar todos os enfermos da ilha de Malta, já perto do fim de sua vida (At 28)? A incapacidade de Paulo curar seus companheiros de ministério demonstra a CESSAÇÃO do dom de cura (cura esta que até os cessacionistas afirmam ser possível através da oração, independentemente do DOM DE CURA!), ou a SOBERANIA, a VONTADE DE DEUS de curar ou não um doente?

12. Se a Nova Aliança é ETERNA, se a fé foi dada aos santos de uma vez (Jd 3) e disposta no cânon neotestamentário, o que leva alguém a crer que CERTAS PARTES da Escritura neotestamentária não têm mais validade para nossos dias, mas só valeram nos primeiros anos da Igreja? É isso mesmo, ou é CONVENIÊNCIA, para excluir da doutrina aquilo que não nos é interessante ou conveniente? 

13. O que levaria o Espírito Santo a inspirar textos como 1 Co 12-14 e colocá-los na Escritura neotestamentária, para meio século depois estes mesmos textos deixarem de valer? Aprendi em teologia que só foi possível substituir-se a Antiga Aliança após o estabelecimento da Nova Aliança, e somente assim pode-se tornar desnecessários e nulos todos os cerimoniais da Lei... Qual "Novíssima Aliança" foi estabelecida ao fim do primeiro Século que justificaria a anulação da pneumatologia da Nova Aliança, conforme disposta nas cartas paulinas, mormente 1 Coríntios?

14. Os cessacionistas dizem que "os dons extraordinários do Espírito Santo já não são mais necessários como no tempo dos apóstolos, e cessaram desde então". Mas, com que base bíblica os tais fundamentam tal declaração? Em que lugar da Escritura se afirma que em dado período da Igreja os dons se tornariam desnecessários? Ou isso foi deduzido por lógica pragmática? Enquanto a Escritura afirma claramente que os dons foram dados à Igreja para sua EDIFICAÇÃO, os Cessacionistas afirmam que não são mais necessários, não mais edificam!! E isto sem qualquer base neotestamentária sólida!

15. Por que os Cessacionistas confundem DONS DE PROFECIA com o que eu particularmente chamo de "DOM DE INSPIRAÇÃO CANÔNICA"?

Quanto a este item, preciso fazer algumas considerações:

Há uma abissal diferença entre REVELAÇÃO (através de dons revelativos, como a profecia) e a INSPIRAÇÃO para escrever a Palavra de Deus, e é exatamente esta diferença que o Cessacionismo desconhece ou busca desconhecer para não admitir seu erro de gênese. Não podemos jamais confundir DONS REVELATIVOS com a capacidade extraordinária de ESCREVER O TEXTO INSPIRADO; a própria Escritura relata profetas que nunca escreveram UMA ÚNICA LINHA de texto inspirado, canônico! Entre estes que profetizaram (e tiveram suas profecias ou sua condição de profeta relatadas no texto inspirado) podemos citar no NT Ágabo e as filhas do diácono Felipe (At 21:8-11), que embora fossem profetas nunca produziram uma única linha de texto inspirado, nunca foram autores de nenhum livro neotestamentário. 

Seria muita ingenuidade pensar, por exemplo, que o ministério profético de OBADIAS tenha durado apenas algumas horas, tendo em vista que sua produção canônica foi de apenas um capítulo! O que durou um capítulo foi sua inspiração canônica veterotestamentária, mas certamente seu ministério como profeta perdurou por muitos anos! O mesmo se dá com Judas, o irmão do Senhor, cuja produção canônica neotestamentária se resume a um capítulo. E é possível que Judas nem tenha sido usado por Deus em dons proféticos! Podemos concluir que a inspiração da Escritura (que se encerrou definitivamente com o Apocalipse; isto nenhum Continuista sério nega!) e o dom de profecia são coisas diferentes, o material inspirado (canônico) é absolutamente superior a qualquer profecia.

A INSPIRAÇÃO, indiscutivelmente, cessou no fim do primeiro século, com o fechamento do cânon, e nada mais pode ser-lhe acrescido. Os dons revelativos, entretanto, perduram até os nossos dias, e perdurarão durante todo o período em que a Igreja esteja na terra, sem, contudo, ter qualquer poder de gerar texto inspirado, criar ou revogar doutrina, acrescer ou decrescer o conteúdo da Escritura. Nenhum pentecostal sério considera uma profecia como superior, e nem mesmo em patamar igual ao texto inspirado. Os dons revelativos são inferiores à Escritura, e a ela estão sujeitos! Em nenhum lugar do NT uma profecia foi motivo de doutrina! A

s doutrinas da Igreja foram produzidas por INSPIRAÇÃO. Logo, a função das profecias, desde o dia de Pentecostes até os dias de hoje, não é doutrinar ou acrescer novas revelações à doutrina, e nem decrescer qualquer texto canônico (o que me parecem fazer os cessacionistas, querendo nos fazer acreditar que o texto A, B e C são somente válidos para o primeiro Século da Igreja), e sim no máximo trazer luz ao texto da Escritura!

16. Qual o critério para compreendermos que o texto A da Escritura neotestamentária é válido para nossos dias, e o texto B só valeu para a época dos apóstolos? De onde depreendemos isto, senão do pragmatismo do segundo século?

17. Se Deus antigamente usava profetas para falar aos homens, e com o advento do Filho passou a falar unicamente através dEle, como bem fala o texto de Hb 1:1, e tal texto depõe a favor do Cessacionismo, como é que nos tempos pós-ascensão do Filho o Espírito Santo continuou a falar através dos profetas, até o fim do primeiro Século? Após o Filho, não cessou o ministério profético? Como se justifica, então, que após a ascensão do Filho ainda tenham se levantado profetas como Ágabo, as filhas de Felipe e outros mais, citados no texto canônico? Igualmente, se "os profetas duraram até João" (Mt 11:13; Lc 16:16) como se explica, APÓS JOÃO, terem surgido estes profetas que já citamos?
Finalmente, complemento:

Não é porque o pentecostalismo (ou o neopentecostalismo) tenham erros em sua doutrina ou conduta que a verdadeira e bíblica doutrina continuísta deva ser negada e/ou eliminada. Paulo encontrou uma bagunça generalizada na igreja de Corinto, com pecados sérios e uso incorreto dos dons; entretanto, mesmo à vista de tais erros, muitos deles gravíssimos, ele não mandou a Igreja parar com os dons (como provavelmente fariam os cessacionistas diante do quadro da Igreja em Corinto), mas antes ensinou os coríntios a usá-los de forma correta, e ainda os estimulou a BUSCAR NOVON DONS, os melhores! 

Em relação aos textos usados para supostamente confirmar a cessação, faz-se necessário que os cessacionistas não somente elenquem textos bíblicos que supostamente defendam e demonstram sua crença, mas observem o seu contexto histórico e literário, além das dificuldades naturais de interpretação e compreensão dos mesmos! Vejamos:

[1] Usar Hebreus 1, por exemplo, como justificativa para a cessação dos dons é forçar o texto a dizer o que ele não diz! O escritor escreve a judeus, provando que antigamente Deus falava pelos profetas (Antiga Aliança), e hoje nos fala pelo Filho (Nova Aliança), e neste aspecto em momento algum afirma que os profetas deixaram de existir na Igreja após o nascimento, ou a morte, ou a ascensão do Senhor, e nem após a morte do último apóstolo ou o fechamento do cânon. O texto, o livro de Hebreus em si, NÃO TRATA de cessação ou de dons espirituais, e sim da superioridade da NOVA ALIANÇA sobre a antiga, e do sacerdócio de Cristo sobre o sacerdócio aarônico.

[2] Usar 1 Co 13:8 esquecendo do contexto imediato (vv 9-12) ensina uma falácia (assim como os espíritas usam Jo 3:3 para ENSINAR A REENCARNAÇÃO e os Mórmons usam 1 Co 15:29 para ensinar o BATISMO POR PROCURAÇÃO, em nome de um parente falecido, desprezando o contexto literário imediato) e demonstra desprezo com a verdade e com a Escritura.

[3] Usar Mc 16:17-20 e tentar extrair dele a informação que os sinais acompanhariam APENAS as pessoas que faziam parte daquela geração está mais para EISEGESE do que para exegese!

Na verdade, o Cessacionismo é uma doutrina em poucos textos isolados, fora de seu contexto e de interpretação duvidosa, aliando-os ao pragmatismo do segundo século, ao passo que desprezam três capítulos inteiros de 1 Co (12 a 14), nos quais Deus prescreve a DOUTRINA do uso dos dons na Igreja... Interessante isso, eu repito: Deus inspirar três capítulos doutrinários inteiros, para poucos anos depois cessar os dons, declarando tais textos como nulos e inválidos para outros dezenove séculos de Igreja!

Agora, QUE UMA COISA FIQUE BEM CLARA: muitos dos "dons" apresentados hoje nas Igrejas ditas "carismáticas", mormente as "neopentecostais", não têm qualquer característica de dons do Espírito Santo, e muito menos são de Deus!! E que fique claro igualmente que, mesmo como continuísta que sou, não desprezo ou desmereço meus irmãos cessacionistas. Aliás, prefiro mil vezes um cessacionista sincero, zeloso em não permitir o erro no seio da Igreja, do que um continuísta não bíblico que aceita qualquer manifestação como se fora Deus, sem julgá-las à luz da Escritura e do bom senso (e olha que a igreja está cheia destes últimos!!)!

Uma outra coisa que deve ficar clara: a observação de grupos que se dizem pentecostais mas que não seguem os princípios bíblicos do verdadeiro pentecostalismo, não é um bom padrão para analisar, avaliar e julgar o movimento carismático! Seria o equivalente a desprezarmos a Bíblia porque homens inescrupulosos e apóstatas a deturparam e deturpam, ou desprezarmos a fé protestante por que as Igrejas que a professam estão cheias de erros e de falsos pastores. 

Bom seria aos que buscam negar o continuísmo que analisem primeiramente os textos bíblicos que tratam dos dons do Espírito, e depois a boa teologia pentecostal, e assim tirem suas conclusões, e não analisando as Igrejas apóstatas e os apóstatas do pentecostalismo ou do neopentecostalismo. Julgar os Carismáticos analisando os apóstatas é tão sábio quanto julgar a Igreja Católica e seu sacerdócio analisando a conduta de padres pedófilos, achando que a pedofilia é a norma e o ensino da ICAR. 

Fonte: Blog do Esquizilton

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