Julio Severo
Wayne Madsen, um jornalista investigador cujas pesquisas sobre questões de segurança conheci pela primeira vez em meu site conservador favorito, o WND, lida com a ascensão vertiginosa de Marina Silva, uma radical ambientalista e socialista que é a candidata mais provável para derrotar a presidente socialista do Brasil, Dilma Rousseff, na eleição presidencial.
Marina Silva e Leonardo Boff, da Teologia da Libertação |
Madsen tem alguns pontos interessantes, mas em outros aspectos ele não consegue ver o que é óbvio para nós conservadores brasileiros. Por exemplo, ele disse: “A derrota de Dilma sinalizaria uma vitória para as atividades secretas do governo Obama para eliminar de cena os presidentes progressistas em toda a América Latina.”
Ora, por que o Obama progressista iria querer eliminar seus camaradas progressistas na América Latina? O padrão, de acordo com Madsen, parece ser “pró-negócios” versus “anti-negócios” — e os EUA são campeões em negócios. Por isso, se um presidente progressista da América Latina se opõe aos grandes negócios do presidente progressista dos EUA, ele sofrerá oposição do governo americano. Por outro lado, se um presidente progressista latino-americano defender o aborto e a homossexualidade, ele não enfrentará nenhuma oposição de seu camarada na Casa Branca. As ávidas políticas pró-sodomia e pró-aborto de Dilma nunca enfrentaram nenhuma oposição do governo dos EUA. Ela está enfrentando isso agora só por causa de questões de negócios.
Madsen também parece pensar que “socialista” e “pró-negócios” são estranhos parceiros de cama.
Se “pró-negócios” não habilita um socialista a ser socialista, então a China, com seus milhares de fábricas americanas, certamente não é socialista nessa definição. Mas a verdade é, a China é radicalmente socialista e um grande e privilegiado aliado comercial dos EUA.
Os socialistas no Brasil podem ter variadas nuanças para lidar com a economia, mas sua abordagem às questões morais fundamentais é basicamente igual. Em palavras e ações políticas, eles têm defendido, em menor ou maior grau, o aborto e a agenda gay, principalmente o “casamento” gay, do jeito que os socialistas ocidentais fazem.
Madsen diz que Marina Silva é “pró-israelense.” Qual é a base dele para tal declaração? Ele parece não gostar de Israel. Al Jazeera, um site noticioso muçulmano que não é conhecido por simpatizar com Israel, noticioude forma simpática sobre Marina. Nenhuma menção sobre posturas “pró-israelense” de Marina.
A aparente postura anti-Israel de Madsen não faz sentido, pois George Soros, denunciado por ele como por trás da ascensão de indivíduos progressistas como Marina e, consequentemente, da “desestabilização” da eleição do Brasil, está igualmente investindo na desestabilização do tradicional apoio evangélico a Israel. Com sucesso, ele investiu na desestabilização da Ucrânia. Tal é seu poder. Como geralmente fazem os esquerdistas, Soros coloca sua ideologia socialista anti-Israel acima de sua herança judaica. De forma semelhante, Marina coloca sua ideologia socialista acima de sua fé cristã.
Conversei com um grande especialista evangélico sobre Israel, e ele nada sabe de uma Marina “pró-israelense.” Além disso, os aliados políticos dela são socialistas anti-Israel.
Talvez Madsen supôs que pelo fato de que Marina Silva é membro de uma igreja pentecostal — a Assembleia de Deus —, a conclusão lógica é que ela é naturalmente pró-Israel tal qual é a maioria dos pentecostais do Brasil. No entanto, as raízes religiosas originais dela vêm da forma mais popular de catolicismo no Brasil: a Teologia da Libertação, que é anti-Israel.
Essa teologia é muito comum entre católicos do Brasil, que é a maior nação católica do mundo. Mas não é comum entre pentecostais. Geralmente, as pessoas que têm uma conversão na Assembleia de Deus ficam sob a obrigação de abandonar sua vida passada, inclusive o catolicismo e a Teologia da Libertação. Não existe explicação para o que aconteceu no caso de Marina. Não se conhece a razão de seu marxismo católico popular ter tido liberdade de sobreviver à sua conversão religiosa ao pentecostalismo.
Meu livreto “Teologia da Libertação versus Teologia da Prosperidade” diz: “Marina Silva, que hoje é membra da Assembleia de Deus em Brasília, se gaba de que conheceu o “evangelho vivo” na Teologia da Libertação que aprendeu com Leonardo Boff, um dos maiores propagandistas dessa teologia no Brasil. Boff e sua teologia foram oficialmente condenados pelo Vaticano durante o papado de João Paulo 2, mas essa condenação oficial não impediu Marina de seguir o homem e sua teologia” (p. 12). Boff é seu conselheiro.
Marina Silva se queixou da “onda de conservadorismo” que quase derrotou Dilma Rousseff na eleição presidencial de 2010. A onda conservadora foi a expressão de fortes sentimentos cristãos contra o aborto e o homossexualismo. Em vez de se colocar frontalmente contra o histórico e posições patentemente abortistas e homossexualistas de Dilma e do PT, Marina, em sua “Carta Aberta aos Candidatos à Presidência da República Dilma e Serra”, criticou abertamente o que ela enxergou como “esse conservadorismo renitente que coloniza a política e sacrifica qualquer utopia em nome do pragmatismo sem limites” (p. 16).
O histórico político dela é o mesmo de Dilma: o Partido dos Trabalhadores.
A análise de Madsen tem só uma conclusão: os EUA só apoiarão progressistas “pró-negócios” (isto é, pró-EUA).
Minha opinião é que o Brasil deveria se livrar de ambos progressistas (pró e anti-EUA). E os EUA deveriam também se livrar de seu progressista na Casa Branca.
Sobre a CIA assassinando indivíduos que atrapalham os interesses do governo dos EUA, recomendo o livro “Target: Patton: The Plot to Assassinate General George S. Patton” (Alvo: Patton: O Complô para Assassinar o General George S. Patton), que mostra como a organização predecessora da CIA pode ter sido responsável pelo assassinato de Patton, que queria derrubar a União Soviética. Aliás, este livro mostra a CIA e sua predecessora matando muitos outros inimigos (inocentes ou não) dos interesses dos EUA.
Não me entenda mal: não me oponho se o governo dos EUA e a CIA matam bandidos. Há informação de que quando os militares do Brasil derrubaram os comunistas na década de 1960, o governo americano os “ajudou.” Mas o atual governo dos EUA está traindo os militares anticomunistas e ajudando apenas os progressistas do Brasil a fortalecer os interesses dos progressistas americanos “pró-negócios.”
Agora a guerra não é sobre comunistas versus conservadores. É progressistas pró-EUA versus progressistas anti-EUA. É progressistas americanos “pró-negócios” contra progressistas estrangeiros “anti-negócios.”
O que é interessante é que Madsen não faz nenhuma menção acerca da obsessão socialista unificada e enorme em prol da promoção do aborto e homossexualismo. Questões econômicas importam mais para ele do que questões morais e éticas? Obama e Dilma não têm nenhuma discordância sobre impor suas ideologias progressistas de aborto e homossexualidade. As discordâncias deles são apenas econômicas. Em outros aspectos, eles são “família” — uma família progressista.
Agora leia a análise de Madsen tendo em mente o que a Bíblia diz:
“Examinai todas as evidências, retende o que é bom.” (1 Tessalonicenses 5:21 KJA)
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