Unico SENHOR E SALVADOR

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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Kremlin realiza encontro internacional de líderes pró-família e é acusado pelo jornal The Moscow Times de fazer a festa dos “neocons” do mundo inteiro

Julio Severo 
Ao escolher valores conservadores e encabeçar a defesa deles na ONU, a Rússia representa uma esperança para combatentes pró-vida num mundo cada vez mais corrompido pela devassidão do sexo livre, imposição do aborto, abrangente educação sexual imoral, controle populacional, doutrinação homossexual mediante a mídia e escolas, concordaram os participantes de um fórum em 10 de setembro em Moscou, Rússia.
Julio Severo e Don Feder no Kremlin
O Fórum da Família Grande e o Futuro da Humanidade (Fórum FGFH) teve sua abertura no Kremlin, reunindo políticos e ativistas conservadores de 45 países, principalmente dos EUA. Esse tipo de evento, especialmente em seu formato internacional como tem sido feito pelo Congresso Mundial de Famílias, foi uma ideia original de Anatoly Antonov e Allan Carlson. Num jantar perto de uma antiga sede da KGB, Antonov me disse que ele havia sido torturado pela KGB e enviado ao Gulag na década de 1960. Ele tinha então 19 anos e era um dissidente da tirania soviética. Hoje ele é um filósofo e professor da Universidade Estatal Lomonosov de Moscou.
Os participantes do Fórum FGFH criticaram o aborto, o “casamento” homossexual e as paradas gays como ameaças aos valores tradicionais.
De acordo com uma reportagem de LifeSiteNews, o Patriarca Kirill, o líder ortodoxo russo de Moscou, deu início à reunião com um apoio forte à família. O Metropolita Hilarion, diretor de relações externas da Igreja Ortodoxa Russa, comentou sobre a repressão contra os que defendem a família, usando a França como exemplo. Ele chamou a atenção para a “crise demográfica profunda” da Europa e lamentou que o  “assassinato legalizado — aborto — está sendo permitido em massa e ninguém diz nada.”
O rabino Berel Lazar, o chefe dos rabinos da Rússia, disse que no Ocidente surgiu um “estranho estilo de vida” que rejeita crianças. “Graças a Deus isso não é aceitável na Rússia de hoje,” acrescentou ele.
Rabino Berel Laza, chefe dos rabinos na Rússia
Recordando que a primeira lei que Deus deu à humanidade foi “crescer e se multiplicar,” o rabino Lazar disse: “Precisamos de famílias naturais, com um pai e mãe e um grande número de filhos.”
O presidente do Pontifício Concílio da Família do Vaticano, o arcebispo Vincenzo Paglia, se dirigiu ao fórum por vídeo. Ele chamou a família de “pedra fundamental” do alicerce da sociedade em vez de meramente um tijolo de construção e alertou que há muitas leis hoje que enfraquecem a família.
O presidente Vladimir Putin enviou uma saudação aos participantes por meio de uma autoridade de seu governo. Em sua mensagem, Putin falou sobre a “crise demográfica de grande escala” que a civilização enfrenta e “a erosão dos valores morais” no mundo inteiro.
Entretanto, o maior jornal de língua inglesa na Rússia, o Moscow Times, criticou fortemente os conservadores russos e internacionais, dizendo que os palestrantes russos eram “corruptos” e atacando Yelena Mizulina, uma legisladora conservadora do Congresso russo que é a grande campeã por trás das leis russas que proíbem a adoção de órfãos russos por homossexuais americanos e proíbem a promoção de propaganda homossexual para crianças e adolescentes.
Mizulina tem sido um alvo especial das sanções dos EUA e União Europeia contra a Rússia por causa da Ucrânia.
“Tenho certeza de que na Europa de hoje não seria possível realizar um fórum como esse,” Mizulina disse à audiência. “Ainda que fizessem lá, não fariam no Parlamento, como fizemos no Kremlin, na Rússia, mas o fariam em algum lugar periférico,” disse ela.
Os líderes pró-família internacionais louvaram o papel da Rússia na defesa dos valores morais e tradicionais.
Esses líderes incluíram:
Larry Jacobs (EUA), um famoso líder pró-família e evangélico membro da Assembleia de Deus. Jacobs defendeu valores pró-família e atacou o socialismo. A organização americana Campanha pelos Direitos Humanos teria pedido ao Departamento de Estado de Obama que investigasse Jacobs e sua participação no evento pró-família no Kremlin. A Campanha de Direitos Humanos é o maior grupo homossexual militante dos EUA.
Don Feder, um líder pró-família judeu-americano, também atacou o socialismo e defendeu valores tradicionais. Ele me disse que nunca teria esperado tal reunião no Kremlin.
Austin Ruse (EUA), presidente do Instituto Católico de Família & Direitos Humanos.
Babette Francis (Austrália), Endeavour Forum.
Ignacio Arsuaga (Espanha), presidente de HazteOir.org
Sharon Slater (EUA), presidente de Family Watch International. De Moscou, Slater foi diretamente para Genebra, Suíça, onde uma medida da ONU para destruir os direitos dos pais promove mais liberdade sexual para as crianças. De acordo com Slater, a Rússia estava patrocinando uma medida para derrotar essa intenção da ONU. Ela é produtora do excelente vídeo documentário “Imperialismo Sexual.”
Peter Westmore (Austrália), presidente do Conselho Cívico Nacional.
Jack Hanick (EUA), ex-diretor da Fox News.
Steve Weber (EUA), diretor regional da Rede de Televisão Cristã (cuja sigla em inglês é CBN) para a Rússia e Ucrânia. A CBN é a rede de TV fundada por Pat Robertson.
Christine Vollmer (Venezuela), presidente da Aliança Latino-Americana pela Vida.
John-Henry Westen (Canadá), redator-chefe de LifeSiteNews.
Keith Mason (EUA), presidente de Personhood USA.
Brian Brown (EUA), presidente da Organização Nacional do Casamento.
E muitos outros.
Entre os líderes pró-família internacionais, havia evangélicos, católicos e mórmons. Cerca de mil delegados vieram do mundo inteiro, inclusive mais de 200 do Ocidente.
O Gay Star News, um site homossexual com sede nos EUA, tinha a manchete: “Conferência de famílias grandes em Moscou elabora resolução pedindo leis mundiais para proibir a ‘propaganda gay.’”
A organização esquerdista People for the American Way e seu Observatório da Direita também atacaram o evento de Moscou com a manchete: “Fórum de Moscou com Participação de Ativistas Americanos Finaliza com Pedido de Mais Leis Proibindo a ‘Propaganda Gay.’” Esse é a mesma organização que atacou a mim, Julio Severo, recentemente.
Em contraste, o Manila Times, o maior jornal das Filipinas, teve uma manchete mais radiante: “Uma revolução moral na Rússia.” O artigo disse:
“Apesar de problemas geopolíticos em muitas frentes, a Rússia tem tentado adquirir vantagem do Ocidente na área de vida de família e casamento, que estão cada vez mais se tornando grandes preocupações globais. Oficialmente ateísta desde a revolução de 1917 que criou a União Soviética até o fim da Guerra Fria em 1991, a Rússia está agora tentando liderar o reavivamento de valores cristãos na Europa ao defender a família natural contra os grupos homossexuais globais de pressão legal e política.’”
Nossa reunião pró-vida numa igreja ortodoxa em Moscou
A declaração final do evento de Moscou disse:
Um APELO Urgente
Às Nações do Mundo
A todas as pessoas de boa vontade em todos os lugares: Aos líderes de todas as religiões, Aos arquitetos da opinião pública, Aos que estão na liderança das organizações profissionais de mulheres e jovens, À Assembleia Geral da ONU, Aos chefes de Estado e órgãos legislativos e Aos meios de comunicação de massa.
Nós, os participantes do Fórum Internacional de Moscou “Família Grande e Futuro da Humanidade” (de 10 a 11 de setembro de 2014), expressamos nossa profunda preocupação porque certos países estão seguindo políticas obstinadas e uma campanha de propaganda sem precedente, tudo o que está levando à destruição suprema da família natural — uma instituição que numa sociedade civilizada é o alicerce da ordem, a prosperidade do Estado e paz social.
A preservação da humanidade se baseia num sistema de laços de família e parentesco que são formados por meio da ligação de casamento entre um homem e uma mulher e as crianças que nascem para eles. Isso e só isso tem a capacidade de garantir a reprodução, estabilidade e continuidade da civilização humana. Todas as outras espécies de relacionamentos ou alianças sexuais que intencionalmente excluem o nascimento de crianças são sem sentido, pois são desprovidos da noção estabelecida na própria definição da palavra “família.” E nenhum interesse político ou econômico pode servir como pretexto para substituir o conceito verdadeiro e comprovado de “família” por qualquer tipo de substituto…
Apelamos a todas as pessoas que reconhecem o significado e valores da família natural para a preservação da civilização humana:
* Para se unirem diante da ameaça da total desumanização da sociedade, estabelecer uma barreira na estrada da interferência de linha ideológica sustentada pelo Estado na vida particular das pessoas, numa tentativa de impor estilos de vida e preferências sexuais da minoria sobre a maioria;
* Para lutar para lançar iniciativas legislativas nas leis e constituições de todos os países que definam claramente as relações predeterminadas na família como relacionamentos entre homem e mulher, seus filhos e seus parentes;
* Para defender e apoiar a família natural como a única fonte para preservar a civilização, a vida da humanidade;
* Para usar todos os dias temáticos internacionais (… proteção das crianças, a família, etc.) cujos lemas e slogans se refiram a valores tradicionais, para demonstrar sua discordância e dissidência às tendências destrutivas sustentadas pelo Estado no sexo e vida de família, principalmente dos jovens, e consolidar a compreensão de uma família natural como o alicerce da vida humana no nível do indivíduos, sociedade, estado e civilização;
* Para opor-se à utilização cínica de mulheres como mães de aluguel nos interesses de ligações e alianças homossexuais;
* Para sustentar os interesses das crianças e trabalhar pela aprovação de leis que proíbam todos os tipos de propaganda com relação a relacionamentos homossexuais na área de crianças e jovens;
* Para iniciar e apoiar pesquisas científicas para estudar as condições e expectativas de desenvolver uma família natural, assim como estudar os efeitos sociais e psicológicos negativos de criar filhos em duplas homossexuais;
* Para apoiar campanhas públicas com o objetivo de garantir a integridade da vida humana desde o momento da concepção até a morte natural, proteger as crianças de influências contrárias à sua individualidade e sustentar os direitos dos pais criarem seus filhos — direitos do pai e da mãe;
* Para exigir iniciativas e ordens dos governos e chefes de estado para garantir a proteção da família natural, infância e maternidade tanto nas políticas nacionais quanto nas políticas estrangeiras.
Pedimos urgentemente que a Assembleia Geral da ONU, o secretário-geral da ONU e o Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU, ao formularem os programas da ONU, sigam a letra e o espírito do Artigo 16 da Declaração Universal dos Direitos Humanos que enfatiza a compreensão da família humana como a única noção possível e aceitável para a civilização humana, e proclamar no futuro próximo um Ano ou Programa Especial em apoio à família natural.
Pedimos que todos os que concordam com este apelo o assinem e lhe deem apoio por amor da preservação da vida e da civilização em nossa Terra.
Mas essa nobre motivação não foi suficiente para os inimigos, entre ativistas gays e socialistas nos EUA, e entre radicais da Rússia.
Steve Weber da CBN e Julio Severo
A acusação do jornal Moscow Times de que éramos “Neocons Globais” tinha como intenção nos caracterizar como “neoconservadores” que, de acordo com Michael Savage em sua coluna do WND, não têm nenhuma relação com conservadores de verdade. Savage disse:
“Os neocons, primeiro na forma da Comissão Trilateral e mais recentemente como o Grupo Carlyle, fazem muito dinheiro em cima de conflitos militares. Quando o mundo está em guerra, os neocons e a indústria bélica que trabalha com eles lucram enormes quantias de dinheiro. Os neocons não se importam de que lado você está, enquanto puderem trabalhar com você para criar uma situação política que eles consigam fazer crescer até virar guerra, e aí eles começam a tirar lucro.”
Muito embora o Moscow Times tentasse nos retratar como “incitadores de guerras,” Savage mostra o exemplo da Ucrânia, cuja crise intensa não foi provocada por nenhum dos líderes pró-vida internacionais no Kremlin. Ele disse:
“A ‘revolução’ ucraniana foi fomentada e incentivada por Victoria Nuland, Susan Rice e Geoffrey Pyatt, embaixador dos EUA na Ucrânia. Esses três foram muito importantes para encenar uma campanha de desestabilização. Trabalhando com neonazistas ucranianos, eles fomentaram a revolta ucraniana.”
Kayla, uma bela jovem loira mórmon americana no evento de Moscou, me disse que ela era uma missionária na Crimeia antes da anexação russa. Ela disse que aprendeu russo na Crimeia porque todo mundo lá fala russo. Ela estava no evento representando os mórmons pró-vida dos EUA.
Os neocons, que trabalham para promover a supremacia dos interesses geopolíticos dos EUA, inclusive a supremacia gay que agora é prioridade máxima da política externa americana, não são amigos dos líderes americanos pró-família e de líderes pró-família internacionais como eu. Portanto, a acusação do Moscow Times é claramente idiota.
Esses interesses geopolíticos provocam confusão entre alguns líderes.
Antes da minha viagem a Moscou, consultei alguns líderes pró-vida no Brasil e eles estavam “certos” de que a reunião pró-vida no Kremlin era uma “estratégia de Putin para dominar o movimento pró-vida mundial.” Com essa perspectiva, que faz de nós “marionetes de Putin,” eu estava com receio de ir. Mas meu amigo Scott Lively, que conhece a Rússia muito bem, assegurou-me que eu deveria ir.
Nenhum grupo internacional deu mais apoio aos líderes pró-vida russos do que os americanos. Mas até mesmo eles sofreram os mesmos dilemas e preocupações que eu, sendo desencorajados por outros americanos decididos a rejeitar os esforços pró-vida russos como apenas manobras políticas. Contudo, ao lidar com política, todo político (quer russo ou brasileiro ou americano) nos usa, e deveríamos igualmente “usá-los” para objetivos pró-família.
A pressão sobre nós veio do Ocidente e do Oriente. Se no Ocidente enfrentávamos ser rotulados de “marionetes de Putin,” a imprensa russa nos tratou como marionetes de Obama e seus camaradas neocons.
Ambas acusações são falsas, evidentemente, pois nossa motivação é defender valores de família e vida. Enquanto a Rússia continuar lutando contra a agenda homossexual em sua própria nação e na ONU, nós líderes pró-família internacionais ajudaremos a Rússia. Se a Rússia retroceder em suas posturas pró-família, apoiaremos qualquer outra nação, grande ou pequena, disposta a defender a família contra os ataques violentos financiados em grande escala por organizações, fundações, instituições e nações ocidentais.
Se tivéssemos alguma semelhança aos neocons, esse financiamento colossal, especialmente de George Soros, também estaria disponível a nós. Em vez disso, nosso financiamento muitas vezes depende de contribuições pequenas e humildes.
Graças aos meus leitores e apoiadores, pude representar o Brasil nesse evento pró-família histórico no Kremlin. Pessoas do Brasil, EUA, Romênia, Guatemala e Bolívia me enviaram contribuições suficientes para permitir que eu participasse desse evento. Portanto, pelo apoio deles, representei também, em certa medida, essas nações.
Minha gratidão também a Alexey Komov e a todos os outros líderes pró-família russos que cuidaram de nós em Moscou e a Monica Reissenweber por minha curta estadia num hotel em Frankfurt, Alemanha.
Com informações do jornal The Moscow Times e LifeSiteNews

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