Por Eliseu Antonio Gomes
No capítulo 4, versículos 11 ao 17, Tiago destaca a questão do relacionamento interpessoal entre os irmãos e o planejamento da vida, aconselha sobre a atitude ideal que as pessoas devem ter com seus semelhantes e com elas mesmas.
O apóstolo alude a Jesus Cristo, que declarou que a lei está resumida em dois mandamentos: o primeiro é "amar a Deus acima de todas as coisas" e o segundo é "amar ao próximo como a si mesmo".
A maledicência é proibida
A ligação entre o texto encontrado em 4.11-12 em que o apóstolo proíbe 'falar mal" (katalaleõ) e o restante do contexto deve ser visto como uma ênfase ao repúdio ao orgulho, que frequentemente está ligado à inveja (2 Corintios 12.20; 1 Pedro 2.1) e porfias (2 Corintios 12.20). Este texto reprisa às abordagens anteriores da carta, capitulado em 3.13 - 4.10, sobre os pecados da língua.
Literalmente, katalaleõ significa "falar contra", descreve muitos discursos nocivos: a contestação à autoridade legítima (Números 21.5); caluniar alguém secretamente (Salmo 101.5); fazer acusações improcedentes (1 Pedro 2.12; 3.16).
O Soberano Juiz
Sabemos, só existe um único juiz e legislador, que é Deus. Apenas o Todo-Poderoso tem poder para legislar corretamente em favor das suas criaturas, Somente Ele é santo e justo, possui a capacidade para julgar sem cometer erros no julgamento, tem condições de conhecer todas as nossas intenções, declaradas e secretas, pois é o único que possui o atributo da onisciência.
No capítulo 4, versículos 11 ao 17, Tiago destaca a questão do relacionamento interpessoal entre os irmãos e o planejamento da vida, aconselha sobre a atitude ideal que as pessoas devem ter com seus semelhantes e com elas mesmas.
O apóstolo alude a Jesus Cristo, que declarou que a lei está resumida em dois mandamentos: o primeiro é "amar a Deus acima de todas as coisas" e o segundo é "amar ao próximo como a si mesmo".
A maledicência é proibida
A ligação entre o texto encontrado em 4.11-12 em que o apóstolo proíbe 'falar mal" (katalaleõ) e o restante do contexto deve ser visto como uma ênfase ao repúdio ao orgulho, que frequentemente está ligado à inveja (2 Corintios 12.20; 1 Pedro 2.1) e porfias (2 Corintios 12.20). Este texto reprisa às abordagens anteriores da carta, capitulado em 3.13 - 4.10, sobre os pecados da língua.
Literalmente, katalaleõ significa "falar contra", descreve muitos discursos nocivos: a contestação à autoridade legítima (Números 21.5); caluniar alguém secretamente (Salmo 101.5); fazer acusações improcedentes (1 Pedro 2.12; 3.16).
O Soberano Juiz
Sabemos, só existe um único juiz e legislador, que é Deus. Apenas o Todo-Poderoso tem poder para legislar corretamente em favor das suas criaturas, Somente Ele é santo e justo, possui a capacidade para julgar sem cometer erros no julgamento, tem condições de conhecer todas as nossas intenções, declaradas e secretas, pois é o único que possui o atributo da onisciência.
É muito perigoso colocar-se como juiz dos irmãos, pois a vida é breve e o sentimento pecaminoso de autossuficiência custa muito caro. Antes de pensar em pronunciar sentença de condenação ou absolvição do outro através de opinião própria, é preciso lembrar do ensino de Cristo, que nos manda examinar a nós mesmos (Mateus 7.1-3).
Como seres humanos, somos limitados, falhos, imperfeitos. Não temos capacidade de conhecer o que há no interior do coração alheio. E se nesta condição de incapacidade realizamos julgamento contra o próximo, estamos semeando para o nosso futuro o resultado da nossa insensibilidade, impiedade e injustiça (Gálatas 6.7), Ao condenar uma pessoa usando o senso de justiça errado, estamos condenando também o Criador que o fez.
O julgamento genuinamente cristão
Sobre o ato de julgar, devemos ter em mente as advertências de Jesus:
"Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo (falho) com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós" - Mateus 7:1-2 - parênteses meus.
“Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça” - João 7.24 (grifo meu).
Muitos religiosos não baseiam seus julgamentos nas Escrituras Sagradas, que é a reta justiça.
Quando alguém emite parecer embalado por pensamentos humanos, deixa-se guiar pelo gosto pessoal e se coloca como juiz, colocando conceitos próprios acima do conceito divino. Falar mal do irmão e julgá-lo é descumprir o mandamento do amor a Deus e ao próximo e quem assim procede, arrogantemente, comporta-se como juiz da lei. Julgar a lei, segundo Tiago 4.11, significa considerar inútil a orientação encontrada em Levíticos 19.16, como também considerar digno de desprezo o conjunto de ensinos de Jesus sobre o dever de amar a Deus e ao próximo. Agir assim é uma atitude de afronta à soberania do Senhor.
Julgar segundo a sabedoria desse mundo é o mesmo que vestir-se de trajes rasgados, usar trapos de imundícias fedorentos que causam vergonha ao usuário e repugnância a quem sente o cheiro. No dia da avaliação divina, toda ideia concebida pela inteligência humana que ignora a vontade de Deus será queimada. É recomendável reconhecer o valor das Escrituras Sagradas, usar o tempo se ocupando em meditar e fazer e falar tudo segundo a Palavra de Deus, porque só ela é a reta justiça, só ela possui valor espiritual. Ninguém deve ignorar que perante Deus a justiça emitida pelo homem é imprestável, é semelhante panos velhos e sujos (Isaías 64.6) .
Não podemos esquecer que o senso de justiça praticado pelo ser humano só tem valor quando está fundamentado em Cristo. Para opinar, é importante ao cristão ter o suporte de referências bíblicas. É triste ver defensores de causas que não possuem apoio das Escrituras. A vida delas não pode ser comparada com a casa edificada sobre a rocha, o futuro dessas pessoas está construído sobre a palha e o feno, constantemente espalhados pelo vento, cujo destino final é o fogo (Salmo 1.4-6; Mateus 7.24; 1 Corintios 3.11-13).
A fabilidade dos planos humanos
Tiago exorta aos negociantes cristãos, e cristãos em geral, sobre o futuro, cujo controle pertence apenas a Deus, que detém o atributo da onipresença.
A raça humana é efêmera, limitada, mortal, no entanto, muitos fazem planejamentos arriscados, confiando na própria sorte. São audazes e tendem ao fracasso porque possuem corações soberbos que se recusam à consulta da vontade de Deus.
O apóstolo descreve a consistência da existência humana na terra como um "vapor que aparece por pouco tempo e depois desvanece" (4.14). Ele enfatiza a duração extremamente curta da vida, que pode ser interrompida por uma enfermidade, morte acidental ou a volta de Cristo, assim como o sol dissipa a neblina e o rumo do vento afasta a fumaça. Outras afirmações realistas descrevem a brevidade da vida como um sopro: Provérbios 27.1; Jó 7.7, 9, 16; Salmos 39.5-6.
Provavelmente, Tiago tenha se inspirado no ensino de Cristo registrado em Lucas 12.15-20, quando Jesus adverte as multidões sobre a avareza e as lembra que a vida de uma pessoa não se consiste na quantidade de acúmulo de bens, usando uma parábola com a figura de um homem rico que fez planos para o futuro, guardando em celeiro toda sua produção como se a riqueza pudesse preservá-lo, sem levar em consideração que a morte poderia estar iminente.
Sendo a vida do homem frágil e breve, é importante que o cristão faça planos usando a sabedoria do alto, reconhecendo-se dependente de Deus e mantendo-se humilde perante Ele, que é o Criador de todas as coisas.
Como crentes em Deus, se quisermos ser bem sucedidos em nossos planos, devemos nos posicionar como servos de Cristo e reconhecer o valor da vontade divina a despeito de quaisquer circunstâncias, considerando a fragilidade da vida e a soberania divina. Apenas assim, descansando nEle e confiando em seu direcionamento, teremos plena convicção da realização, à contento, de nossos projetos.
Oremos para que jamais venhamos permitir que a presunção e o orgulho dominem os nossos corações e que nos faça acreditar que podemos controlar nossa vida sem a ajuda do Senhor.
A omissão
"Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado" - Tiago 4.17.
No quarto capítulo e capítulos anteriores de sua carta, Tiago mostrou o que é o bem. E agora afirma que se os seus leitores não o fazem estão pecando.
Os pecados de omissão são tão graves quanto o de comissão. Jesus Cristo esclarece isso na parábola registrada em Lucas 19.11-27, quando reprova o servo que se omitiu a usar o dinheiro que lhe fora confiado à administração; também, em Mateus 25.31-46, ao relatar como a de ser o julgamento final, e esclarece que uma multidão - descrita ser composta de "cabritos" - será condenada por tudo que eles deixaram de fazer.
Conclusão
A atitude correta do cristão para com seus irmãos é esforçar-se para compreendê-lo e amá-lo. O procedimento adequado do cristão em relação ao pecador "é convencê-lo do erro do seu caminho" e não criticá-lo com palavras desprovida de amor e contexto bíblico (Mateus 7.1-5; Tiago 5.20).
A pessoa que no momento de fazer planos ora e busca a Deus, e ao pronunciar julgamentos com relação ao próximo lança mão de conceitos bíblicos, e não o parecer deste mundo, realiza o bem, é alguém que aprendeu a usar a língua com sabedoria, reconhece a soberania de Deus, e, portanto, manifesta ser um cristão amadurecido.
E.A.G.
Via Belvedere
Compilação:
Belverede, Eliseu Antonio Gomes, 6 de setembro de 2008, A reta justiça e os trapos imundos - http://belverede.blogspot.com.br/2008/09/reta-justia-e-os-trapos-imundos.html
Lições Bíblicas - Mestre, Elinaldo Renovato de Lima; 1º trimestre de 1999, páginas 66-72, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - Mestre, Eliezer de Lira e Silva; 3º trimestre de 2014, páginas 76-82, Rio de Janeiro (CPAD).
Tiago - Introdução e Comentário, Douglas. J. Moo, páginas 150-158; 1ª edição 1990, reimpressão 2011, São Paulo (Edições Vida Nova).
Como seres humanos, somos limitados, falhos, imperfeitos. Não temos capacidade de conhecer o que há no interior do coração alheio. E se nesta condição de incapacidade realizamos julgamento contra o próximo, estamos semeando para o nosso futuro o resultado da nossa insensibilidade, impiedade e injustiça (Gálatas 6.7), Ao condenar uma pessoa usando o senso de justiça errado, estamos condenando também o Criador que o fez.
O julgamento genuinamente cristão
Sobre o ato de julgar, devemos ter em mente as advertências de Jesus:
"Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo (falho) com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós" - Mateus 7:1-2 - parênteses meus.
“Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça” - João 7.24 (grifo meu).
Muitos religiosos não baseiam seus julgamentos nas Escrituras Sagradas, que é a reta justiça.
Quando alguém emite parecer embalado por pensamentos humanos, deixa-se guiar pelo gosto pessoal e se coloca como juiz, colocando conceitos próprios acima do conceito divino. Falar mal do irmão e julgá-lo é descumprir o mandamento do amor a Deus e ao próximo e quem assim procede, arrogantemente, comporta-se como juiz da lei. Julgar a lei, segundo Tiago 4.11, significa considerar inútil a orientação encontrada em Levíticos 19.16, como também considerar digno de desprezo o conjunto de ensinos de Jesus sobre o dever de amar a Deus e ao próximo. Agir assim é uma atitude de afronta à soberania do Senhor.
Julgar segundo a sabedoria desse mundo é o mesmo que vestir-se de trajes rasgados, usar trapos de imundícias fedorentos que causam vergonha ao usuário e repugnância a quem sente o cheiro. No dia da avaliação divina, toda ideia concebida pela inteligência humana que ignora a vontade de Deus será queimada. É recomendável reconhecer o valor das Escrituras Sagradas, usar o tempo se ocupando em meditar e fazer e falar tudo segundo a Palavra de Deus, porque só ela é a reta justiça, só ela possui valor espiritual. Ninguém deve ignorar que perante Deus a justiça emitida pelo homem é imprestável, é semelhante panos velhos e sujos (Isaías 64.6) .
Não podemos esquecer que o senso de justiça praticado pelo ser humano só tem valor quando está fundamentado em Cristo. Para opinar, é importante ao cristão ter o suporte de referências bíblicas. É triste ver defensores de causas que não possuem apoio das Escrituras. A vida delas não pode ser comparada com a casa edificada sobre a rocha, o futuro dessas pessoas está construído sobre a palha e o feno, constantemente espalhados pelo vento, cujo destino final é o fogo (Salmo 1.4-6; Mateus 7.24; 1 Corintios 3.11-13).
A fabilidade dos planos humanos
Tiago exorta aos negociantes cristãos, e cristãos em geral, sobre o futuro, cujo controle pertence apenas a Deus, que detém o atributo da onipresença.
A raça humana é efêmera, limitada, mortal, no entanto, muitos fazem planejamentos arriscados, confiando na própria sorte. São audazes e tendem ao fracasso porque possuem corações soberbos que se recusam à consulta da vontade de Deus.
O apóstolo descreve a consistência da existência humana na terra como um "vapor que aparece por pouco tempo e depois desvanece" (4.14). Ele enfatiza a duração extremamente curta da vida, que pode ser interrompida por uma enfermidade, morte acidental ou a volta de Cristo, assim como o sol dissipa a neblina e o rumo do vento afasta a fumaça. Outras afirmações realistas descrevem a brevidade da vida como um sopro: Provérbios 27.1; Jó 7.7, 9, 16; Salmos 39.5-6.
Provavelmente, Tiago tenha se inspirado no ensino de Cristo registrado em Lucas 12.15-20, quando Jesus adverte as multidões sobre a avareza e as lembra que a vida de uma pessoa não se consiste na quantidade de acúmulo de bens, usando uma parábola com a figura de um homem rico que fez planos para o futuro, guardando em celeiro toda sua produção como se a riqueza pudesse preservá-lo, sem levar em consideração que a morte poderia estar iminente.
Sendo a vida do homem frágil e breve, é importante que o cristão faça planos usando a sabedoria do alto, reconhecendo-se dependente de Deus e mantendo-se humilde perante Ele, que é o Criador de todas as coisas.
Como crentes em Deus, se quisermos ser bem sucedidos em nossos planos, devemos nos posicionar como servos de Cristo e reconhecer o valor da vontade divina a despeito de quaisquer circunstâncias, considerando a fragilidade da vida e a soberania divina. Apenas assim, descansando nEle e confiando em seu direcionamento, teremos plena convicção da realização, à contento, de nossos projetos.
Oremos para que jamais venhamos permitir que a presunção e o orgulho dominem os nossos corações e que nos faça acreditar que podemos controlar nossa vida sem a ajuda do Senhor.
A omissão
"Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado" - Tiago 4.17.
No quarto capítulo e capítulos anteriores de sua carta, Tiago mostrou o que é o bem. E agora afirma que se os seus leitores não o fazem estão pecando.
Os pecados de omissão são tão graves quanto o de comissão. Jesus Cristo esclarece isso na parábola registrada em Lucas 19.11-27, quando reprova o servo que se omitiu a usar o dinheiro que lhe fora confiado à administração; também, em Mateus 25.31-46, ao relatar como a de ser o julgamento final, e esclarece que uma multidão - descrita ser composta de "cabritos" - será condenada por tudo que eles deixaram de fazer.
Conclusão
A atitude correta do cristão para com seus irmãos é esforçar-se para compreendê-lo e amá-lo. O procedimento adequado do cristão em relação ao pecador "é convencê-lo do erro do seu caminho" e não criticá-lo com palavras desprovida de amor e contexto bíblico (Mateus 7.1-5; Tiago 5.20).
A pessoa que no momento de fazer planos ora e busca a Deus, e ao pronunciar julgamentos com relação ao próximo lança mão de conceitos bíblicos, e não o parecer deste mundo, realiza o bem, é alguém que aprendeu a usar a língua com sabedoria, reconhece a soberania de Deus, e, portanto, manifesta ser um cristão amadurecido.
E.A.G.
Via Belvedere
Compilação:
Belverede, Eliseu Antonio Gomes, 6 de setembro de 2008, A reta justiça e os trapos imundos - http://belverede.blogspot.com.br/2008/09/reta-justia-e-os-trapos-imundos.html
Lições Bíblicas - Mestre, Elinaldo Renovato de Lima; 1º trimestre de 1999, páginas 66-72, Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - Mestre, Eliezer de Lira e Silva; 3º trimestre de 2014, páginas 76-82, Rio de Janeiro (CPAD).
Tiago - Introdução e Comentário, Douglas. J. Moo, páginas 150-158; 1ª edição 1990, reimpressão 2011, São Paulo (Edições Vida Nova).
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