Unico SENHOR E SALVADOR

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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A trupe que quer avivar o Brasil com fogo estranho em 2015



Por Antognoni Misael


Mal virou 2015 e os movimentos heréticos no Brasil recomeçaram. Alguns apelam para "o ano da restituição", outros "o ano da colheita", enfim...café requentado! Mas sempre, o que eles querem é dinheiro! 

É absurdamente preocupante como a igreja brasileira de uma forma geral é guiada por líderes que se auto proclamam apóstolos, profetas ou qualquer concepção de que são detentores de alguma unção especial para "transformar" a nação - mas nós sabemos, não é isso realmente que eles querem... eles querem é visibilidade e ostentação.

O que nos chamou atenção desta vez foi o 7º Congresso Fogo de Avivamento para o Brasil. Pois é, eles crêem que estão "avivando o Brasil". Vamos lá... veja quem está nessa trupe que quer AVIVAR o BRASIL junto com Benny Hinn, Apóstolo Agenor Duque, Mick Murdock. Observe alguns nomes das peças:

Fernandinho; Marco Feliciano; Jabes Alencar; Cláudio Duarte; Ludmila Feber; Damares; André Valadão; Mattos Nascimento; Marquinhos Gomes; Robson Nascimento e Ao Cubo.

Farinha do mesmo saco? Ou é só uma participação profissional?

Vamos conjecturar um pouco agora.

POR QUE NÃO HÁ AVIVAMENTO?

Não há discordância de que almejamos um avivamento no Brasil, assim como uma espécie de Reforma. Entretanto, como bem pensou Francis Shaeffer, esses dois eventos não são isolados um do outro. A Reforma nos propõe um retorno ao ensino da Bíblia e o avivamento nos indica uma relação apropriada com o Espírito Santo. Isto significa dizer que, os grandes momentos da História da igreja vieram quando estas duas qualidades entraram simultaneamente em ação fazendo com que os irmãos experimentassem a doutrina pura e a igreja conhecesse o poder do Espírito Santo.

Falar de avivamento e reforma é falar do padrão ideal que Deus quer de nós: Jesus Cristo. O nosso mestre além de levar nossos fardos de pecados naquela terrível cruz, também passou a maior parte de sua missão aliviando a dor do pobre, do excluído social, do esquecido. Portanto, não temos dúvida de que a igreja brasileira precisa urgentemente despertar neste sentido, a saber que estamos numa nação tida como a 6ª economia do mundo, mas com a maior população carcerária do planeta, o 8º na maior desigualdade social onde o negro é a imensa maioria do pobre, sem falar do altíssimo grau de corrupção enraizado em nossa estrutura política o que faz de nossa saúde, segurança e educação um vexame sem fim.

Meus irmãos, como ficar indiferente a essa disparidade econômica brutal de nosso país? Como não nos incomodarmos com a calamidade que assola ao nosso redor? Como haver avivamento sem que de alguma forma sejamos relevantes para esta nação? Se somos mais 22% da população, por que temos sido um fracasso nas áreas da ação social e participação efetiva em questões humanitárias? Como está sendo traduzido este amor que declaramos ter ao próximo?

Amigos leitores, os grandes avivamentos como os ocorridos na Grã-Betanha, Escandinávia, por exemplo, além de redundarem na salvação de milhares culminou na prestação de um socorro ao pobres e aflitos. O teólogo Howard A. Snyder (pesquisador de Estudos Wesley no Seminário Tyndale em Toronto, Ontário 2007-2012) registrou o seguinte a respeito de John Wesley e o avivamento em sua época:
A migração para as cidades criou uma nova classe de moradores urbanos pobres nos dias de Wesley. A Revolução Industrial caminhava a todo vapor, alimentada pelo carvão. Ao pregar para os carvoeiros de Kingswood, Wesley estava alcançando os que foram mais cruelmente vitimados pela industrialização. Porém, a reação dos carvoeiros foi fenomenal, e Wesley trabalhou sem parar para manter o bem estar espiritual e material deles. Entre outras coisas ele abriu clínicas gratuitas, estabeleceu uma espécie de cooperativa de crédito e abriu escolas e orfanatos. Seu ministério se estendeu para incluir os mineiros de chumbo, operários de fundição de indústria siderúrgica, estivadores, peões de fazendas, prisioneiros e mulheres que trabalhavam nas indústrias. [SHAEFFER, Francis. Um manifesto cristão. Pag. 192]

Snyder conclui dizendo que Wesley estava convencido de que “o ato de confrontar publicamente a impiedade e a injustiça, que inundam a nossa terra como um dilúvio, é uma das maneiras mais nobres de confessar Cristo em face de seus inimigos”.

Ao que parece, sendo bem sincero, avivamento para esta trupe, é encher as igrejas a todo custo, engordar suas contas bancárias, adorar a Mamom e espalhar ensinos de demônios por toda a nação.


Antognoni Misael.

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